Jesus estava no monte na ocasião da transfiguração acompanhado de Pedro, Thiago e João, quando desceram encontraram os outros discípulos envolvidos em uma confusão. Uma multidão veio ao encontro de Jesus e dentre ela surgiu um homem, clamando-lhe, por seu filho.
O seu único filho há muito tempo vinha sofrendo ataques causados por um espírito maligno muito violento, a situação desse menino é relatada também nos evangelhos de Mateus e de Marcos.
Além de levar uma vida muito sofrida, era possível que a qualquer momento esse espírito conseguisse matar o menino, sendo assim, o pai estava em grande desespero.
O problema era que na ausência de Jesus, o homem havia pedido para que os discípulos expulsassem o demônio, e eles não foram capazes.
O texto nos faz refletir sobre o poder conferido aos discípulos apenas há alguns versículos atrás, em Lucas 9.1 diz que Jesus lhes deu autoridade sobre todos os demônios. E agora aquilo, como era possível?
Jesus chamou a todos, o pai, os discípulos a multidão, de “geração incrédula e perversa”, a falta de fé era o motivo de não conseguirem realizar algo para o qual já haviam sido capacitados.
O desfecho da história se dá com a libertação do menino, porque Jesus repreendeu o espírito imundo e ele teve que sair, mas a frustração dos discípulos ficou, a ponto de questionarem a Jesus o porquê daquele fracasso.
E quantas vezes não nos sentimos assim, fomos capacitados a realizar grandes coisas, temos ouvido de Deus lindas promessas, e às vezes nada acontece. Ficamos frustrados e confusos.
Jesus não aliviou para os discípulos, “a vossa fé é tão pequena que nem chega a ser do tamanho de um grão de mostarda, porque se fosse do tamanho de um grão de mostarda, vocês conseguiriam realizar coisas gigantescas”, leia em Mateus 17. 20. Às vezes esse é o nosso caso, talvez seja por isso que nada aconteça.
Contudo, há algo a se considerar, aquela casta não se expele senão por oração e jejum, era um tipo diferente de espírito, exigia uma consagração diferente, como eles poderiam saber disso? Na verdade, não precisariam saber.
Eu só vou deixar de orar quando me esquecer que o poder vem do meu Senhor, vou deixar de jejuar quando me esquecer que minhas capacidades e todas as promessas só podem ser realizadas por Ele. Tentar realizar as coisas espirituais sem essa fé ativa é certeza de frustração. Pode parecer uma palavra dura, mas trata-se de um convite a cada um de nós que desejamos viver o sobrenatural de Deus, vamos buscar por isso?!
Pastora Marcela Rosa
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