Se um homem suspeitava que sua esposa tinha relações sexuais com outro homem, mas ele não tinha provas, ele precisava levá-la ao sacerdote. Juntamente com uma pequena oferta pelo pecado, para determinar se ela era culpada (Números 5:11-15; cf. Levítico 5:11). O teste que o sacerdote conduziu era conhecido como provação por provação.
O sacerdote anunciou a maldição que repousava sobre uma esposa infiel, escreveu essa maldição com tinta e depois lavou a tinta em uma tigela de água. Que também continha poeira retirada do chão do tabernáculo.
A mulher reconheceu a maldição, tomando a oferta pelo pecado em suas mãos e prestando juramento. Então o sacerdote ofereceu a oferta, após a qual a mulher bebeu a água (Números 5:16-26).
Na cerimônia solene, a mulher bebia a poção e o resultado era deixado nas mãos de Deus. Talvez só houvesse uma leve possibilidade de que o castigo ocorreria.
Um marido ciumento, com nenhuma prova além de um pressentimento contra sua mulher, sujeitava-a a um teste no qual a perspectiva de punição era muito limitada. Deus é o único juiz infalível.
Tal ritual deve ter tido grande efeito emocional, pois ao beber a água, a mulher estava levando consigo símbolos da presença santa de Deus (poeira do chão do tabernáculo) e sua maldição pelo pecado (a tinta).
Mas os inocentes não tinham nada a temer, porque a água estava levemente suja e normalmente não causava nenhuma doença. Se, no entanto, a mulher foi subitamente atacada por dores violentas, isso mostrou que ela era culpada (Números 5:27-31).
Esta lei determinava não um julgamento cujos efeitos fossem incertos como os julgamentos de outras nações, mas um juízo divino, do qual a culpada não podia escapar, pois era apontada pelo Deus vivo”. Deveria se acrescentar que nada havia de peculiar no pó para produzir qualquer resultado. Intervenção sobrenatural tinha de ocorrer em qualquer dos casos. Por mais estranha que esta lei nos possa parecer, ela ajudava a criar um alto nível de pureza conjugal em Israel “Se um homem cometer adultério com a mulher de outro homem, com a mulher do seu próximo, tanto o adúltero quanto a adúltera terão que ser executados” (Lev 20:10)
É preciso compreender que nesta situação Deus estava do lado das mulheres que seriam acusadas injustamente, inocentemente, portanto se ela não tivesse feito nada de errado conforme o marido ciumento alegava, com ela não aconteceria nada (Lembre-se a sociedade era machista, se ainda hoje homens são ignorantes e machista, imagina há 4 mil anos?). Era nessa hora que Deus se revelava na vida da mulher inocente., mostrando que mesmo diante de toda a mentira, calúnia ou falsidade que se levantasse contra ela, Ele (Deus) não a deixaria confundida nem envergonhada.
Mas, se a mulher tivesse pecado, ela já estaria contaminada (contaminada pelo pecado) o corpo externa aquilo que estava por dentro – é assim até hoje, onde a traição adoece não mais o corpo, mais a alma. Mas, para o inocente, tudo continuaria normal e o homem que acusava a mulher, talvez porque queria uma desculpa para sair da relação, não teria mais do que acusá-la. Deus cuidava disso e cuidava da imagem da mulher para que a mesma não fosse injustiçada.