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Para falar da República brasileira não basta observar o que aconteceu a parti de 1889. É necessário retornar no tempo, séculos e séculos, reconhecendo que muitos dos problemas ainda hoje enfrentados pelo país são frutos de um percurso iniciado na colonização. E assim como seus dilemas, o Brasil também têm raízes e elas não estão fincadas no estrangeiro, no asfalto das vias das grandes cidades, no saber importado. Essas raízes são indígenas, ancestrais.
“Qual república escrevemos?”, questionou essa segunda temporada do Memorial Podcast, que em seu último episódio mergulha ainda mais fundo, num Brasil que é, por natureza, azul, amarelo e verde. Nascido em Belém do Pará, filho do povo Munduruku, Daniel Munduruku viveu até os sete anos na Aldeia Maracanã, foi para a cidade, graduou-se e pós graduou-se. Hoje é pós-doutor em linguística e autor de mais de meia centena de livros, muitos deles voltados ao público infanto-juvenil.
Reconhecido por prêmios e títulos, Daniel disputou este ano uma das cadeiras da Academia Brasileira de Letras. Não foi o escolhido, mas uma lista com mais de uma centena de intelectuais brasileiros apoiou seu nome. Daniel é uma importante e natural voz da decolonialidade. E esse é o eixo desse encerramento de temporada. No programa, o educador e escritor defende a prática política como via de transformação, critica a negação do passado, explica a força da palavra no processo de apagamento dos povos indígenas no país e alerta para a relevância de se pensar o futuro olhando a natureza.
O Memorial Podcast é o programa de entrevistas do Memorial da República Presidente Itamar Franco, da Pró-reitoria de Cultura da UFJF. Em sua segunda temporada, a produção conversou com intelectuais brasileiros para compreender qual república escrevemos. Em 2022 o Memorial Podcast retorna em nova temporada.
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