Hoje eu quero te fazer uma pergunta. Quem é você?
Sem que você me responda o seu nome ou a sua profissão, o que você teria pra me dizer sobre você?
Talvez você faça afirmações, como “sou mulher”, “sou bióloga”, “eu sou brasileira”, “gosto de correr e doce de leite”. Mas essas afirmações só fazem sentido porque existem outros gêneros, outras profissões, outras nacionalidades, outros esportes, outros doces… Dizer o que sou, significa também dizer o que não sou.
A identidade e a diferença se traduzem pela distância que elas estão do poder. Do poder da maioria ditar qual é o conjunto de identidades aceitáveis na nossa sociedade.
É assim que a maioria determina quem pertence e quem não pertence; é assim que ela demarca a fronteira entre nós e eles; e que ela normaliza certos costumes e comportamentos, e outros não: “nós somos normais, eles são os diferentes”.
Identidade, diferença e Poder.
Eu acho que eu nunca tinha, de fato, parado para pensar o quão opressor é esse poder que a maioria tem para definir qual é o leque aceitável de identidades da nossa sociedade, e taxar todas as outras formas de expressão como diferentes...
A gente se define pela relação com o outro. Eu não consigo nem imaginar o que é acordar todos os dias com a sociedade dizendo que meu jeito de viver, meus valores, as minhas escolhas e as coisas que eu acredito estão erradas.
Se você também acha que acordar todos os dias se sentindo desajustado deve ser uma das piores formas de opressão, ouça a primeira parte do episódio sobre diversidade e tolerância.
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Programa Carta da Terra em Ação
Realização: Débora Pontalti
Participantes: Larissa Gondim (@prof.larissagondim) e Paulino Junior (@paulino_junior)
Trilha Sonora: Hélio Francisco dos Santos (@heliofsan)
Campanha #QuartaPelaCartaDaTerra