E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos. (Gl 6.9)
Se você é como eu, pode se lembrar de ter estudado assuntos na escola que lhe faziam olhar para sua lição de casa com um sentimento de desesperança. Talvez você sentisse que o professor havia determinado que você era uma causa perdida. Esse é um ambiente difícil para aprender. João Calvino certa vez observou algo semelhante, escrevendo: “Não há nada que possa nos alienar mais de prestar atenção à verdade do que ver que nos consideram estar além da esperança”.
É fácil nos sentirmos sem esperança em nossa caminhada cristã — fácil “nos [cansarmos] de fazer o bem”. Talvez muitas de nossas contribuições para as necessidades do povo de Deus tenham sido abandonadas simplesmente porque ficamos desanimados com seus efeitos ou desanimados por nossa própria incapacidade contínua de lidar com a derrota do pecado e o crescimento em santidade. Temos de persistir nisso! Ao trabalharmos para obedecer ao Senhor na vida cristã, Deus opera em nós para nos mudar e nos fazer crescer (Fp 2.12-13). E João assegurou aos crentes de sua época sobre sua fé em Cristo quando disse: “Nós sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos” (1Jo 3.14, ênfase acrescentada). Quantos de nós terminariam essa frase dessa maneira? No entanto, o próprio Jesus disse: “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13.35).
Não desista. Quando o apóstolo Paulo escreveu aos tessalonicenses, reconheceu sua exemplar “operosidade da […] fé, da abnegação do [seu] amor e da firmeza da [sua] esperança em nosso Senhor Jesus Cristo” (1Ts 1.3). O que era verdade para a igreja em Tessalônica poderia ser verdade para nós: nossa expressão de fé pode, como a deles, ser prática, tangível e persistente. Eles não eram um breve lampejo, seguido dum entusiasmo que rápido evapora; seus atos de bondade cristã foram constantes ao longo do tempo.
Fazer o bem é cansativo, mas devemos ter cuidado para não nos cansarmos disso. Pois um dia o Rei da Glória dirá aos justos: “Sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes” (Mt 25.40). Até esse dia chegar, temos o privilégio de obedecer e servir a Cristo com esperança inabalável. Então, como você está mostrando expressões tangíveis de bondade cristã para com o andarilho, o estranho, o prisioneiro em aflição, a viúva, o desamparado? É hora de pedir a Deus força e propósito para cuidar de sua obra e começar, ou recomeçar, a “fazer o bem”?