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É o que todos queremos e desejamos, quando entramos na espiral negativa do pensamento de que, na nossa vida, está tudo mal. Muitas vezes está, outras nem por isso e, na maior parte das vezes somos nós quem e está mal e a precisar melhorar.
Se não faltam gurus do desenvolvimento pessoal, já eu acho que falta quem fala sobre isto com objectividade e pragmatismo, que explique exactamente como a coisa se processa e que acabe com aquela coisa do confia e entrega, como se não fosse preciso arregaçar mangas para que possamos, então, confiar e entregar. Podem dizer que lá vem ela com coisas, mas vos garanto que confiei e nada a aconteceu, entreguei e fiquei de mãos vazias até que mergulhei bem fundo para perceber a razão pela qual nada acontecia. Et voilá, a culpa era minha.
WoW! Como assim, não era responsabilidade do mundo, unido contra ti, do karma ou do universo ao qual tanto entregaste e no qual tanto confiaste?
É. a culpa é sempre nossa, porque não ouvimos o que temos para nos dizer, desconfiamos da intuição, achamos que não existem coincidências (não existem, as coisas acontecem numa sucessão de eventos coincidentes, isso não faz deles uma ‘coincidência’, algo que significa mais do que isso mesmo, uma sucessão de eventos), ignoramos os sinais (ou pior, encontramos sinais numa chávena de café e achamos que é o universo a comunicar connosco). Sobretudo, a culpa é nossa porque não estamos atentos à constante sucessão de eventos e de escolhas que fazem parte da nossa vida. A questão pode observar-se sobre múltiplos prismas ou abordagens e estão todas certas, depende apenas da pessoa que somos e daquilo em que acreditamos, mas uma coisa têm em comum: só acreditar não chega.
O problema é anterior a 2020, mas estamos (quase) todos a culpar a pandemia pela enorme vontade que temos (já tínhamos) em mudar de vida. Sabe-se que cerca de 40% dos trabalhadores prefere despedir-se a voltar ao modelo de trabalho pré-pandémico, sobretudo porque nos tem causado a todos um burnout colectivo, resultante da exaustão de um modelo profissional pensado para mulheres donas de casa que se transformaram na principal força de trabalho, acumulando esse peso mental e responsabilidade da gestão doméstica.
Quem acompanha esta newsletter sabe que este tema da mudança de vida foi o ponto de partida para a criação do urbanista e o tema de muitos episódios do podcast urbanista (na verdade todos, ou quase!) e há muito tempo que leio, penso, investigo sobre o que nos faz mudar ou aguentar o que já não nos serve, onde não encaixamos ou não queremos ficar. Os gurus da coisa falam do medo e têm razão, mas eu coloco o dedo na ferida e é sempre o medo (muito real) de não conseguir pagar contas ao fim do mês, que resulta de uma questão que se coloca cada vez mais em todo o mundo, de forma muito particular em Portugal: dimensão. Portugal tem pouca mobilidade social e ainda menor mobilidade profissional. Acontece aos melhores terem de emigrar ou insistir em ficar, para vergarem em posições que não correspondem às suas expectativas, sobretudo, que não correspondem à sua experiência e competências. Porque é o que se arranja e o que se arranja é (muito) pouco: o mercado é pequeno em dimensão e ambição, controlado por emprego público e multinacionais que muitas vezes têm a direcção fora do país, a par de pequenas e médias empresas de cariz familiar. Lá pode haver circulação num contexto assim? Viramo-nos para o auto-emprego e arriscamos aquele freela precário, atolado em impostos, facturas e facturinhas que fracturam qualquer um. Por isso sim, mudemos, façamos a revolução que o tempo é de criar, de reinvenção e diz quem sabe que vem uma Lua dar um empurrão.
O mais importante é não fugir de algo que é mau, mas evoluir em direcção a um objectivo. Seja do que for, fugir não nos resolve o problema, apenas o vai adiar e mudar de emprego, deixar o que temos sem saber exactamente o que queremos (a máxima do “sei o que não quero” não serve) faz-nos andar em círculos sem encontrar o caminho que nos leva ao que realmente queremos para nós. Sabes o que é?
Este episódio instagramável não te vai resolver este problema, mas ajuda-te a perceber alguns detalhes sobre como gerir a nossa presença no instagram (ou da nossa marca). Subscreve e espera pelo próximo que vai partir a loiça toda. Até lá 💋💋
É o que todos queremos e desejamos, quando entramos na espiral negativa do pensamento de que, na nossa vida, está tudo mal. Muitas vezes está, outras nem por isso e, na maior parte das vezes somos nós quem e está mal e a precisar melhorar.
Se não faltam gurus do desenvolvimento pessoal, já eu acho que falta quem fala sobre isto com objectividade e pragmatismo, que explique exactamente como a coisa se processa e que acabe com aquela coisa do confia e entrega, como se não fosse preciso arregaçar mangas para que possamos, então, confiar e entregar. Podem dizer que lá vem ela com coisas, mas vos garanto que confiei e nada a aconteceu, entreguei e fiquei de mãos vazias até que mergulhei bem fundo para perceber a razão pela qual nada acontecia. Et voilá, a culpa era minha.
WoW! Como assim, não era responsabilidade do mundo, unido contra ti, do karma ou do universo ao qual tanto entregaste e no qual tanto confiaste?
É. a culpa é sempre nossa, porque não ouvimos o que temos para nos dizer, desconfiamos da intuição, achamos que não existem coincidências (não existem, as coisas acontecem numa sucessão de eventos coincidentes, isso não faz deles uma ‘coincidência’, algo que significa mais do que isso mesmo, uma sucessão de eventos), ignoramos os sinais (ou pior, encontramos sinais numa chávena de café e achamos que é o universo a comunicar connosco). Sobretudo, a culpa é nossa porque não estamos atentos à constante sucessão de eventos e de escolhas que fazem parte da nossa vida. A questão pode observar-se sobre múltiplos prismas ou abordagens e estão todas certas, depende apenas da pessoa que somos e daquilo em que acreditamos, mas uma coisa têm em comum: só acreditar não chega.
O problema é anterior a 2020, mas estamos (quase) todos a culpar a pandemia pela enorme vontade que temos (já tínhamos) em mudar de vida. Sabe-se que cerca de 40% dos trabalhadores prefere despedir-se a voltar ao modelo de trabalho pré-pandémico, sobretudo porque nos tem causado a todos um burnout colectivo, resultante da exaustão de um modelo profissional pensado para mulheres donas de casa que se transformaram na principal força de trabalho, acumulando esse peso mental e responsabilidade da gestão doméstica.
Quem acompanha esta newsletter sabe que este tema da mudança de vida foi o ponto de partida para a criação do urbanista e o tema de muitos episódios do podcast urbanista (na verdade todos, ou quase!) e há muito tempo que leio, penso, investigo sobre o que nos faz mudar ou aguentar o que já não nos serve, onde não encaixamos ou não queremos ficar. Os gurus da coisa falam do medo e têm razão, mas eu coloco o dedo na ferida e é sempre o medo (muito real) de não conseguir pagar contas ao fim do mês, que resulta de uma questão que se coloca cada vez mais em todo o mundo, de forma muito particular em Portugal: dimensão. Portugal tem pouca mobilidade social e ainda menor mobilidade profissional. Acontece aos melhores terem de emigrar ou insistir em ficar, para vergarem em posições que não correspondem às suas expectativas, sobretudo, que não correspondem à sua experiência e competências. Porque é o que se arranja e o que se arranja é (muito) pouco: o mercado é pequeno em dimensão e ambição, controlado por emprego público e multinacionais que muitas vezes têm a direcção fora do país, a par de pequenas e médias empresas de cariz familiar. Lá pode haver circulação num contexto assim? Viramo-nos para o auto-emprego e arriscamos aquele freela precário, atolado em impostos, facturas e facturinhas que fracturam qualquer um. Por isso sim, mudemos, façamos a revolução que o tempo é de criar, de reinvenção e diz quem sabe que vem uma Lua dar um empurrão.
O mais importante é não fugir de algo que é mau, mas evoluir em direcção a um objectivo. Seja do que for, fugir não nos resolve o problema, apenas o vai adiar e mudar de emprego, deixar o que temos sem saber exactamente o que queremos (a máxima do “sei o que não quero” não serve) faz-nos andar em círculos sem encontrar o caminho que nos leva ao que realmente queremos para nós. Sabes o que é?
Este episódio instagramável não te vai resolver este problema, mas ajuda-te a perceber alguns detalhes sobre como gerir a nossa presença no instagram (ou da nossa marca). Subscreve e espera pelo próximo que vai partir a loiça toda. Até lá 💋💋