No dia 2 de outubro a Igreja celebra os Santos Anjos da Guarda. A existência dos anjos é uma verdade de fé professada pela Igreja Católica. Esta verdade se baseia na Sagrada Escritura, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. Vamos conhecer os ensinamentos seguros da Igreja sobre os Anjos da Guarda.
Antes de sabermos sobre os Anjos da Guarda, vamos saber quem são os anjos. O Catecismo da Igreja Católica, nos artigos 328 a 352 afirma:
1. Os anjos são criaturas. Quer dizer que eles não são “deuses”. Eles foram criados por Deus por amor e para o serviço de Deus.
2. São criaturas espirituais, ou “espíritos puros”. Isso quer dizer que eles não têm um corpo físico. Por isso, são também invisíveis, embora, quando necessário, para o cumprimento da vontade de Deus, eles se revistam de um corpo visível, como lemos na história bíblica de Tobias e em outras passagens.
3. São imortais. Os anjos estão na esfera da eternidade, embora possam atuar “no tempo” em favor dos seres humanos.
4. São seres pessoais. Isso quer dizer que são dotados de inteligência, sabedoria, vontade própria, liberdade, personalidade e individualidade. Como entre os seres humanos não existe um igual a outro, entre os anjos também. Cada um é único, sem repetição.
5. Contemplam a Deus face a face. Esta é uma afirmação feita pelo próprio Jesus em Mateus 18, 10. Ou seja, os anjos estão sempre na presença de Deus, são santos. Eles glorificam e servem a Deus incessantemente. Eles têm a visão de Deus, do mundo espiritual e do mundo físico, onde nós, humanos, vivemos antes de nossa morte.
6. São mensageiros de Deus. Este, aliás, é o significado da palavra “Anjo”. Tudo o que os anjos fazem está de acordo com a vontade de Deus. Quando falam ou se comunicam com os homens, é obedecendo à vontade do Pai.
7. Ajudam os homens em vista da salvação. A “guarda” e a proteção que os anjos exercem sobre os seres humanos, diz respeito muito mais à salvação destes do que à simples proteção de perigos eventuais, como veremos mais adiante.
8. Pertencem a Jesus Cristo. Jesus, o Filho de Deus, é o centro da vida dos anjos. Eles foram criados por Cristo e para Cristo. A vida terrena de Jesus está repleta da presença e da ação dos anjos.
O artigo 329 do Catecismo Católico, citando Santo Agostinho, diz:
“Anjo é nome de ofício, não de natureza. Desejas saber o nome da natureza? Espírito. Desejas saber o do ofício? Anjo. Pelo que é, é espírito: pelo que faz, é anjo (anjo = mensageiro). Com todo o seu ser, os anjos são servos e mensageiros de Deus. Pelo fato de contemplarem continuamente o rosto do Pai que está nos céus (Mt 18, 10), eles são “os poderosos executores das suas ordens, sempre atentos à sua palavra (Sl 103, 20)”.
Quem são os anjos da guarda
“Cada fiel tem ao seu lado um anjo como protetor e pastor, para o conduzir à vida”. (São Basílio Magno). Qual vida? Somente esta vida terrena? Não. A missão dos anjos da guarda é principalmente a de proteger e conduzir o fiel à vida eterna. Claro que, se for para a salvação do fiel, seu anjo da guarda o livrará de perigos e de tormentos terrenos. Mas nem sempre, pois, certos sofrimentos servem para o crescimento e até para a salvação de muitas almas. O autor da Carta aos Hebreus afirma: “Os anjos são todos espíritos a serviço de Deus, enviados a fim de exercerem um ministério a favor daqueles que hão de herdar a salvação!” (Heb 1, 14).
Testemunho do amor de Deus
A presença dos Anjos da Guarda protegendo-nos e cuidando da nossa salvação é um testemunho eloquente da bondade divina e de seu amor para conosco. Porque Deus nos ama com amor infinito, os anjos também nos amam e querem a nossa salvação. Precisamos compreender que a salvação eterna é o maior bem que qualquer pessoa pode receber. Não há bem maior que este. E é principalmente para isto que os anjos nos guardam.
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