Aqui encontramos Jesus novamente ensinando através de parábolas diante dos mestres da lei após ser acusado de se assentar com pessoas de má fama, coletores de impostos e outros pecadores. Jesus lhes apresenta uma sequência de casos nos quais ficava claro a importância de não desistir de um pecador.
A longa e bem conhecida parábola, que você pode acompanhar na sua Bíblia, conta a história de um homem que tinha dois filhos. O mais novo pediu ao seu pai que lhe desse a sua parte da herança. O pai aceitou e o filho se distanciou do pai, esbanjou de tudo que tinha e viveu de forma irresponsável, o levando a perder tudo a ponto de viver entre porcos, uma posição de extrema humilhação visto que porcos eram animais impuros. Ele se alimentava da comida dos porcos e ninguém teve compaixão dele.
Em certo momento, a Bíblia nos diz que ele “caiu em si” e começou a questionar a sua situação a comparando com a vida que levavam os empregados de seu pai. Neste momento, no versículo 18, ele diz “Levantar-me-ei, tomarei o caminho de volta para o meu pai, e ao chegar lhe confessarei: Pai, pequei contra o céu e contra ti. ”
Vemos aqui que aquele que já esteve na casa do Pai celestial, não sabe viver longe de sua presença consoladora. Se nos distanciarmos do nosso Senhor, certamente perderemos tudo. Por pura graça e misericórdia nós, enquanto pecadores temos a chance de “cairmos em nós” assim como o filho perdido “caiu em si” e meditarmos a respeito de como estamos vivendo as nossas vidas, nos arrependendo de nossos erros e pecados, os confessando ao Pai celestial.
A Palavra de Deus nos diz que quando Ele toma seu rumo de volta ao pai, seu pai o vê se aproximando, e cheio de compaixão, vem correndo ao encontro do filho, o enchendo de abraços e beijos. E ao se confessar nos seus braços, o pai lhe recebe o vestindo com a melhor roupa, colocou um anel de autoridade em seu dedo e novas sandálias de filho. Se não bastasse, o pai ainda o serviu uma grande festa, um banquete para celebrar sua volta.
E assim é também no céu quando um filho perdido do Senhor volta a casa do Pai celestial. Deus lhe recebe de braços abertos. Como quem diz “Venha como está, eu te restaurarei. ”
Podemos fechar os olhos e imaginarmos nosso Senhor correndo em nossa direção para nos segurar em seus braços antes que nós despenquemos ao chão. Ele nos limpa de todo o pecado, enxuga nossas lágrimas, restaura a alegria do nosso coração, renova a nossa fé e ainda nos chama de filhos. Ele compartilha conosco do alimento mais rico, o Pão da Vida, na presença dos anjos que igualmente se alegram, pois, assim como está escrito no versículo 24, “Meu filho estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi encontrado. ”
Até aqui vemos a maravilhosa reconciliação que há em Cristo nosso Redentor e Senhor. E certamente aqueles mestres da lei que escutavam a Jesus, se questionavam a respeito da parábola que visava expor o amor de Deus pelo filho perdido. Entretanto, Jesus não parou por ali. Continuou contando a parábola, mas agora voltou a sua atenção ao outro filho mais velho que estava tão ocupado com os serviços do campo que nem se deu conta da volta de seu irmão mais novo. Ele se encheu de raiva quando soube da festa e se recusou a nem sequer entrar.
O pai sai da festa ao encontro agora do seu filho que com ira diz no versículo 29, “Há tantos anos tenho trabalhado como um escravo para ti sem nunca ter desobedecido a uma ordem tua. Contudo, tu nunca me ofereceste nem ao menos um cabrito para eu poder festejar com meus amigos. Contudo, chegando em casa esse teu filho, que pôs fora os teus bens com prostitutas, tu ordenaste matar o novilho gordo para ele! ”