Pastor DOUGLAS PRESOTTO from Brazil

PAIXÃO POR CRISTO (João 12.1-8)


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Após o sinal profético da ressurreição de Lázaro, registrada no capítulo 11 do Evangelho de João, Jesus se encontra novamente em Betânia, vindo de Efraim. Por causa dos judeus, que queriam matá-lo, ele estava evitando aparições públicas. Nessa ocasião ele é convidado para uma ceia, na casa de um anfitrião anônimo. Marta, Maria e Lázaro estavam presentes. Esse anfitrião deve ter praticado as boas regras de hospitalidade, ao contrário daquele fariseu, de nome Simão, que também ofereceu uma ceia a Jesus (Lucas, capítulo 7), mas não lhe honrou com a costumeira hospitalidade oriental, negando a Jesus os cuidados mínimos que eram oferecidos aos convidados, ou seja, a cordial saudação com o ósculo (beijo nas faces), além de providenciar a lavagem dos pés do convidado e o óleo perfumado para a cabeça. Na passagem registrada por João, Marta, como de costume, estava ajudando a servir a ceia, Lázaro, que era um dos convidados, encontrava-se "à mesa". Maria, então, aproxima-se de Jesus, e unge seus pés com um perfume precioso, e depois os enxuga com os seus próprios cabelos. O texto trata fundamentalmente, de uma demostração de paixão e devoção por Cristo. Maria foi repreendida por Judas Iscariotes, mas Jesus a defende, não somente porque Maria havia rompido alguns paradigmas culturais de sua época, mas porque a atitude de Maria, profeticamente, apontava para a morte de Jesus, pois ela o fez "para o dia do meu sepultamento", disse Jesus
(João 12.7 - NVI). Portanto, a passagem mostra como devemos servir ao Nosso Senhor e à Sua igreja, ou seja, oferecendo o nosso melhor para Deus. O texto também revela três atitudes de serviço nesse contexto, através do exemplo dos comportamentos de três de seus discípulos: Judas Iscariotes, Marta e Maria. Nessa ocasião todos os discípulos já sabiam, pelo próprio Jesus, que ele estava prestes a morrer pelas mãos das autoridades judaicas. Mas tudo indica que poucos discípulos tinham uma real compreensão do significado profético e salvífico da morte de Cristo. Maria, com certeza, compreendera o significado profundo, espiritual, da morte de Jesus, da sua missão como "Cristo" (o Messias prometido aos judeus). Maria compreendera que a missão de Jesus, ou seja , a sua morte, seria expiatória, vicária e redentora. A atitude de Maria demonstra também que ela fizera de Jesus o seu projeto pessoal, o seu propósito de vida.
Judas não entendeu a missão de Jesus Cristo. Seu coração era mau e ganancioso, ao ponto de trair Jesus por dinheiro (Atos 1.15ss). Marta era uma verdadeira serva do Senhor, mas suas preocupações com questões terrenas eram uma barreira para que ela desfrutasse de um relacionamento mais íntimo com o Senhor, e de se tornar uma discípula, com sua irmã. Maria foi além de ser apenas uma mulher disposta a servir Jesus. Ela fez do seu Mestre o seu projeto de vida. Maria se dispôs a romper as convenções sociais para "estar a seus pé, a ouvir-lhe os ensinamentos" (Lc 10.39). Maria demonstrou uma devoção apaixonada por Jesus, expressa no seu ato "exagerado", "escandaloso" de ungir os pés do Mestre e enxugá-los com seus cabelos. Maria sabia que o melhor lugar para se estar é "aos pés do nosso Senhor". Segundo o escritor Paul Freston o Cristianismo é, acima de tudo, e muito além de uma religião, uma devoção apaixonada por Jesus.
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