Mateus, também chamado de Levi, era um cobrador de impostos ou publicano. Ele trabalhava para o governo romano em Cafarnaum que era uma rota comercial no caminho de Damasco para o Egito. Como um agente aduaneiro ele cobrava impostos dos produtos que passavam por essa rota.
Os publicanos tinham fama de serem corruptos, de extorquir o povo, cobrando mais do que o estipulado e retendo para si parte dos impostos. Eles também eram considerados traidores pois cooperavam com os romanos. Não podiam entrar nas sinagogas, não podiam servir de testemunha em um julgamento pois não eram de confiança. Esse emprego era desprezível para os judeus que não aceitavam as influências do domínio romano, como os fariseus, mas era um emprego seguro e próspero.
Jesus chama Mateus e diz “Siga-me” e ele se levantou e o seguiu. No evangelho de Lucas está escrito: “Ele se levantou e, deixando tudo, o seguiu”. (Lc 5:28)
Mateus responde ao chamado de Jesus imediatamente. Ele provavelmente testemunhara o ensino público e as curas de Jesus, e agora deixa tudo para trás, todas as vantagens do seu bom emprego, para se unir a Jesus. E ele teve a recompensa de ser um discípulo de Jesus e de escrever um evangelho conhecido em todo mundo.
Mateus oferece um banquete a Jesus em sua casa e convida seus amigos para conhecê-lo. Ele recebeu a graça e desejou compartilhar. Porém esses convidados não eram pessoas religiosas como os fariseus e sim pessoas desprezadas por eles.
A comunhão a mesa indicava uma amizade íntima entre os participantes. Um judeu piedoso não se sentaria a mesa com publicanos e pecadores (pessoas que não guardavam os rigorosos requisitos de pureza dos fariseus). Jesus se senta a mesa com essas pessoas, então os fariseus que estavam ali para mais uma vez censurarem Jesus, perguntaram aos discípulos:
“Por que o Mestre de vocês come com os publicanos e pecadores?” (versículo 11).
Jesus responde: “Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes. Vão e aprendam o que significa: “Quero misericórdia, e não sacrifício”. Pois não vim chamar justos, e sim pecadores” (versículos 12 e 13).
Jesus responde aos fariseus que se consideravam “sãos” diante de Deus, e estavam cegos para a sua enfermidade espiritual. Somente aqueles que percebem a sua necessidade, que se consideram doentes, vêm até Jesus para receberem a ajuda de que necessitam. Os fariseus se consideravam sãos e justos e, por isso, rejeitavam Jesus.
Jesus cita Oséias 6:6 “Pois quero misericórdia e não sacrifício” pois Deus prefere a misericórdia mais que cerimônias e rituais religiosos. Os fariseus deveriam ser misericordiosos com os publicanos e pecadores, cuidando deles assim como fez Jesus, isso agrada mais a Deus do que os rituais religiosos que eles praticavam.
“Não vim chamar justos e sim pecadores, ao arrependimento” (Lucas 5:32)
Que não sejamos como os fariseus que se cobrem com a falsa modéstia e com a religiosidade, e escondem um coração orgulhoso que não se arrepende e que não reconhece Jesus, pois esses não serão chamados por Cristo.
Já aqueles que possuem um coração arrependido são chamados por Cristo e sentam-se com Jesus na mesa. Quando reconhecemos quem é Jesus e nos arrependemos, nossos pecados são perdoados e já não há mais barreiras para nos separar desse amor. Então Jesus se aproxima de nós, fica do nosso lado e participa conosco. Ele dá graça aos humildes de espírito.
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Pra. Nathália Tonezer
Devocional Florescer – IEQ Sede Hortolândia /SP