Antirracista é o indivíduo que se insere, deliberadamente, em um processo de ação e oposição ativa ao racismo. O objetivo do antirracismo é desafiar a ordem vigente, que normatiza e perpetua práticas racistas dentro de uma sociedade estruturalmente desigual, para exigir, de maneira ativa, a transformação de políticas, comportamentos e crenças que fortalecem a discriminação.
O antirracismo está enraizado na ação e na educação antirracista. Como aliado da luta, o indivíduo toma para si a responsabilidade pela erradicação de preconceitos respaldados pelo sistema hierárquico que segmenta nossa sociedade em camadas. Tais camadas podem ser mais ou menos favorecidas, de acordo com fatores como cor e etnia. É dever do antirracista, portanto, cobrar medidas para eliminar o racismo nos níveis individual, institucional e estrutural.
Histórico da luta antirracista
A luta antirracista não é nova, mas tem ganhado força com movimentos de direitos humanos e resistência negra. Um exemplo muito conhecido é o Black Lives Matter nos Estados Unidos. Ele se destacou internacionalmente com a organização de protestos que visam combater a violência policial contra a população negra norte-americana e exigir respeito, do ponto de vista social, pelas pessoas negras.
Por que ser antirracista
O problema do racismo estrutural é que ele nos rodeia a todo o tempo, desde sempre. Nascemos e crescemos em uma sociedade fundada sobre o racismo, construída pela exploração sistêmica de negros e indígenas. Somos condicionados por ela a reproduzir e manter o racismo como base de sustentação da máquina social.
O racismo está profundamente enraizado em nossa cultura e nossas comunidades: nas escolas, na Justiça, nas universidades, no governo, nas ruas. É tão difundido que, muitas vezes, nem nos damos conta de como as políticas e instituições favorecem desproporcionalmente alguns em prejuízo de outros.
Por isso, “não ser racista” não é o suficiente para eliminar a discriminação racial. Essa perspectiva desconsidera que pessoas brancas frequentemente não percebem os próprios preconceitos inconscientes e não entendem as questões institucionais e estruturais que sustentam a supremacia branca e contribuem para comportamentos, atitudes e políticas racistas.
CURTA, COMPARTILHE, COMENTE E ATIVE AS NOTIFICAÇÕES!