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Em uma festa da ainda pacata Manaus, a tensão entre dois irmãos que se arrastava desde o berço explode em um ato de violência: Omar, o gêmeo mais novo, rasga o rosto de Yaqub com um caco de vidro. A partir daí, a distância entre eles aprofunda-se mais e mais, e por um período tão longo que quando Zana, mãe dos dois, está em seu leito de morte, a última pergunta que faz é: “meus filhos já fizeram as pazes?”
Em “Dois Irmãos”, o escritor brasileiro Milton Hatoum inspira-se em Machado de Assis para contar a história de uma família e de uma cidade em decadência, entrelaçando conflitos humanos milenares como o ciúmes e o incesto, ao cenário político conturbado de um país que assistiu à Segunda Guerra Mundial e sofreu com uma Ditadura Militar.
Neste episódio, o professor do Curso Anglo, Maurício Soares, analisa o livro estreante na lista de obras obrigatórias da Fuvest.
MARCA TEXTO: OUTROS EPISÓDIOS DA LISTA DA FUVEST
João Guimarães Rosa – Campo Geral
Eça de Queirós – A Relíquia
Gregório de Matos – Poemas Escolhidos
Graciliano Ramos – Angústia
Machado de Assis – Quincas Borba
Carlos Drummond de Andrade – Alguma Poesia
Cecília Meireles – Romanceiro de Inconfidência
‘Nós Matamos o Cão Tinhoso’ – Luis Bernardo Honwana
‘Marília de Dirceu’ – Tomás Antônio Gonzaga
Prepare-se para o Enem sem sair de casa. Assine o Curso GUIA DO ESTUDANTE ENEM e tenha acesso a todas as provas do Enem para fazer online e mais de 180 videoaulas com professores do Poliedro, recordista de aprovação nas universidades mais concorridas do país.
Imagine que enquanto a antiga Ouro Preto pegava fogo em plena Inconfidência Mineira, um dos supostos revolucionários, Tomás Antônio Gonzaga, resolveu fazer uma pequena pausa e… escrever versos de amor. Nas páginas de seu mais famoso livro, “Marília de Dirceu“, o poeta árcade contou a história de um pastor apaixonado, que por forças maiores acabou apartado do seu grande amor.
A obra virou uma febre absoluta, não só na época, mas em muitas décadas que sucederam a vida e morte do autor. Uma das razões, talvez, fosse o quê biográfico por trás daquela história: muitos especularam que Gonzaga, na verdade, seria Dirceu, e Maria Doroteia Joaquina, jovem por quem ele se apaixonou, teria sido eternizada como Marília.
O fato é que o livro tornou-se clássico da literatura brasileira – tanto que foi parar na lista de obras obrigatórias da Fuvest, o vestibular da USP.
Neste episódio, o professor do Curso Anglo, Eduardo Calbucci, ajuda a desvendar o contexto histórico, os aspectos formais e relativiza alguns boatos que cercam o célebre livro do Arcadismo.
MARCA TEXTO: OUTROS EPISÓDIOS DA LISTA DA FUVEST
João Guimarães Rosa – Campo Geral
Eça de Queirós – A Relíquia
Gregório de Matos – Poemas Escolhidos
Graciliano Ramos – Angústia
Machado de Assis – Quincas Borba
Carlos Drummond de Andrade – Alguma Poesia
Cecília Meireles – Romanceiro de Inconfidência
‘Nós Matamos o Cão Tinhoso’ – Luis Bernardo Honwana
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O que paralisa um povo que tem seu país invadido e seus bens saqueados? Como o racismo é importado para um país de maioria negra – e quais são as justificativas que permitem perpetuá-lo? Ao longo dos oito contos de “Nós Matamos o Cão Tinhoso!”, o escritor moçambicano Luis Bernardo Honwana debate todos estes temas, praticamente sem mencioná-los.
Ele conta a história de um grupo de meninos obrigado a matar um cão doente e sarnento que circulava nos arredores da escola. A jornada de um menino que tenta descobrir porquê a palma da mão dos pretos é branca. A de um homem idoso que fica imobilizado quando a filha é violentada por um capataz, e tantas outras. Em cada uma delas, o leitor é convidado a conhecer e compreender como operava a sociedade moçambicana sob o domínio português e às vésperas de uma revolução.
Neste episódio do Marca Texto, Fernando Marcílio, professor de literatura do Curso Anglo, destrincha cada conto do livro e revela as mensagens por trás dessas narrativas.
MARCA TEXTO: OUTROS EPISÓDIOS DA LISTA DA FUVEST
João Guimarães Rosa – Campo Geral
Eça de Queirós – A Relíquia
Gregório de Matos – Poemas Escolhidos
Graciliano Ramos – Angústia
Machado de Assis – Quincas Borba
Carlos Drummond de Andrade – Alguma Poesia
Cecília Meireles: Romanceiro de Inconfidência
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Há quem diga que, desde pequena, Cecília Meireles já estava marcada pelo “signo da ausência”. Quando nasceu, em 1901, no Rio de Janeiro, seu pai e três irmãos haviam morrido. A sua mãe deixou-a órfã aos 3 anos. Desse momento até a sua estreia como poeta, aos 18 anos, consolidou-se um estilo que sofreria poucas mudanças ao longo da vasta obra que deixou: a predominância de uma linguagem marcadamente simbolista, envolta sempre por uma “certa ausência do mundo”, característica que a escritora julgava seu principal defeito. Mas, para a crítica, era uma das grandes qualidades de sua produção, que ainda renderia uma obra um pouco destoante dessa poética: Romanceiro da Inconfidência (1953).
Nessa sua obra-prima, “uma narrativa rimada”, como a própria Cecília definiu, contam-se os episódios da Inconfidência Mineira (1789), que terminou com a morte de Tiradentes. E que, como afirmou a poeta em conferência, não haviam sido devidamente abordados pelos escritores contemporâneos. Romanceiro, como sugere o nome, é um conjunto de romances, entendido nesse caso como um gênero de origem medieval, com poemas épico-líricos transmitidos oralmente. Em geral, esses romances relatavam os feitos de povos e heróis. “O Romanceiro Cigano” do espanhol Federico García Lorca, influenciou Cecília na concepção.
Antes de chegar ao episódio histórico propriamente, o poema passa pelos ciclos do ouro e do diamante, que afirma serem erigidos sobre a cobiça e a barbárie. Traz capítulos inteiros sobre alguns dos protagonistas – como os poetas Cláudio Manuel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga. Composto por 85 romances, além de cenários e falas, Romanceiro é fruto de um trabalho exaustivo de pesquisa e concepção. Tratava-se, seguramente, da maior empreitada de sua carreira.
Logo na abertura do livro, em Fala Inicial, já se estabelecem os parâmetros com os quais o poema será construído: “Não posso mover meus passos/ por esse atroz labirinto/ de esquecimento e cegueira/ em que amores e ódios vão […] Não choraremos o que houve,/ nem os que chorar queremos:/ contra rocas de ignorância/ rebenta a nossa aflição“.
O sentimento da dúvida – que aparece ao longo de todos os poemas – denuncia a arbitrariedade dos fatos e da história. Não há como distinguir entre verdade e mentira, lealdade e traição. A linguagem de inspiração simbolista utiliza-se do tom de mistério e de imaterialidade para envolver os inconfidentes em seu contexto e prenunciar-lhes o fim. Às vezes, investe em uma voz de perplexidade. A eficiência dos versos do Romanceiro se deve ao uso preciso que Cecília faz de sonoridades e rimas, da tensão e distensão dos versos, que assumem formas distintas de acordo com o assunto de que tratam.
Cecília morreu no Rio de Janeiro, em 1964. Dedicou-se ao magistério no ensino primário e foi professora de literatura brasileira nas Universidades do Distrito Federal e do Texas, nos Estados Unidos. É também autora, entre outros, de Viagem (1939), Vaga Música (1942), Doze Noturnos de Holanda e O Aeronauta (1952) e Mar Absoluto (1945).
O GUIA DO ESTUDANTE tem um podcast focado nas obras obrigatórias dos vestibulares, o Marca Texto. Na primeira temporada conversamos com com professores do curso pré-vestibular Anglo sobre os livros cobrados na Fuvest, inclusive Romanceiro da Inconfidência. No episódio do link, você encontra o resumo, interpretação, contexto histórico e análise de personagens da obra. Dá o play e bom estudo!
Título: Romanceiro da Inconfidência
Esse texto faz parte do especial “100 Livros Essenciais da Literatura Brasileira”, publicado em 2009 pela revista Bravo!
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Quando idealizou o que mais tarde se tornaria ‘Mensagem’, seu único livro publicado em vida, Fernando Pessoa tinha grandes ambições: sonhava com um novo ‘Lusíadas’, que narrasse os feitos e a grandeza de Portugal. Com ares epopéicos em pleno modernismo, Pessoa deu à ‘Mensagem’ a complexidade e ambiguidade próprias de sua literatura.
Mesmo inserido em um movimento artístico e literário que se propunha romper com antigos padrões, o autor português quis olhar para trás, e em três partes – Brasão, Mar Português e Encoberto – falou dos heróis e dos mitos de seu país, das grandes navegações, dos tempos áureos e também da decadência de seu país.
Neste episódio do Marca Texto, o professor Eduardo Cabulcci disseca as temáticas e a forma de ‘Mensagem’, fala do contexto em que a obra foi publicada e responde, afinal, qual é a mensagem deixada por Fernando Pessoa nesta que se tornou uma das maiores obras da literatura portuguesa.
MARCA TEXTO: OUTROS EPISÓDIOS DA LISTA DA FUVEST
João Guimarães Rosa – Campo Geral
Eça de Queirós – A Relíquia
Gregório de Matos – Poemas Escolhidos
Graciliano Ramos – Angústia
Machado de Assis – Quincas Borba
Carlos Drummond de Andrade – Alguma Poesia
Terra Sonâmbula – Mia Couto
Cecília Meireles: Romanceiro de Inconfidência
Bernardo de Carvalho: Nove Noites
MARCA TEXTO: OUTROS EPISÓDIOS DA LISTA DA UNICAMP
Luís de Camões – Sonetos Escolhidos
Racionais MC’s – Sobrevivendo no Inferno
Fernando Pessoa – O Marinheiro
Júlia Lopes de Almeida – A Falência
Raul Pompéia – O Ateneu
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Quem procura o Drummond político, das grandes temáticas e um tanto melancólico, não o encontra nas páginas de ‘Alguma Poesia’. Em seu livro de estreia, publicado em 1930, Carlos Drummond de Andrade bebe na fonte dos primeiros modernistas, como Oswald e Mario de Andrade, e inaugura este movimento literário em Minas Gerais. Tratam-se de poemas onde o pequeno ganha relevância – a rotina pacata de uma pequena cidade mineira, os amores da juventude e as lembranças da infância.
Na forma, o modernismo que acompanhou Drummond pelos seus quase sessenta anos seguintes de produção literária ganhava forma em poemas pílulas, nos versos livres e na linguagem coloquial e acessível.
Ao longo deste episódio do Marca Texto, o professor do Anglo Maurício Soares fala de ‘Alguma Poesia’, de Carlos Drummond de Andrade. Além de explicar os aspectos formais e temáticas da obra, o professor também indica a melhor maneira de estudar uma coletânea de poemas para os vestibulares e fala como o livro pode aparecer relacionados com outras obras da lista.
MARCA TEXTO: OUTROS EPISÓDIOS DA LISTA DA FUVEST
João Guimarães Rosa – Campo Geral
Eça de Queirós – A Relíquia
Gregório de Matos – Poemas Escolhidos
Graciliano Ramos – Angústia
Machado de Assis – Quincas Borba
Mensagem – Fernando Pessoa
Terra Sonâmbula – Mia Couto
Cecília Meireles: Romanceiro de Inconfidência
Bernardo de Carvalho: Nove Noites
MARCA TEXTO: OUTROS EPISÓDIOS DA LISTA DA UNICAMP
Luís de Camões – Sonetos Escolhidos
Racionais MC’s – Sobrevivendo no Inferno
Fernando Pessoa – O Marinheiro
Júlia Lopes de Almeida – A Falência
Raul Pompéia – O Ateneu
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Um livro sobre várias coisas: é assim que o professor Fernando Marcílio, convidado deste episódio do Marca Texto, define o romance mais célebre do autor moçambicano Mia Couto. Nas páginas de Terra Sonâmbula, o escritor fala sobre racismo, sobre os conflitos que assolam populações e dão lucro aos “fazedores da guerra”, sobre a busca pela identidade dos países colonizados.
Todos estes temas doloridos são amarrados pelo realismo fantástico, uma corrente literária que ganhou força e projeção em países africanos e latino-americanos.
Ao longo do episódio, Marcílio fala sobre Mia Couto, autor da obra, conta em que contexto ele escreve Terra Sonâmbula e explica a mensagem de esperança que permeia o desfecho do livro.
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João Guimarães Rosa – Campo Geral
Eça de Queirós – A Relíquia
Gregório de Matos – Poemas Escolhidos
Graciliano Ramos – Angústia
Machado de Assis – Quincas Borba
Carlos Drummond de Andrade – Alguma Poesia
Fernando Pessoa – Mensagem
Cecília Meireles: Romanceiro de Inconfidência
Bernardo de Carvalho: Nove Noites
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Luís de Camões – Sonetos Escolhidos
Racionais MC’s – Sobrevivendo no Inferno
Fernando Pessoa – O Marinheiro
Júlia Lopes de Almeida – A Falência
Raul Pompéia – O Ateneu
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Parceria do Guia do Estudante com o curso Anglo, o podcast Marca Texto traz análises descomplicadas sobre obras que são cobradas nos vestibulares da Fuvest, Unicamp e outras universidades.
Neste episódio, o professor Fernando Marcílio, do curso Anglo, analisa ‘O Ateneu’, de Raul Pompeia. A obra é cobrada no vestibular da Unicamp.
Para alguns estudiosos, o livro é um romance autobiográfico inspirado na vida do escritor Raul Pompeia que também esteve em um colégio interno. “A gente não pode dizer que é autobiográfico porque não sabemos se Raul Pompeia viveu aquelas experiências em seu período em colégio interno”, explica o professor Fernando Marcílio
‘O Ateneu’ é um dos livros mais importantes do movimento realista no Brasil e foi publicado em folhetins no ano de 1888. O escritor critica o moralismo e à perversão das instituições de ensino do século 19.
Sérgio é o narrador e protagonista que revela suas experiências quando era interno do colégio Ateneu. A obra é dividida em 12 capítulos. Uma de suas principais características é a descrição física e psicológica. A linguagem é rebuscada e utiliza de muitas figuras de linguagem: comparação, metáforas, hipérboles.
“O subtítulo crônica de saudade tem boa dose de ironia. Sergio rememora o período difícil no colégio interno. Transformar a leitura árdua e rebuscada é proposital para dar forma a dificuldade que Sergio enfrenta nos relacionamentos”, explica o professor do Anglo.
O Ateneu apresenta características do realismo como linguagem objetiva e descrições cuidadosas, no entanto, ainda é possível observar aspectos da estética naturalista na obra: determinismo e aspectos animalescos das personagens.
“Não é errado compreender como uma obra naturalista porque temos a influência do meio sobre o indivíduo, a temática da sexualidade e a animalização dos personagens. No entanto, o mais correto é não limitar a obra. Ela tem muito de realismo porque faz crítica à sociedade e ao sistema de ensino da época. Tem muito de expressionismo pela maneira caricata e grotesca que descreve as personagens, muito de impressionismo pelo excesso de subjetividade na narração. Grandes autores não se prendem aos modelos”, diz Marcílio.
Rau Pompeia deixou outras obras ligadas ao Naturalismo brasileiro, estilo de época caracterizado pelo antirromantismo, objetividade e determinismos da realidade: raça e o ambiente e o momento histórico influenciam o destino.
Baixe o livro aqui.
Raul Pompeia (1863-1895) nasceu em Angra dos reis (RJ) e aos 11 anos de idade estudou em regime de internato, no Colégio Abílio, no Rio de Janeiro. Em seguida, estudou no Colégio Pedro II. Por fim, na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo.
Estudante de Direito, abolicionista e republicano, teve diversas ocupações: jornalista, professor na Escola de Belas Artes e diretor da Biblioteca Nacional. No entanto, ao apoiar o presidente Floriano Peixoto (1839-1895), entrou em conflito com alguns importantes intelectuais. O escritor se matou em 25 de dezembro de 1895, no Rio de Janeiro.
Raul Pompeia publicou os seguintes livros: Uma tragédia no Amazonas (1880); Um réu perante o futuro (1880); Canções sem metro (1881);As joias da Coroa (1882); O Ateneu (1888); Alma morta (1888); Agonia (1895).
Compre ‘O Ateneu – com questões comentadas do vestibular’ aqui.
Estreia 29/06 – Cecília Meireles – Romanceiro da Inconfidência
06/07 – Guimarães Rosa – Campo Geral
13/07 – Bernardo Carvalho – Nove Noites
27/07 – Luís de Camões – Sonetos escolhidos
10/08 – Júlia Lopes de Almeida – A Falência
Na primeira temporada, o Marca Texto trabalhou os livros cobrados na Fuvest 2020. Cada obra tem um episódio específico, dividido em blocos de resumo, interpretação, contexto histórico e análise de personagem.
Aluísio Azevedo – O Cortiço
João Guimarães Rosa – Sagarana
Eça de Queirós – A Relíquia
Gregório de Matos – Poemas Escolhidos
Helena Morley – Minha Vida de Menina
Pepetela – Mayombe
Graciliano Ramos – Angústia
Carlos Drummond de Andrade – Claro Enigma
Machado de Assis – Quincas Borba
Parceria do Guia do Estudante com o curso Anglo, o podcast Marca Texto traz análises descomplicadas sobre obras que são cobradas nos vestibulares da Fuvest, Unicamp e outras universidades.
Neste episódio, o professor Fernando Marcílio, do curso Anglo, analisa ‘A Falência’, de Júlia Lopes de Almeida. A obra é cobrada no vestibular da Unicamp.
Romance mais conhecido de Júlia Lopes de Almeida, a obra publicada em 1901 conta a história de Francisco Teodoro, um português que enriqueceu com o comércio do café, e de sua esposa Camila, mulher de origem pobre que acaba por casar como forma de sair da situação precária que vivia com a família.
Muito da trama se desenvolve no armazém de sacas de café de onde Francisco fez sua riqueza. A família de Teodoro e Camila é constituída por quatro filhos: Ruth, Lia, Raquel e Mário. Além deles, há também Nina, sobrinha de Camila. Ela tem funções na casa e se apaixona por seu primo Mário, um bon-vivant que se aproveita da mordomia de ter uma família rica. O núcleo familiar também é composto pela ex-escrava Noca. O médico Dr. Gervásio frequenta a casa e tem um caso com Camila.
A decadência familiar acontece quando Teodoro é seduzido a investir na bolsa de valores e acaba perdendo sua fortuna muito rapidamente com a queda do valor do café. Assim, acaba suicidando-se e deixando a família sem nada. Camila, sem saída, encontra-se com Gervásio na intenção de que ele se case com ela e adote a responsabilidade de cuidar dela e de sua família. Porém, ele declina e confessa que já é casado, o que deixa Camila sem chão. As únicas pessoas que agora podem ajuda-la são Nina e Noca, que se matam de trabalhar para sustentar a todos.
“A Falência é um romance urbano do Rio de Janeiro que se concentra no relato de uma sociedade machista e patriarcal. O Brasil começa a se modernizar para as elites, mas ainda não consegue superar estruturas tradicionais atrasadas”, explica Fernando Marcílio.
O professor do Anglo reforça que a obra também é voltada para a reflexão sobre o adultério feminino e masculino. Pode ser analisado como um contraponto ao livro ‘Dom Casmurro’ e a imagem de Capitu, retratada pelo contemporâneo Machado de Assis.
O livro contextualiza a realidade carioca de 1891, ano em que ocorreu uma expansão cafeeira no país. O Rio de Janeiro era a capital da República e contava com mão de obra formada por ex-escravizados. O período literário em que o livro é escrito é o Realismo e Naturalismo. A principal característica da obra é problematizar as relações sociais do final do século 20.
Júlia Lopes de Almeida nasceu em 1862 no Rio de Janeiro. Considerada uma escritora com ideais feministas, defendia o direito ao divórcio, a educação para mulheres e também a abolição da escravatura. Casou-se com o português Filinto de Almeida, jornalista e poeta, que acabou ocupando o lugar na Academia Brasileira de Letras (ABL), que seria da escritora.
Estreia 29/06 – Cecília Meireles – Romanceiro da Inconfidência
06/07 – Guimarães Rosa – Campo Geral
13/07 – Bernardo Carvalho – Nove Noites
27/07 – Luís de Camões – Sonetos escolhidos
10/08 – Júlia Lopes de Almeida – A Falência
Na primeira temporada, o Marca Texto trabalhou os livros cobrados na Fuvest 2020. Cada obra tem um episódio específico, dividido em blocos de resumo, interpretação, contexto histórico e análise de personagem.
Aluísio Azevedo – O Cortiço
João Guimarães Rosa – Sagarana
Eça de Queirós – A Relíquia
Gregório de Matos – Poemas Escolhidos
Helena Morley – Minha Vida de Menina
Pepetela – Mayombe
Graciliano Ramos – Angústia
Carlos Drummond de Andrade – Claro Enigma
Machado de Assis – Quincas Borba
O Marca Texto explica de forma descomplicada as obras cobradas na Fuvest, Unicamp e principais vestibulares do Brasil. O podcast é uma parceria do GUIA DO ESTUDANTE com o Curso Anglo.
Neste episódio, o professor Eduardo Calbucci, do curso Anglo, analisa a peça de teatro ‘O Marinheiro’, Fernando Pessoa. A obra é cobrada no vestibular da Unicamp entre outros. Você pode comprar aqui.
++ Modernismo (Portugal) – resumo, autores e questão comentada
Fernando Pessoa e Mário de Sá Carneiro fundaram a Revista Orpheu, em 1915. A publicação difundia ideias modernistas.
O Modernismo em Portugal surge entre a Primeira e a Segunda Guerra Mundial. Nesse período, o mundo vivia transformações sociais, econômicas e políticas: invenção do telefone, uso do avião e da eletricidade, por exemplo. Esses avanços influenciavam o estilo dos escritores. Esse fato é notado nas reflexões sobre a identidade, no espírito crítico, e na linguagem usual.
‘O Marinheiro’ é um teatro dramático e foi publicado na Orpheu no ano de sua criação.
A narrativa explora o sonho e vida de três mulheres em um velório. Uma das mulheres conta a história de um marinheiro perdido em uma ilha que inventa histórias para fugir da solidão. No entanto, o marinheiro começa a ficar na dúvida se as histórias que ele está inventando são reais. O mesmo processo acontece com as mulheres que acabam duvidando das histórias que estão contando.
O escritor e poeta Fernando António Nogueira Pessoa nasceu em Lisboa, no dia 13 de junho de 1888. Fernando Pessoa é um dos mais importantes autores do modernismo da literatura portuguesa. Teve grande destaque na poesia por meio de seus heterônimos, ou seja, outras personalidades literárias para assinar diferentes obras. Cada um deles tinha estilo próprio. Os mais usados pelo poeta eram Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis. Já Bernardo Soares foi considerado um semi-heterônimo por ter características bem parecidas com Fernando Pessoa.
Alguns dos textos de Pessoa eram escritos em inglês e francês.
Alexander Search, Charles Robert Anon, Jean Seul foram alguns dos heterônimos usados nessas línguas. Maria José foi um heterônimo peculiar por ser uma mulher, corcunda e com tuberculose. A pobre era apaixonada por um serralheiro que passava por sua janela.
Fernando Pessoa trabalhou como jornalista, crítico literário, publicitário, editor, crítico político e astrólogo. O poeta morreu em sua cidade natal, em 30 de Novembro de 1935, vítima de cirrose hepática, com 47 anos.
O poema Autopsicografia é uma de suas obras mais conhecidas:
O poeta é um fingidor.
E os que leem o que escreve,
E assim nas calhas de roda
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06/07 – Guimarães Rosa – Campo Geral
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Machado de Assis – Quincas Borba
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