Segue uma gravação de uma aula sobre a leitura que se segue em Eiruvin 32:1

Estudamos: aquele que diz a seu amigo ‘Saia e colete para você alguns figos de minha figueira’, ele come dos figos provisoriamente, mas dá o dízimo com certeza. Mas caso disse a seu amigo ‘Enche essa sexta de figos para você’, ele come dos figos provisoriamente, e oferece o dízimo como dúvida.

Quando se trata essa lei? Quando quem oferece os figos é um ignorante; mas quando se trata de um estudioso, come provisoriamente e não precisa tirar o dízimo – de acordo com Rabi. Já o Raban Shimon bem Gamliel diz o contrário: tudo aquilo foi dito quando se trata de um ignorante que oferece; mas quando se trata de um estudioso, ele não deve comer até tirar o dízimo, pois os estudiosos não são suspeitos de dar o dízimo do que não está diante deles.

Disse Rabi: As minhas palavras parecem mais plausíveis que as de meu pai: é melhor que os estudiosos sejam suspeitos de oferecer o dízimo do que não está diante deles, desde que não ofereçam uma comida sobre a qual não foi tirada o dízimo aos ignorantes.

(...)

Disse Ravina: o início [quando não foi especificado quantos figos o amigo poderia recolher] se trata de um ignorante que ofereceu; o final [quando foi especificado a cesta] se trata de um estudioso que ofereceu a um ignorante e outro estudioso escutou: o Rabi entende que esse segundo estudioso pode comer desse figo, pois certamente o primeiro estudioso já tirou o dízimo. E Rabi Shimon bem Gamliel entende que não deve comer, pois os estudiosos não são suspeitos de tirar o dízimo do que não está diante deles, no que o Rabi disse a ele: é melhor que os estudiosos sejam suspeitos disso, e que não deem comidas proibidas aos ignorantes.

Sobre o que eles discutem? O Rabi pensa que convém ao estudioso cometer um delito pequeno para que o ignorante não cometa um delito grande, ao passo que o Rabi Shimon ben Gamliel pensa o oposto: convém ao estudioso que o ignorante cometa um delito grande desde que ele não cometa nem um delito pequeno.