Sejam bem-vindos ao nosso devocional edificai. Hoje é domingo, 5 de junho de 2022.
Eu sou irmão Fábio dos Santos, e hoje continuaremos meditando no nosso estudo devocional sobre o livro de João. Falaremos sobre o texto intitulado Jesus é condenado a morte, onde a passagem bíblica encontra-se nos Capítulos 18: 28–40 e 19: 1–16. Hoje, gostaria de falar sobre duas situações que podemos ver neste texto:
A primeira é: A QUESTÃO DA HIPOCRISIA RELIGIOSA DOS FARISEUS.
Quando lemos o texto, podemos observar nitidamente, a hipocrisia que há por trás da religiosidade dos fariseus, pois, por ser páscoa, não queriam se misturar com os romanos entrando na audiência para não se contaminarem para comerem a páscoa. Porém, não viam estarem tramando um assassinato contra um homem inocente, além disso, os próprios fariseus mentem dizendo a Pilatos que se aquele homem não fosse um malfeitor não estariam o entregando a Pilatos, quando, na verdade, eles o estavam fazendo por puro despeito, simplesmente porque Jesus, o Rabi, estava se destacando da maioria dos Rabis da época expondo a essência da lei.
A religiosidade pode cegar as pessoas, pois fazem com que elas se preocupem tanto com costumes e hábitos litúrgicos, ou seja, com rotinas, que se esquecem da importância da prática da misericórdia e do amor, e podemos ver isso (no Versículo 39 do cap. 18) quando Pilatos oportuniza aos fariseus a execução de uma tradição da páscoa, que é a de libertar um criminoso de sua prisão.
E aqui, gostaria de fazer uma observação: os fariseus não reconsideraram suas ações egoístas, acusaram e entregaram o prisioneiro Jesus, e o famoso prisioneiro Barrabás foi posto em liberdade, por conta do significado da páscoa. A páscoa em hebraico é Pessach, que significa passagem onde os judeus lembram da libertação ocorrida no Egito, por isso o costume de soltar alguém. Mas, em sua essência, quando um prisioneiro era posto em liberdade na páscoa, era para que ele se redimisse de seus males e se tornasse um novo cidadão, sabendo que não haveria mais misericórdia caso saísse da linha, e acredito eu que, Barrabás, ao saber sobre Jesus, condenado a morte inocentemente em seu lugar, não sabemos, quem sabe um dia saberemos, mas talvez, possivelmente, teria se redimido verdadeiramente de seus erros a ponto de se tornar um seguidor de Cristo, mesmo que anonimamente, pois não há relatos bíblicos de Barrabás posteriormente e é justamente essa a conduta de um Cristão nascido de novo: mudar totalmente a direção de sua vida, sair dos holofotes caso seja famoso, sair da violência caso seja violento, do adultério, da mentira, da bebedeira, da prostituição, do egoísmo, da soberba... tudo por amor a Cristo.
Dando continuidade e já finalizando a primeira situação, os fariseus, mesmo tendo visto que Jesus, havia sido açoitado e ferido com aquela coroa de espinhos enormes na cabeça, continuaram em sua cegueira, induzindo os romanos a executarem a sentença de morte que eles mesmos em sua falsa santidade não poderiam fazer, mas eram tão culpados quanto. (Rm. 1: 18–32).