Malhete Podcast

O PODER DA PALAVRA


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Por Irmão Valdir Massucatti

Trago neste artigo para reflexão dos Irmãos, a fábula de Esopo, sobre a Língua.

A palavra, depois do exemplo, é, sem dúvida, a grande alavanca dos ideais.

Daí, Esopo, o maior fabulista grego, empregá-la com muita preciosidade em suas famosas fábulas de ensinamentos.

“Certa vez, chegando em sua residência, o senhor, virando-se para seu criado Esopo, ordenou fosse-lhe preparado para o almoço o melhor prato por ele conhecido. O criado, obediente, assim fez e, na hora aprazada, lá estava a mesa posta com apenas uma tigela mediana. Descobrindo a tigela, viu o senhor, conter, apenas, um guisado de língua, e, inquirido, o criado explicou:

‘Senhor, a língua é, realmente, o melhor prato; com ela tem-se a possibilidade de fala e com esta, da expressão. Pode-se, com a língua, portanto, iluminar, edificar, convencer, e converter para bem as criaturas; a palavra, que expressa a verdade, nenhum poder a detém nem há força que a neutralize. A boca dos canhões, vomitando fogo, não apavora os redutos da iniquidade quanto a boca do homem proclamando a verdade. Com ela, constroem-se os perfeitos seres de bem. Com a língua, finalizou, podemos cantar, namorar, ensinar, ninar nossas crianças e tantos atributos bons, que a considero o melhor prato.’

O amo e senhor muito impressionado, virou-se e pediu-lhe: ‘Já que o fizeste o melhor prato para o almoço, desejo provar o pior para o jantar.’

Almoçou, saiu, e ao retornar, depois de um bom banho e repouso passageiro, dirigiu-se ao salão de refeições para provar o que havia pedido a Esopo. Qual não foi a sua surpresa, por lá encontrar a mesma tigela do almoço. Curioso, destampando-a, encontrou no interior o mesmo guisado de língua servido no almoço.

‘- Ora! Esopo – exclamou. Disseste-me ser a língua o melhor prato e agora mo serve como o pior?’

E o servo, pacientemente, se explicou: ‘ - Senhor, a língua é, realmente, o melhor prato, mas, também, é o pior. É o pior porque com ela nós mentimos, injuriamos, ofendemos, destruímos amizades com palavras ofensivas, com ela nós blasfemamos contra o Criador, despejamos a inveja e ódio sobre os nossos vizinhos. O filho engana o pai, o pai a mãe e a mãe ao filho num verdadeiro e ferino círculo de grosserias humanas. Assim, a língua é instrumento de tudo de bom que possamos fazer aos outros, mas é, também, um poderoso agente da destruição.’

O senhor meditou e, calado, lembrou de modificar a sua forma de falar. Só falando a verdade, construindo seu futuro no bem, assim seria feliz.” (Fonte SEI – Raimundo Dias Paes).

Vamos usar nossa Língua para o Bem, e quando necessário. Uma palavra emitida é como uma flecha lançada, não tem volta. Vamos pensar antes de emitir palavras.

Valdir MASSUCATTI. Grão-Mestre eleito da Muito Respeitável Grande Loja Maçônica do Estado do Espírito Santo.

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Malhete PodcastBy Luiz Sérgio F. Castro