Sobram incertezas sobre a economia e temores sobre o impacto do seu arrefecimento sobre o varejo. Mas isso parece ser um problema (quase) distante para os shopping centers, um setor que, até agora, não dá sinais de que vai parar de crescer.
Com 95% de ocupação e a menor taxa de inadimplência da história, abaixo de 2%, os shoppings seguiram resilientes em 2024 e atraindo investimentos. Nos grandes grupos, a inadimplência chega até a ser negativa, mostrando a confiança dos lojistas no modelo de negócios.
O crescimento também se reflete nas inaugurações. Em 2024, foram nove novos shoppings, mantendo a média dos últimos anos. Para 2025, a expectativa é de 10 a 12 novas aberturas, colocando o Brasil entre os mercados mais ativos do mundo. “Mesmo com um cenário econômico mais desafiador, o setor segue atraindo investimentos e se consolidando”, afirma Glauco Humai, presidente da Abrasce, no novo episódio do Na sua cesta.
O setor fechou 2024 com um crescimento de 1,9% nas vendas, alcançando R$ 200 bilhões em faturamento. Apesar do avanço, o ritmo desacelerou em relação a anos anteriores, refletindo um cenário macroeconômico mais complexo, com juros altos e inflação pressionando o consumo.
Para 2025, a projeção é de um crescimento um pouco menor, 1,6%, ainda assim mantendo o setor em expansão. “O segundo semestre deve ser mais difícil do que o primeiro, mas acreditamos na manutenção do emprego e da renda como fatores-chave para sustentar o consumo nos shoppings”, explica Humai.