Share Pastor DOUGLAS PRESOTTO from Brazil
Share to email
Share to Facebook
Share to X
By Pr Douglas Presotto (from Brazil)
The podcast currently has 21 episodes available.
FIRMADOS NA GRAÇA E NA VERDADE
(Fátima E. A. B. Presotto & Douglas Presotto)
“AS VERDADES FUNDAMENTAIS PARA A FÉ CRISTÔ
“Porque todos nós temos recebido da sua plenitude e graça sobre graça. Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Cristo” (João 1.16-17).
O Apóstolo Paulo revela que o “fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê” (Romanos 10.4). Essa declaração objetiva e direta significa não apenas a superioridade de Jesus Cristo e da Nova Aliança sobre Moisés e a Antiga Aliança (Jeremias 31.31; Hebreus 8.6-7), mas que, de fato, a revelação de Jesus Cristo é o cumprimento de todas as alianças e revelações que Deus fizera no passado. O autor de Hebreus, a esse respeito, faz uma solene e maravilhosa declaração: “Há muito tempo Deus falou muitas vezes e de várias maneiras aos nossos antepassados por meio dos profetas, mas nestes últimos dias falou-nos por meio do Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas...” (Hebreus 1.1-2 – NVI). Cristo é o cumprimento integral de todas as promessas de Deus para uma nova humanidade, uma humanidade redimida e justificada pela fé no unigênito Filho de Deus. John Charles Ryle declara que, em Jesus Cristo, há “uma plenitude imensurável... um suprimento ilimitado” de tudo quanto o verdadeiro cristão necessita, no tempo presente e para a eternidade. Um verdadeiro tesouro espiritual (de “sabedoria e conhecimento” – Colossenses 2.3). Ele continua, dizendo: “Jesus Cristo é rico em misericórdia, graça, sabedoria, justiça, santificação e redenção”. Todas essas bênçãos são nossas somente, porque, estamos em Cristo, “que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais...”. Essa expressão (“em Cristo”) é recorrente no NT. Segundo Willian Barclay “estar em Cristo” constitui a essência do cristianismo. As frases “em Cristo”, “em Cristo Jesus” e “no Senhor” aparecem 34, 48 e 50 vezes, respectivamente, no NT. Estar “em Cristo”, portanto, significa uma nova esfera de relacionamento em que o cristão vive, depois de ter recebido ao Senhor (Colossenses 2.6). Estar em Cristo significa tomar posse da plena salvação, dos benefícios e das promessas preparadas para os filhos de Deus mas, acima de tudo, viver a vida cristã continuamente na presença consciente e pelo espírito de Cristo (Hernandes Dias Lopes).
O propósito deste livro é apresentar as doutrinas e ensinamentos principais da fé e da vida cristã. Este fundamento é o próprio Senhor Jesus Cristo, descrito por Paulo como o alicerce, a “pedra angular”, a rocha firme e inabalável onde construímos nossa casa, isto é, onde alicerçamos toda a nossa vida em Cristo. É nesse firme fundamento, perfeito, imutável e eterno, que a igreja de Cristo está sendo “edificada”, através dos “apóstolos e profetas” (Efésios 2.20), dos “evangelistas, pastores e mestres” (Efésios 4.11) que o próprio Senhor Jesus Cristo estabeleceu na igreja, para esta finalidade, quer dizer, para que os cristãos sejam firmados e alicerçados na verdade, para que cresçam “na graça e no conhecimento de Jesus Cristo” (2 Pedro 3.18), para que alcancem a maturidade e sejam aperfeiçoados, em Cristo (Filipenses 1.6 e 2.12). Este livro pretende cumprir dois objetivos básicos. O primeiro, demonstrar o que, verdadeiramente, significa ser cristão: a essência da fé cristã não é apenas um modo de vida, de conduta, um conjunto de cerimônias ou fazer parte de um grupo religioso – uma igreja; a fé cristã consiste, acima de tudo, em conhecer a pessoa de Jesus Cristo e estabelecer um relacionamento profundo com ele. O segundo é apresentar os principais ensinamentos e doutrinas cristãs, que nós cremos, confessamos e praticamos, uma síntese das nossas convicções, estruturadas em torno da nossa crença nas três pessoas da Trindade, Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo (John Stott).
PARA SOLICITAR UMA CÓPIA EM PDF DESTE LIVRO, ENCAMINHAR MENSAGEM PARA O ENDEREÇO ELETRÔNICO:
[email protected]
Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus (Filipenses 1.6).
JESUS CRISTO E A PROMESSA DO ESPÍRITO SANTO
“Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias” (At 1.5 – ARC). "Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra" (At 1.8).
Jesus prometeu aos seus discípulos e a todos os crentes, um revestimento do poder do alto (Lc 24.49). Ele queria que todos fossem revestidos de um poder especial vindo do Pai, que Ele mesmo recebeu ao dar início a seu ministério terreno, poder esse vindo juntamente com o Espírito Santo, para manifestar os dons espirituais que completariam seu ministério e consequentemente, o de seus discípulos. Tudo quanto Jesus fez no seu ministério terreno, tais como sua pregação, seu sofrimento, sua vitória sobre o pecado, os milagres, os sinais e as maravilhas, manifestos através de muitos dons, Ele o fez pelo poder do Espírito Santo, o qual veio sobre Jesus para dotá-lo de poder, e capacitação para manifestação dos dons espirituais. E hoje, da mesma maneira, o Espírito Santo quer nos capacitar e ungir com virtude (poder), para continuarmos a fazer as mesmas obras que Jesus fez (Jo 14.12). Jesus foi reconhecido por João Batista como “o que batiza com o Espírito Santo” (Jo 1.33). Esse batismo é uma experiência definida, que ocorre no processo da salvação, em que o Espírito Santo “desce” sobre o crente, em primeiro lugar como sêlo (posse, garantia, penhor) da sua própria salvação (Ef 1.13). Como consequência, o Espírito Santo derrama poder (unção), capacitando o crente para um serviço especial. Esta experiência, no NT é descrita como o Espírito “caindo” sobre, “descendo” sobre ou sendo “derramado” sobre o crente de maneira repentina e sobrenatural. Trata-se da experiência do próprio Senhor Jesus Cristo, conforme predito pelo profeta Isaís (61.1-3) e registrado nas palavras de Pedro, ao dar testemunho do ministério público de Jesus:
“como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder, o qual andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele” (At 10.38).
Ungir significa consagrar, conferir poder e autoridade divina para ministrar. Jesus ficou conhecido como “Cristo”, ou seja, o “Ungido” de Deus. Em Atos (10.38) endentemos que:
- A unção é de Deus e emana (procede) de Deus (Como Deus ungiu); - a unção é atribuída a pessoas (a Jesus de Nazaré); - a unção é ministrada pelo Espírito Santo (com o Espírito Santo); - a unção manifesta o poder de Deus (e com poder); - a unção é para fazer o bem (o qual andou por toda parte fazendo o bem); - a unção é para curar (e curando); - a unção é para libertar espiritualmente (a todos os oprimidos do diabo); - a unção é expressão de profunda/íntima comunhão entre o ungido (a pessoa) e Deus (porque Deus era com ele);
Assim, é possível seguir o exemplo de Cristo pois o mesmo Deus que o ungiu também deseja ungir e capacitar (At 1.8) os cristãos, tornando-os aptos para experimentar a vida na plenitude e no poder do Espírito de Deus, como Jesus viveu. Desta maneira, por todo lugar em que os discípulos de Cristo andarem, devem levar as “boas notícias” do evangelho, que é “o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Rm 1.16); aos quebrantados e aflitos de coração devem levar alívio e consolo; aos aprisionados e cativos nas trevas, libertação; aos sedentos e famintos, água e pão.
As "Bem-aventuranças" da Justificação (Romanos 5. 1 a 11)
A doutrina da "Justificação pela Fé" é o tema principal desta que é considerada pelos estudiosos a "Rainha das Epístolas". De todas as cartas do Apóstolo Paulo esta é, sem dúvida, a mais profunda em termos teológicos e sua mensagem, essencial para a vida cristã, pois expõe, em toda a sua profundidade, a miserável condição do homem sem Deus (1. 18 a 32), morto em seus delitos e pecados (como escreveu posteriormente aos Efésios), corrompido pela natureza pecaminosa, herdada de Adão, escravizado pelo pecado, despojado da presença e da comunhão com Deus, destinado à condenação eterna. O grande apóstolo, pioneiro e arauto do Evangelho, não foi o fundador da igreja de Roma. Quando escreveu esta epístola manifestou seu desejo de conhecer pessoalmente os cristãos de Roma, a fim de repartir com eles algum dom espiritual, para que fossem confirmados (1.11), ou seja, seu desejo, como apóstolo e , sobretudo, como pastor de almas, era o de encorajá-los em sua nova e desafiadora fé, mas também para que ambos fosse confortados pela fé mútua... (1.12). Porém, pela inspiração e revelação do Espírito Santo, Paulo vai muito além do cuidado pastoral com esse igreja, formada num ambiente completamente hostil à mensagem do Evangelho. Paulo atinge as maiores alturas da revelação cristã, ao expor em detalhes a urgente necessidade da justificação (1.18 a 3.20) e a forma pela qual podemos alcançá-la (3.21 a 4.25). O grande capítulo 5 de Romanos, texto base desta exposição, descreverá os "frutos" dessa justificação, ou seja, suas consequências, não só teológicas, mas também práticas, aplicadas e vivenciadas em nossa presente realidade, mas consumada em sua plenitude, na vida eterna, dom gratuito de Deus ... em Cristo Jesus, nosso Senhor (6.23). O parágrafo inteiro deste capítulo (versículos 1 a 11) se relaciona às suas palavras de abertura: Justificados, pois, mediante a fé... Paulo faz algumas afirmações bastante ousadas, acerca daqueles a quem Deus justifica. Essas são as "bem-aventuranças" da justificação, expressão inspirada na abertura do grande "Sermão do Monte", ocasião em que Jesus Cristo reuniu seus discípulos para lhes expor os valores e princípios do Reino de Deus e as bem-aventuranças daqueles que fazem parte deste reino; nesse conjunto magistral de ensinamentos a cerca do "Reino" (Mateus, capítulos 5 a 7), Jesus responde àquele que é maior anseio da humanidade, ou seja, a busca da "felicidade", mas essa é a felicidade segundo Jesus Cristo, ou seja, não se fundamenta nos valores e ideologias deste mundo corrompido, mas em princípios espirituais e eternos, que só podem ser alcançados e desfrutados por aqueles a quem Deus justifica.
Eis as "bem -aventuranças" da justificação:
v. 1 - Temos paz com Deus...
v. 2 - Temos acesso à graça e à glória de Deus...
vv. 3 a 4 - Também nos gloriamos nas próprias tribulações...
vv. 5 e 8 - Temos a certeza do amor de Deus por nós...
vv. 9 a 10 - Nós seremos salvos e reconciliados por meio de Cristo...
v. 11 - Nós nos gloriamos em Deus...
Referência: John R W Stott. A mensagem de Romanos. São Paulo: ABU Editora, 2007.
The podcast currently has 21 episodes available.