Cariacica, 101 Anos (A Gazeta - 24/06/1991)

Com o objetivo de adaptar-se aos novos tempos, a Câmara Municipal de Cariacica deverá ter a partir do próximo semestre um novo Regimento Interno.Contemplando as altas rações introduzidas na legislação pelo novo texto constitucional, uma comissão nomeada pela presidência do Executivo Municipal redigiu e a partir se setembro de 1990 um anteprojeto para o novo Regimento Interno, que leva também em consideração a Lei Orgânica do Município.Embora passível de ser emendado por iniciativa dos senhores vereadores, o texto apresentado pela Comissão deve b rá ser a base sobre a qual passará a se reger a Câmara Municipal de Cariacica.Abaixo, algumas normas que passarão a ser seguidas pelos vereadores cariaciquenses em seu trabalho.De acordo com o anteprojeto de Regimento Interno que deverá ser apreciado, emendado e votado a partir de agosto próximo, as funções de fiscalização financeira consistem no acompanhamento da execução orçamentária e no julgamento das contas apresentadas pelo Prefeito e pela própria Câmara, com o auxílio do Tribunal de Contas do Estado.

Marataízes, balneário com um pouco de tudo (O GLOBO - 13/6/85)

A 135 quilômetros de Vitória, no litoral do Espírito Santo, Marataízes tem tudo o que se de- seja de uma cidade de veraneio: lindas praias, clima gostoso, boas opções de lazer e acomodações a preços razoáveis. Um passeio pelos arredores pode levar a paisagens bem diversas: de morros, canaviais e plantações de abacaxi a lagoas de água doce ou salgada e praias desertas, como as de Itaipava e Itaoca, na parte norte, onde se realizam anualmente torneios de pesca. Da praia principal ao Porto da Barra a segunda cidade que forma junto com Marataízes e Vila o Município de Itapemirim - o litoral se alterna entre as águas mansas de pequenas baías, o agreste dos rochedos e as grandes extensões de praias que terminam na barra do Rio Itapemirim, ao lado da Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes, construída pelos pescadores no século passado. Em direção oposta, a 8 quilômetros do Centro, a Lagoa do Siri é outro local que atrai maior número de turistas, Separada ao meio pela estrada de terra, com água doce e salgada, a lagoa é própria para passeios de barco e pesca, em contraste com as fortes ondas da praia, ideal para a prática de surfe. Os hotéis ficam todos no centro da cidade. No Praia Hotel, a oito metros da praia, a diária completa para solteiro custa Cr$ 60 mil, e as reservas são feitas Entre o mar e o campo, Marataízes tem paisagens variadas: morros, canaviais, plantações de abacaxi, lagoas. E os preços são em conta pelo telefone 532-1157, o Saveiros Palace Hotel (tel. 532-1413) oferece apartamentos e suites de frente para o mar a Cr$ 50 mil a diária de solteiro, incluindo o café da manhã. No Hotel Balneário (tel. 532-1436), a diária com café da manhã para solteiro custa Cr$ 35 mil. Próximo a ele, na Av. Lacerda de Aguiar, fica o Hotel Dona Balbina que cobra diárias completas de solteiro, a Cr$ 55 mil e faz reservas pelo telefone 532-1178, Quem não gosta de hotel, pode optar pelo aluguel de temporada. Os condomínios Marataízes e Praia de Marataizes oferecem apartamentos de dois ou três quartos, e a imobiliária do Dedé (Tel. 532-1428) se propõe a conseguir casas de vários tipos e tamanhos. Existem também dois campings. Moquecas, o forte na culináriaEm muitos trechos do litoral de Marataízes, há formação de rochedos; em outros, as águas são mansas com a formação de pequenas baias.Para saborear as variedades culinárias da cidade, não é preciso ir longe. Ao longo da Avenida Atlântica e em algumas ruas transversais, há bons restaurantes que têm como peça de resistência todos os tipos de frutos do mar, das famosas moquecas de peixe ou camarão, feitas em panela de barro, a sirizadas e churrascos de peixe. O Cantinho do Poeta tem duas especialidade: mandioca frita com torresmo ou linguiça e um violão e microfone à disposição dos frequentadores que acreditam em seu dó de peito. A Boate Coruja, no fim da Av. Atlântica, também colocea aparelhagem de som à disposição dos frequentadores. Ao seu lado, o Xodó Bar e Restaurante, considerado um dos lugares mais quentes da cidade pela turma jovem, oferece compensações gastronômicas para a música de fita. Na orla marítima, pode-se contar ainda com pizzarias, churrascarias e até hamburguer em duas novas versões, o de peixe e o de siri.

A Memória Capixaba Esquecida (A Gazeta - 02/07/1976)

Curiosidades da história espiritossantense IJosé Schiavo

A desfiguração de Vitória é algo triste de se ver. Esta situação no interior do Estado se agrava.Muito tem se falado ultimamente a respeito da preservação da memória capixaba. Comissões foram criadas para elaborar planos que não chegam a ser executados. Enquanto isso os prédios antigos, que deveriam ser preservados, vão desmoronando ou sendo substituídos por modernos edificios.A burocracia, o descaso e a lentidão dos órgãos responsáveis acabam contribuindo para esse estado de coisas. Para preservar a memória capixaba é preciso a máxima urgência, pois quanto mais se demora, mais prédios mais livros, mais a nossa história vai se perdendoOs primitivos habitantes do Espírito Santo foram índios Puris, Aimorés ou Aimborés, Coroa dos e Goitacazes.Puri ou Pori é um ramo dos Tapuias, e significa gente pequena ou de baixa estatura. Goitacaz é o mesmo que nômade, explica o conceituado tupinólogo Teodoro Sampaio.Diz referindo-se a eles Pero Magalhães Gandavo em seu Tratado da Terra do Brasil: "Estes Aimorés são mui feros e cruéis, não se pode com palavras encarecer a dureza desta gente". "A língua deles é diferente dos outros índios, ninguém os entende; são eles tão altos e tam largos de corpo que quase parecem gigantes; são mui alvos, não têm parecer dos outros índios da terra nem têm casas nem povoações onde morem, vivem entre os matos como brutos animais; são mui forçosos em estremo, trazem huns arcos mui compridos e grossos conforme a suas forças e as frechas da mesma maneira...São inimigos de toda gente... Seu mantimento he caça, bichos e carne humana... Nam se pode achar remedio para os destruir, porque não têm. morada certa, nem saem nunca dentre o mato... Todos quantos índios ha no Brasil são seus inimigos e temem-nos muito, porque he gente atreiçoada" (Cap. I°).

Este documento oferece um visual interessante sobre a história política e administrativa de Cariacica, com foco em eventos e figuras importantes entre 1975 e 1991.

Temas Principais:

Ideias e Fatos Importantes:

Citações:

Conclusões:

Este documento, apesar de sua natureza fragmentada, oferece um panorama interessante sobre o desenvolvimento de Cariacica em um período crucial de sua história. Através da justaposição de eventos políticos, obras de infraestrutura e detalhes da administração da Câmara Municipal, o documento pinta um quadro vibrante da dinâmica local e das figuras que moldaram a cidade. A ênfase na transparência e ética na gestão pública emerge como um tema central, reforçando a importância da participação e fiscalização por parte dos cidadãos.

Viação Itapemirim comemora 27 anos (Jornal do Brasil - 1980)

Viação Itapemirim chega aos 27 anos com 1.500 ônibusJornal do Brasil1980 , Cachoeiro do Itapemirim, ES.Proprietária de 1.500 ônibus, a Viação Itapemirim, que na semana passada adquiriu por Cr$ 700 milhões os 50 ônibus e a concessão da linha Rio-São Paulo da empresa Única Auto Ônibus S/A, foi fundada em 1953 na cidade de Cachoeiro do Itapemirim. Idealizada e criada por Camilo Cola, um modesto mecânico de automóveis, a empresa começou com apenas um ônibus que fazia a linha Cachoeiro-Castelo, com 20 km de extensão.No início, sob o nome de Transportes Autos Ltda., Camilo reuniu três outras linhas de pequenos proprietários. Assim surgiu oficialmente a Viação Itapemirim, que começou a expandir-se pelo Espírito Santo e conquistou sua primeira linha interestadual: Vitória-Campos.O começo da frotaApós essa conquista, a empresa passou a ser controlada exclusivamente por Camilo Cola, mecânico e ex-pracinha, que conseguiu recursos para adquirir o primeiro ônibus, adaptado de um caminhão. Com apoio governamental destinado a ex-combatentes, ele também adquiriu seis caminhões, embora alguns colegas desistissem do incentivo.O primeiro grande passo da empresa foi obter a concessão do trecho Vitória-Rio de Janeiro, com 620 quilômetros de estrada de chão. A viagem durava cerca de 16 horas e era comum os passageiros precisarem ajudar a empurrar o ônibus em determinados trechos. Na década de 1950, uma viagem gerou grande repercussão quando o *Repórter Esso*, da Rádio Nacional, anunciou o desaparecimento de um ônibus da Itapemirim.Ele estava atrasado em mais de 12 horas para chegar à Praça Mauá, no Rio. Após dois dias de viagem, o veículo finalmente chegou, poeirento, mas com todos os passageiros salvos. O atraso foi causado por uma barreira que caiu na estrada, obrigando o motorista a desviar por Minas Gerais até alcançar o destino.Até 1959, a frota utilizava exclusivamente ônibus FNM (Fábrica Nacional de Motores). Com a crise da fábrica, a empresa substituiu a frota por veículos Mercedes-Benz, o que transformou a revendedora de Cachoeiro do Itapemirim em uma das 10 maiores do país.