A pedido de muitas famílias, e sim houve mesmo famílias a organizarem-se para nos pedirem isto, analisamos a obra mais famosa de um dos maiores escritores que o algoritmo do facebook nos ofereceu, Pedro Chagas Freitas: a edição comemorativa dos 10 anos de "Prometo Falhar." É igual à original, mas sem os textos maus.

Preparem-se para atingir as camadas mais profundas do vosso sentir. Contemplem o orgasmo no olhar. E preparem os vossos babetes de pila porque, caso não saibam, todos os instantes merecem um orgasmo. Todos mesmo. Vão orgasmar tanto que essa vai tornar-se a vossa única realidade. Vão ser dispensores de molho.

Se há coisa que podemos prometer é que vamos falhar. Por isso, quando falharmos não se queixem. Foi a única coisa que prometemos, por isso calem-se. Mas nem tudo é mau. Ao prometermos que vamos falhar também estamos a prometer que vamos falhar a falhar. Vamos urrar de prazer, os dois. Juntos num orgasmo eterno. Nem que tenhamos de nos transformar no ponto único de todas as reuniões de condomínio. Vamos ser o principal pesadelo do porteiro do nosso prédio, que vai ser a voz autoritária de todos os inimigos do amor e do prazer. E da felicidade. E, por isso expressaremos o nosso amor, contra tudo e contra todos. Ultrapassaremos os limites das leis do ruído. Porque só um grande amor pode mudar o mundo. E um grande amor mede-se em decibéis. E também na quantidade de cursos de formação que vamos tirar para podemos atender o nosso amor em diversos estabelecimentos comerciais. Enquanto ganhamos coragem para meter conversa ou, na melhor das hipóteses, a tenhamos de salvar de um guna raivoso enquanto corre pelo parque. E, independentemente da quantidade de fezes que escorrerem pelas tuas pernas, serás sempre a rainha do meu coração. Espero que me perdoes por todas as vezes em que levei o carro ao mecânico em vez de te amar.

Isto faz sentido? Não. Mas lembrem-se: o sentido do amor é não ter sentido. Ou seja, um amor com sentido não tem sentido.

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Não foi de propósito, mas podia ter sido. Hoje falamos sobre um livro sobre esse fenómeno que é o homem branco andar tão tristinho.

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Pela primeira e possivelmente última vez na história deste podcast temos um especial 13 de Maio. É uma história fascinante. Imaginem que é 1917 e são pastores. Olham para uma azinheira e vêem uma senhora muito bonita. Vão ao bolso buscar o telemóvel para filmar. Não vai dar. É 1917. Se não fosse provavelmente estariam absorvidos com vídeos de curta duração e nem se apercebiam de que havia uma senhora brilhante na azinheira. Porque olham para baixo quando podem olhar para cima? Para azinheiras de onde surgem entidades brilhantes? Ou para o rosto das pessoas que amam? A vida é demasiado preciosa para a gastarem a ver clipes de jovens adultos a explicarem-vos porque é que o Matrix é problemático. Mas isso é outra conversa.

É 1917 e não há a possibilidade de postarem sobre aquilo que viram. Dependem apenas da vossa capacidade de persuasão para convencer toda a gente de que viram uma menina brilhante numa azinheira e para convencerem o vosso primo Francisco de que viu o que vocês viram. As pessoas vão acreditar. É a coisa mais interessante a acontecer naquela terra desde que o padre deu um pum no funeral do Sr. Acácio. Disse que era a alma do Sr. Acácio a abrir os portões do Céu e que os portões do Céu deviam estar a precisar de óleo. Muitas pessoas acreditaram.

As pessoas querem acreditar. Passam mais de 100 anos e milhões de pessoas já visitaram o sítio onde avistaram a senhora. Outras tantas penitenciam-se e fazem passeios de joelhos. Ok, a maior parte leva joelheiras de hóquei. Não tem o mesmo valor, mas é difícil na mesma. Há estátuas vossas à venda em todas as lojas dos chineses. Há um McDonald's nas imediações. Mas o que é que aconteceu mesmo nesse dia?

Segundo a história oficial, a 13 de Maio na Cova da Iria apareceu brilhando a Virgem Maria.

Mas será essa tal de Virgem Maria a Nossa Senhora, mãe do famoso Sr. Jesus, que desceu à Terra para mandar rezar o terço e combater o comunistas e sodomitas? Ou será uma entidade interdimensional que secou pessoas que estavam molhadas, curou pessoas que estavam desenganadas dos médicos, lançou maus olhados sobre veículos, chupou grelos de azinheira e protagonizou o primeiro festival aéreo de disco voador registado na região centro?

Neste episódio tentamos responder a esta questão e falhamos. Deixamos o debate em aberto nos comentários. Para quem está naturalmente preocupado, é seguro ouvir. Nenhum de nós diz "treuze" ao longo deste episódio.

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A recomendação desta semana é são as aclamadas memórias de Lea Ypi: "Livre: Como me tornei adulta no fim da História". É uma história coming of age passada na transição entre dois regimes na Albânia. Uma reflexão muito interessante sobre o significado de liberdade. Como é óbvio, recomendamos. Senão não tínhamos feito este episódio. Mas quem somos nós? Apenas dois palhaços a falar para microfones.

Neste episódio decidimos analisar o primeiro volume da série ACOTAR. É uma série com muito sucesso no tiktok e um exemplo representativo do género da moda conhecido como romantasy, fairy smut ou, em português, fadas que fodem (eheheheh).

Fiquem a saber se é um género que vos entedia ou, pelo contrário, que provoca arrepios em todos os centímetros do vosso corpo. Mesmo naqueles centímetros quadrados em que não é aconselhável que sintam arrepios.

É uma bela história de amor entre uma entidade com 500 anos e uma jovem adolescente de 19, mas que, em termos de mentalidade, é como se tivesse cerca de 359.

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"Tás a Ver?" de Big Mário saiu no mês em que acabou o Big Brother. Nele, Big Mário fala-nos sobre a sua big experiência na big casa do Big Brother, a cadela big, as big invasões de fãs em eventos e as big expectativas para o futuro.

Está dividido em três partes: antes, durante e depois. Nós acrescentámos a quarta parte "depois do depois" porque já passaram quase 25 anos e entretanto passaram-se algumas coisas na vida de Big Mário.

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Desta vez recomendámos um livro de um dos autores lusófonos contemporâneos mais únicos. Demos-lhe umas dicas para discursos caso ganhe o prémio Nobel.

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Desta vez tivemos o privilégio de analisar a autobiografia do Jeff Bezos da Rebordosa. Deu-lhe o título genérico "De Pobre a Milionário", desperdiçando assim a oportunidade de lhe chamar "De Celso a Excelso" ou "O Caminho para o Sucelso". É um livro escrito com o objectivo de nos inspirar. Da mesma forma que Nelson Mandela acabou com o apartheid para nos inspirar. É mera coincidência que os dois primeiros episódios desta temporada sejam autobiografias de indivíduos sem cabelo. Este podcast chama-se Livros da Piça. Piça é o termo que escolhemos para qualificar os livros que analisamos e não o formato da cabeça dos autores dos mesmos.

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Bem-vindos ao primeiro episódio da terceira temporada ou aos 12 primeiros episódios da terceira temporada se preferirem dividir este em pequenos episódios de 15 minutos.

Depois de três episódios de extremamente desagradável aqui estamos nós a oferecer três horas a analisar a primeira parte da autobiografia do licenciado em ciências da comunicação pela Universidade Autónoma Rui Sinel de Cordes. É redundante? Se calhar. Mas já tínhamos gastado 24,20€ e, para nós, isso é um preço demasiado alto para abdicar de conteúdo, por mais recesso que seja. Quem é Rui Sinel de Cordes? Nas palavras dele: é um rei, um goat, um monstro do stand up. Nas nossas palavras: é um rei, um goat, um monstro do stand up. Se é assim que ele se define, ou se é assim que ele se define a partir da maneira que outros o definem, não o vamos contrariar.

Fiquem a conhecer os meandros do show business português e o preço que a alma de uma pessoa paga quando enfrenta o nosso podre sistema de star system. A evolução intelectual de alguém que mudou para sempre a comédia nacional. Primeiro quando enfrentou corajosamente deficientes, André Sardet, Malato e Eunice Muñoz e depois, quando nos pôs todos a reflectir sobre as grandes ameaças que a Humanidade enfrenta, como o wokismo, o satanismo, a luta contra as alterações climáticas e os confinamentos. Tudo isto sustentado na obra de pensadores como Platão, Sócrates, Galileu, Kant, Sartre, John Stuart Mill, Bukowski, Hank Moody, etc.

São três horas ou 300 páginas a falar de boémia, batalhas judiciais, beefs, encontros com o paranormal. É sobretudo a batalha de um homem para se convencer a si próprio de que é o campeão e que só poderia ser o campeão caso contrário não escreveria tanto sobre quanto é um campeão.

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