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Lv 12:1-8 A purificação da mulher depois do parto - Devocional 961


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A mulher após dar à luz era considerada impura. A perda de sangue significava que a pessoa está incompleta e impura.
O termo “impura” não se refere à imoralidade; em vez disso, ele se refere à impureza ritual. Um ritual é um ato, ou uma série de atos simbólicos, que tem o propósito de comunicar uma mensagem.
O sangue pertencia ao Senhor porque apenas ele é soberano sobre a vida. Levítico nos diz que “a vida da carne está no sangue” (Lv 17.11a). Esse raciocínio teológico explica porque a lei mosaica requeria que uma nova mãe se submetesse a uma purificação ritual após ter dado à luz. Era necessário haver uma prestação de contas pelo fluxo de sangue pós-parto da nova mãe na vida cerimonial do povo.
Três etapas são necessárias para transformar a impureza em pureza: (1) a mulher permanece impura por sete ou até 14 dias, dependendo do sexo da criança; (2) na segunda fase, que dura de 33 a 66 dias, ela não é nem pura, nem impura; e (3) finalmente ela oferece sacrifícios a fim de entrar em plena comunhão com o povo da aliança.
Novamente, essa não era uma questão higiênica; ela tinha uma função simbólica. O fato era que homens e mulheres não eram naturalmente puros; apenas Deus é puro em todas as suas perfeições morais. Portanto, teria de haver, por uma razão simbólica, um período de segregação até que o corpo da mulher retornasse ao seu estado normal.
O tempo de purificação para a mãe é o dobro do tempo se ela dá à luz uma menina em vez de um menino. A razão é incerta, embora possa ser que a menina seja potencialmente mais impura devido à probabilidade de menstruação e de um futuro parto. Em qualquer caso, não existe qualquer sugestão de que a razão para a distinção seja qualquer tipo de suposta "inferioridade" das mulheres.
A circuncisão da criança acontecia no caso do nascimento de um menino, os sete dias iniciais de reclusão doméstica eram seguidos pelo rito da circuncisão. No oitavo dia após o nascimento, a mãe levava a criança ao santuário, onde o prepúcio do menino era cirurgicamente removido. A circuncisão dos hebreus foi requerida de Abraão e sua descendência como um sinal da aliança que Deus havia feito com o patriarca e todos os seus descendentes (Gn 17.11-14,23-27; 21.4). Essa marca no corpo indicava que a criança era membro da comunidade da aliança.
A purificação ritual em Israel reconhecia o milagre do nascimento como um dom de Deus, mas também a necessidade de reconciliação, pois Deus, em suas perfeições, não poderia tolerar nada menos que esse padrão no meio do seu povo. A iniciação da criança no povo da aliança de Deus, por meio da circuncisão, alimenta a esperança de um povo espiritualmente vivo e obediente à Palavra de Deus.
O nascimento de uma criança é uma grande alegria e a palavra de Deus dá imenso valor aos filhos. O salmista reflete a visão das Escrituras acerca do nascimento de filhos: “Herança do Senhor são os filhos; o fruto do ventre, seu galardão. [...] Feliz o homem que enche deles a sua aljava” (Sl 127.3,5).
Pra Nathália Tonezer
IEQ Sede Hortolândia
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