Devocional Edificai

Lucas 18:35-43 A cura do cego de Jericó - Devocional 405


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Esse texto nos conta sobre um cego e mendigo, faltava-lhe luz nos olhos e dinheiro no bolso.
Ele estava entregue às trevas e à miséria.
Vivia a esmolar à beira da estrada, dependendo totalmente da benevolência dos outros.
Um cego não sabe para aonde vai, um mendigo não tem para aonde ir.
Ele não tinha nome (Lc 18.35). Nem Mateus, nem Lucas citam o nome desse cego. Marcos diz que seu nome era Bartimeu.
Este homem não somente era cego e mendigo, mas estava também com sua autoestima achatada. Não tinha saúde, nem dinheiro, nem valor próprio.
Certamente carregava não apenas sua capa, mas também seus complexos, seus traumas, suas feridas abertas (Mc 10.50).
Ele estava à margem do caminho (Lc 18.35).
A multidão ia para a festa da Páscoa, mas ele não podia ir.
A multidão celebrava e cantava, mas ele só podia clamar por misericórdia.
Seu encontro com Cristo ele buscou a Jesus na hora certa, aquela era a última vez que Jesus passaria por Jericó.
Era a última vez que Jesus subiria a Jerusalém. Aquela era a última oportunidade, com sua cegueira ele enxergou mais do que os sacerdotes, escribas e fariseus.
Estes tinham olhos, mas não tinham discernimento.
Bartimeu era cego, mas enxergava com os olhos da alma chamou Jesus de Filho de Davi, seu título messiânico.
O fato de esse cego mendigo chamar Jesus de Filho de Davi revela que ele reconhecia Jesus como o Messias, enquanto muitos que haviam testemunhado os milagres de Jesus estavam cegos a respeito da sua identidade, recusando-se a abrir seus olhos para a verdade.
Ninguém pôde deter o seu clamor, sua exigência de ser levado a Jesus. Ele estava determinado a dialogar com a única pessoa que podia ajudá-lo, a multidão tentou abafar sua voz, mas ele clamava ainda mais alto: Filho de Davi, tem misericórdia de mim.
A multidão foi obstáculo para Zaqueu ver a Jesus e estava sendo obstáculo para Bartimeu falar com Jesus, mas não se intimidou nem desistiu de clamar pelo nome de Jesus diante da repreensão da multidão. Ele tinha pressa e determinação. Sabia da sua necessidade e sabia que Jesus era o único que poderia libertá-lo de sua cegueira e dos seus pecados, buscou a Jesus com humildade, sabia que não merecia favor algum e apelou apenas para a compaixão de Jesus. Ele não pediu justiça, mas misericórdia. Não reivindicou direitos, mas pediu compaixão, buscou a Jesus com objetividade sabia exatamente do que necessitava.
Lembrem-se sempre meus irmãos, Deus não dá o que você quer, mas o que você precisa! Por isso orações bem direcionadas tem resultados mais satisfatórios.
Aqui ele precisava de visão.
Mas a cegos com olhos e não querem ver, estes permaneceram em sua cegueira espiritual.
A cegueira pior do que a de Bartimeu é ver uma coisa e enxergar outra bem diferente. Eva viu exatamente o que não devia ver e como devia ver. Viu o que não devia ver, porque o fruto era venenoso. Viu como não devia ver, porque viu apenas aquilo que lhe agradava à vista e ao paladar, essa visão é perigosa para o cristão.
Outro tipo de cegueira pior do que a cegueira de Bartimeu é a daqueles que enxergam a cegueira dos outros, e não a própria. Os cegos deste tipo conseguem descobrir um pequeno ar-gueiro no olho do vizinho e não se aperceber de uma trave atravessada nos próprios olhos.
São aqueles que investigam pequeninas falhas nos outros para alardeá-las como grandes crimes e pecados, esquecidos dos seus grandes e perniciosos defeitos.
Finalmente, existe ainda outro tipo de cegueira pior que a do pobre mendigo de Jericó. É a daqueles que não permitem que os outros vejam.
Os acompanhantes de Cristo naquela caminhada eram mais cegos do que aquele cego porque impediam que o clamor e os gritos de angústia daquele infeliz chegassem até Jesus, burocratizando a misericórdia divina pensando que podem julgar quem são merecedores de se aproximar de Cristo.
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