Em Gálatas (4.4) Paulo, ao se referir ao nascimento de Jesus Cristo, utiliza um expressão singular no NT - plenitude, que significa algo completo ou que se cumpriu . Esta declaração representa o cumprimento de uma passagem profética do AT, registrada em Gênesis (3.15) e considerada a primeira profecia sobre o nascimento de JESUS CRISTO. É , sem dúvida, a maior e a mais importante profecia bíblica: "E porei inimizade entre ti e a mulher e entre a tua semente e a sua SEMENTE; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar". O AMOR NASCEU ou, em outras palavras, O AMOR ENCARNOU. A Palavra de Deus nos dá uma definição objetiva a respeito de Deus: ELE é AMOR (1 Jo 4.8). Essa expressão trata sobretudo, da SUA essência - Deus é amor e a maior prova e manifestação do amor de Deus está em SUA encarnação. O amor nasceu... Deus nasceu. O amor encarnou. Deus é o PAI da ETERNIDADE (Is 9.6). Sendo assim, como poderia ter nascido? Como poderia ter-se tornado humano? Eis aí um dos maiores mistérios da revelação de Deus ao homem - a Sua encarnação. O AP João declara que "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus" (João 1.1,2 - ARA). Jesus Cristo é o VERBO, a "Palavra" que estava no princípio, com Deus, e que era o próprio Deus. E, na plenitude do tempo "o Verbo se fez carne e habitou entre nós... (Jo 1.14). Ou seja, nesse tempo específico Deus enviou Seu filho ao mundo, nascido de uma virgem, ou seja, da "semente" da mulher, nascido para revelar e manifestar o grande amor de Deus pela humanidade (Jo 3.16). Nascido para viver uma vida irrepreensível, pois não havia nele a natureza do pecado, nascido para que, através da Sua morte de Cruz, oferecesse salvação a todos quantos nele crerem. "Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus" (2 Co 5.21). Assim, em Sua encarnação, morte e ressurreição, Jesus Cristo, o "cordeiro de Deus", perfeito, sem pecado" "tirou o pecado do mundo" (Jo 1.29) e nos perdoou, salvou, resgatou e justificou diante de Deus, livrando -nos da morte, da condenação e nos dando vida eterna. Lucas nos dá um registro detalhado dos eventos relacionados ao nascimento de Jesus, na passagem, conhecida como o Cântico (ou a Profecia) de Zacarias (Lc 1.67 a 75) "Zacarias, seu pai, cheio do Espírito Santo, profetizou, dizendo: BENDITO seja o Senhor, Deus de Israel, porque VISITOU e REDIMIU o seu povo, e nos suscitou plena e poderosa SALVAÇÃO na casa de Davi..." Esse cântico é conhecido como BENEDICTUS. O nome Zacarias significa "DEUS SE LEMBROU", uma referência à palavra do Anjo Gabriel de que Deus ouvira a sua oração a respeito de um filho (Lucas 1.13). Zacarias deveria dar ao menino o nome de João, que significa "DEUS TEM SIDO GRACIOSO. O sentido maior é o de Deus atendeu à oração de Zacaria e cumpriu Sua Palavra, prometida aos seus antepassados, ou seja, ao povo judeu. Zacarias, "cheio" do Espírito Santo, profetizou, inspirado no Salmo 118.26: "BARUK HABBÁ BESHEM YAHWEH" - Bendito o que vem em nome do Senhor. Zacarias louvou a Deus porque Ele VISITOU e REDIMIU o seu povo. A palavra visitar nesse contexto significa que Deus olhou, atentou, cuidou do seu povo. Ele veio com PLENA e PODEROSA salvação, não apenas para uma breve visita, mas para estar conosco TODOS OS DIAS da nossa vida, para nos libertar dos nossos inimigos. Zacarias não tinha em mente uma libertação política, do jugo e da opressão do Império Romano. Ele estava cheio do Espírito Santo e profetizou sobre a grande obra salvífica e redentora, realizada por Deus, em Jesus Cristo, na Cruz. E a libertação da qual Zacarias profetizou não foi a de inimigos de carne e sangue, mas sim a grande libertação espiritual, dos maiores inimigos do homem, ou seja, do diabo, da morte e do inferno (Cl 2.14,15). Agora, livres dos nossos verdadeiros inimigos, podemos adorar (SERVIR) a Deus sem temor, em santidade e justiça.