A descoberta de novos medicamentos, técnicas cirúrgicas e alterações funcionais provocadas por doenças tem dívida histórica com animais usados em pesquisa científica. Hoje entende-se que a grande maioria dessas descobertas, todas inegavelmente importantes, acabam violando princípios éticos básicos. Nesta edição do Pílula Farmacêutica, o acadêmico Felipe Rodrigues, orientado pela professora Regina Andrade da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP, nos atualiza quanto à recente entrada em vigor da Lei 15.183/25, que proíbe a realização de testes em animais para a fabricação de cosméticos, perfumes e produtos de higiene pessoal no Brasil.

Segundo Rodrigues, se for produto cosmético, a proibição de uso animal vale, inclusive, para testes de segurança. Trata-se de regulamentação para "assegurar o bem-estar animal e a ética na pesquisa", mas não abrange o desenvolvimento de medicamentos, "ficando restrita aos itens de uso exclusivamente cosméticos".

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