Como vimos na passagem anterior estava próximo à celebração da Festa dos Tabernáculos, uma festa onde os judeus celebravam a fidelidade de Deus para com Israel durante a peregrinação no deserto. E também era um momento de ação de graças pela colheita, ao mesmo tempo, uma renovação da esperança messiânica.
Vamos lembrar que Jesus havia curado o homem paralítico no sábado, e isso gerou perseguição contra Jesus. Sendo um momento de festa, Jesus não queria se expor antes da hora, no momento determinado a sua missão se cumpriria.
Quando a festa já estava em andamento, Jesus chegou secretamente em Jerusalém (7:10). Quando a festa já estava na metade, Jesus foi ao templo e passou a ensinar. Então os judeus se maravilhavam e diziam: como ele pode ser letrado, se não chegou a estudar? (7:14).
Um dos ministérios de Jesus era ensinar. E quando Jesus ensinava o povo ficava admirado. Jesus era simples, veio de uma família simples, não frequentou os grandes centros rabínicos, não tinha uma instrução rabínica formal como a dos fariseus, mas seu ensino e a sua autoridade vinham de Deus.
“O meu ensino não é meu, mas daquele que me enviou”. (7:16)
“Se alguém quiser fazer a vontade de Deus, conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de Deus ou se eu falo por mim mesmo. Quem fala por si mesmo está buscando a sua própria glória; mas o que busca a glória de quem o enviou, esse é verdadeiro, e nele não há falsidade”. (7:17-18)
Jesus sempre obedeceu a Deus, sempre falava do Pai, e para o Pai direcionou toda glória. Aqueles que verdadeiramente desejam obedecer a Deus, não buscam sua própria glória, mas em tudo glorificam o Pai, pois entendem o quanto são dependentes Dele.
E no meio do povo admirado pelas palavras e milagres de Jesus, havia aqueles que o acusavam e desejavam matá-lo. Os fariseus tentaram enviar guardas ao templo para prenderem Jesus, mas ainda não havia chegado o momento (7:30).
Eles discutiam acerca da origem de Jesus, e Jesus acusa os judeus de não conhecerem a Deus: Enquanto ensinava no templo, Jesus disse em voz alta: — Vocês não somente me conhecem, mas também sabem de onde eu sou. Eu não vim porque eu, de mim mesmo, o quisesse, mas aquele que me enviou é verdadeiro, aquele a quem vocês não conhecem.
Eu o conheço, porque venho da parte dele e ele me enviou. Então quiseram prendê-lo, mas ninguém lhe pôs as mãos, porque a sua hora ainda não havia chegado. (7:28-30).
No versículo 31 diz que muitos dentre a multidão creram em Jesus. Meus irmãos, neste mundo sempre haverá aqueles que duvidam de Cristo, que não acreditam em suas palavras, nos seus ensinos, que não compreendem a vontade de Deus. Também haverá aqueles que se julgam conhecedores de Deus, mas verdadeiramente não conhecem a Deus.
Mas haverá aqueles que creem em Jesus, que o reconhecem como filho de Deus e como Senhor. Que Ele foi enviado por Deus (7:28) e estão convencidos de que Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida (João 14:6).
Minha oração é que pela graça de Deus Pai, sejamos os que verdadeiramente creem em Cristo Jesus.
Pra. Nathália Tonezer