Neste capítulo, vemos que o Senhor cita mais uma vez a convocação a respeito das festas solenes, reforçando suas instruções quanto a elas. Também aponta a determinação quanto à guarda do sábado. Inicialmente, dá-se instruções quanto à Páscoa, que se daria aos quatorze dias, do primeiro mês, à tarde e, aos quinze dias, iniciaria a festa dos pães asmos. Esta festa duraria uma semana. Após, determina-se a celebração da festa das primícias, a qual se daria no dia seguinte ao sábado de Páscoa, onde se consagrava a colheita. Também, há determinação para realização da festa de pentecostes, no quinquagésimo dia, após a páscoa, na qual, também, celebravam-se os primeiros frutos. Em seguida, vemos a determinação de que, no primeiro dia do sétimo mês, houvesse a festa das trombetas, devendo ser oferecidas ofertas queimadas.
O Senhor, ainda, convoca os israelitas a guardarem o dia da expiação, onde eles deveriam se consternar e sacrificar, solenemente, ao décimo dia, do sétimo mês, a fim de fazer expiação perante Deus. A pessoa que não se afligisse, seria eliminada do povo. Em seguida, aos quinze dias, do mês sete, deveria ocorrer a festa dos tabernáculos, a qual duraria uma semana, onde se ofereciam ofertas queimadas, e celebrariam o final da colheita e relembravam a época em que viveram em tendas. Deus reservou um período sagrado de festas e dias santos para dar descanso da vida diária à comunidade. Estes dias especiais também as ajudariam a recordar Seus atos de criação, livramento, proteção e provisão.
A expressão santas convocações ocorre 11 vezes no capítulo 23 (v. 2) e 8 vezes em outras partes da Torá (Ex 12:16).
Uma assembleia santa era um período no qual o povo devia deixar de lado seus afazeres comuns para se focar na adoração ao Senhor.
Os oito dias designados as assembleias santas eram: o primeiro e o sétimo dia de pão ázimo (Lv 23:7-8), a festa das semanas (v. 21), o primeiro dia “do sétimo mês (v. 24), o Dia da Expiação (v. 27), o primeiro e” o oitavo dia de tabernáculos (v. 35-36) e o shabat.
Vemos o Senhor determinando que o povo de Israel não deixasse de guardar o sábado e as festas fixas, que seriam santas convocações, a fim de que servissem como memorial, para as próximas gerações. Ainda nos dias de hoje, o mundo possui, em seus calendários, datas especiais, que marcam acontecimentos históricos. Constantemente, vemos datas que pautam assuntos importantes, dos quais a sociedade não pode se esquecer, gerando, assim, conscientização. Os israelitas estavam, de igual forma, sendo convocados a se reunirem e transmitirem tudo o que o Senhor havia feito. Deus estava separando um povo para Si, criando uma nova nação, instruindo Seus filhos e lhes dando ordens de que não deixassem que as próximas gerações esquecessem dos Seus feitos e promessas. Mais adiante, veremos que Deus ordena que Suas determinações fossem passadas aos descendentes dos israelitas, sendo que deveriam ser objeto de meditação em todos os afazeres, enquanto andavam, sentavam ou dormiam (Deuteronômio 6:7). Ainda hoje, Deus deseja que as crianças sejam ensinadas sobre Seus preceitos, sendo que, se assim forem instruídas, não se desviarão deles (Provérbios 22:6). As escrituras mencionam que a palavra de Deus é viva, eficaz e atuante em nosso interior, por essa razão que, ao ser ensinada, ela possui o poder de trazer luz, direção e discernimento sobre todas as coisas. Jesus, ainda, ensina que nossos corações são comparados a solos, sendo que, se a semente, que é palavra de Deus, cair em boa terra, se multiplicará, produzindo os frutos dela advindos (Mateus 13). Em complemento a isso, temos que as escrituras, ainda, mencionam que Deus opera, em todos, tanto o querer, quanto o realizar (Filipenses 2:13). Deste modo, nossa parte consiste, apenas, em transmitir os princípios do Senhor. A palavra viva e, o próprio Deus, se encarregarão da obra interior daqueles que atendem ao convite da graça.
Fernanda Castro
Devocional Edificai
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