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Num tempo em que todos têm uma opinião, mas poucos têm dúvidas, o jornalismo continua a ser a ponte entre o poder e o cidadão. A pergunta que se coloca é: O jornalismo ainda importa? Margarida Davim.
Este episódio do Pergunta Simples é uma conversa sobre esse papel — o de quem traduz o complexo, interroga o evidente e devolve sentido à realidade.
A convidada é Margarida Davim, jornalista e comentadora política da CNN Portugal, com um percurso que passou por algumas das redações mais importantes do país — Visão, Sábado, Diário de Notícias e Observador.
Mais do que uma voz da atualidade, Margarida é uma defensora convicta do jornalismo como função social e serviço público.
“O único poder que um jornalista tem é perguntar”, diz. “E isso pode ser extraordinariamente incómodo.”
“O único poder que um jornalista tem é perguntar”, diz. “E isso pode ser extraordinariamente incómodo.”
“O único poder que um jornalista tem é perguntar”, diz. “E isso pode ser extraordinariamente incómodo.”
Na era da informação instantânea e da opinião viral, o jornalismo parece ter perdido poder. Mas é precisamente nesse aparente enfraquecimento que reside a sua força: a credibilidade.
Margarida Davim recorda que o jornalista continua a ser quem recolhe, confirma e explica — quem dá forma ao que, de outro modo, seria ruído.
Fazer jornalismo é editar o mundo: escolher o que é relevante, enquadrar o contexto, traduzir a linguagem do poder numa língua que todos possam compreender.
Esse gesto — aparentemente simples — é o que mantém viva a democracia informada.
Margarida é também uma das comentadoras políticas mais respeitadas do país. Fala da televisão como nova ágora democrática, um espaço onde a política é explicada, interpretada e — por vezes — teatralizada.
Mas insiste: o comentário sério deve ser tradução e não espetáculo.
“Um bom comentário político tem de ser compreensível para qualquer pessoa.
“Um bom comentário político tem de ser compreensível para qualquer pessoa.
“Um bom comentário político tem de ser compreensível para qualquer pessoa.
Da linguagem dos políticos às palavras que suavizam decisões, Margarida mostra como a comunicação do poder se tornou cada vez mais técnica e defensiva — e como isso empobrece o debate público.
Falar claro, diz, é um ato político.
E compreender é um direito.
O episódio estende-se à ideia de literacia — não apenas a dos media, mas também a política, administrativa e social.
Vivemos cercados por linguagens difíceis: comunicados, decretos, regulamentos, discursos e interfaces digitais que excluem quem não domina o código.
Defender o jornalismo é, por isso, defender o direito de todos a compreender.
A clareza é uma forma de inclusão.
E quando as palavras se tornam impenetráveis, o poder torna-se opaco.
Margarida fala também do lado sombrio da exposição mediática — especialmente para as mulheres.
As ameaças, o insulto gratuito, a tentativa de silenciar pela violência simbólica.
Mas recusa o medo: denuncia, reage, e continua a falar.
“Podem insultar, ameaçar, tentar intimidar.
Mas eu não abdico do meu espaço de liberdade.”
“Podem insultar, ameaçar, tentar intimidar.
Mas eu não abdico do meu espaço de liberdade.”
“Podem insultar, ameaçar, tentar intimidar.
Mas eu não abdico do meu espaço de liberdade.”
A liberdade de expressão não é apenas o direito de falar — é também o direito de continuar a fazê-lo, mesmo quando isso incomoda.
A conversa passa ainda pelo colapso dos modelos de negócio e pela experiência da redação da Visão, que decidiu continuar a editar a revista mesmo depois de o grupo falir.
Foi um gesto de resistência cívica: provar que é possível fazer jornalismo sem estruturas megalómanas, com equipas pequenas e independentes.
O futuro, acredita Margarida, será um jornalismo mais seletivo, mais especializado e mais honesto — feito de proximidade, e não de volume.
O episódio encerra com uma metáfora que resume o espírito da conversa:
“O papel do jornalismo é dizer que a capa é verde, mesmo quando todos dizem que é vermelha.”
“O papel do jornalismo é dizer que a capa é verde, mesmo quando todos dizem que é vermelha.”
“O papel do jornalismo é dizer que a capa é verde, mesmo quando todos dizem que é vermelha.”
Num tempo em que a mentira se disfarça de opinião e a verdade se relativiza, o jornalismo continua a ser o último tradutor entre o real e o compreensível.
Sem essa tradução, não há comunidade — há apenas ruído.
O episódio com Margarida Davim é uma defesa serena e apaixonada do jornalismo como ato de cidadania.
Uma reflexão sobre o poder das perguntas, a importância da clareza e a necessidade de continuarmos a compreender as linguagens que nos governam.
O jornalismo ainda importa — talvez mais do que nunca.
By Jorge CorreiaNum tempo em que todos têm uma opinião, mas poucos têm dúvidas, o jornalismo continua a ser a ponte entre o poder e o cidadão. A pergunta que se coloca é: O jornalismo ainda importa? Margarida Davim.
Este episódio do Pergunta Simples é uma conversa sobre esse papel — o de quem traduz o complexo, interroga o evidente e devolve sentido à realidade.
A convidada é Margarida Davim, jornalista e comentadora política da CNN Portugal, com um percurso que passou por algumas das redações mais importantes do país — Visão, Sábado, Diário de Notícias e Observador.
Mais do que uma voz da atualidade, Margarida é uma defensora convicta do jornalismo como função social e serviço público.
“O único poder que um jornalista tem é perguntar”, diz. “E isso pode ser extraordinariamente incómodo.”
“O único poder que um jornalista tem é perguntar”, diz. “E isso pode ser extraordinariamente incómodo.”
“O único poder que um jornalista tem é perguntar”, diz. “E isso pode ser extraordinariamente incómodo.”
Na era da informação instantânea e da opinião viral, o jornalismo parece ter perdido poder. Mas é precisamente nesse aparente enfraquecimento que reside a sua força: a credibilidade.
Margarida Davim recorda que o jornalista continua a ser quem recolhe, confirma e explica — quem dá forma ao que, de outro modo, seria ruído.
Fazer jornalismo é editar o mundo: escolher o que é relevante, enquadrar o contexto, traduzir a linguagem do poder numa língua que todos possam compreender.
Esse gesto — aparentemente simples — é o que mantém viva a democracia informada.
Margarida é também uma das comentadoras políticas mais respeitadas do país. Fala da televisão como nova ágora democrática, um espaço onde a política é explicada, interpretada e — por vezes — teatralizada.
Mas insiste: o comentário sério deve ser tradução e não espetáculo.
“Um bom comentário político tem de ser compreensível para qualquer pessoa.
“Um bom comentário político tem de ser compreensível para qualquer pessoa.
“Um bom comentário político tem de ser compreensível para qualquer pessoa.
Da linguagem dos políticos às palavras que suavizam decisões, Margarida mostra como a comunicação do poder se tornou cada vez mais técnica e defensiva — e como isso empobrece o debate público.
Falar claro, diz, é um ato político.
E compreender é um direito.
O episódio estende-se à ideia de literacia — não apenas a dos media, mas também a política, administrativa e social.
Vivemos cercados por linguagens difíceis: comunicados, decretos, regulamentos, discursos e interfaces digitais que excluem quem não domina o código.
Defender o jornalismo é, por isso, defender o direito de todos a compreender.
A clareza é uma forma de inclusão.
E quando as palavras se tornam impenetráveis, o poder torna-se opaco.
Margarida fala também do lado sombrio da exposição mediática — especialmente para as mulheres.
As ameaças, o insulto gratuito, a tentativa de silenciar pela violência simbólica.
Mas recusa o medo: denuncia, reage, e continua a falar.
“Podem insultar, ameaçar, tentar intimidar.
Mas eu não abdico do meu espaço de liberdade.”
“Podem insultar, ameaçar, tentar intimidar.
Mas eu não abdico do meu espaço de liberdade.”
“Podem insultar, ameaçar, tentar intimidar.
Mas eu não abdico do meu espaço de liberdade.”
A liberdade de expressão não é apenas o direito de falar — é também o direito de continuar a fazê-lo, mesmo quando isso incomoda.
A conversa passa ainda pelo colapso dos modelos de negócio e pela experiência da redação da Visão, que decidiu continuar a editar a revista mesmo depois de o grupo falir.
Foi um gesto de resistência cívica: provar que é possível fazer jornalismo sem estruturas megalómanas, com equipas pequenas e independentes.
O futuro, acredita Margarida, será um jornalismo mais seletivo, mais especializado e mais honesto — feito de proximidade, e não de volume.
O episódio encerra com uma metáfora que resume o espírito da conversa:
“O papel do jornalismo é dizer que a capa é verde, mesmo quando todos dizem que é vermelha.”
“O papel do jornalismo é dizer que a capa é verde, mesmo quando todos dizem que é vermelha.”
“O papel do jornalismo é dizer que a capa é verde, mesmo quando todos dizem que é vermelha.”
Num tempo em que a mentira se disfarça de opinião e a verdade se relativiza, o jornalismo continua a ser o último tradutor entre o real e o compreensível.
Sem essa tradução, não há comunidade — há apenas ruído.
O episódio com Margarida Davim é uma defesa serena e apaixonada do jornalismo como ato de cidadania.
Uma reflexão sobre o poder das perguntas, a importância da clareza e a necessidade de continuarmos a compreender as linguagens que nos governam.
O jornalismo ainda importa — talvez mais do que nunca.