Uns apagam as luzes e não usam os elevadores, outros tiram dinheiro do próprio bolso para manter as instituições abertas. Enquanto aumentam as listas de espera dos doentes, portas podem fechar.

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Roberto Roncon, diretor clínico do Hospital de São João no Porto, explica que para completar escalas de urgência foi preciso cancelar consultas e cirurgias programadas. E mais podem ser adiadas.

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António Diniz, pneumologista que coordenou a estrutura hospitalar de contingência na pandemia, apela a sindicatos para reavaliarem as formas de luta que têm levado a cabo por causa da crise política.

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Rui Nogueira, médico de família, explica que é cada vez mais difícil convencer os utentes com situações graves a dirigirem-se às urgências. “Há casos que não se podem adiar”.

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Rui Teles, cardiologista no Hospital de Santa Cruz, considera que Novembro está a ser o pior mês para as urgências do SNS, mas garante que doentes cardíacos "ainda" conseguem ser atendidos.

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Miguel Oliveira da Silva, médico obstetra e professor de Ética Médica, considera que apesar das negociações poderem levar a um acordo, há uma clara quebra de confiança para médicos e utentes.

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Gonçalo Cordeiro Ferreira, ex-diretor de pediatria do D. Estefânia, lamenta os "sucessivos erros" nas decisões políticas, mas considera que “há uma dramatização dos problemas na saúde” em Portugal.

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Rui Tato Marinho, diretor clínico do Hospital Santa Maria, admite que espera problemas principalmente devido a constrangimentos noutros hospitais. Ainda assim, garante que os médicos estão preparados.

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