Te farei mediador da aliança com o povo e luz para os gentios; para abrires os olhos aos cegos, para tirares da prisão o cativo e do cárcere, os que jazem em trevas. (Is 42.6-7)
No Natal, muitos de nós nos sentimos tremendamente confortáveis ao pensar na familiar história da Natividade. Cheios de todos os tipos de sentimentalismo, é perfeitamente possível que nos desvinculemos por completo de todo o panorama do propósito de Deus: permitir que a familiaridade com a cena nos cegue para a verdade inspiradora de que, ao olharmos para o bebê numa manjedoura em Belém, estamos olhando para o Servo de Deus.
Este Servo, Jesus, tinha uma missão. Mesmo Maria e José tinham apenas uma ideia de tudo o que ele realizaria — porém, centenas de anos antes de Jesus chegar, Deus havia anunciado o que faria para cumprir seu propósito (Is 42.1-4).
Jesus veio para abrir os olhos dos espiritualmente cegos. Durante o seu ministério terreno, ele deu uma ilustração maravilhosa disso concedendo cura física aos cegos. A maior questão, no entanto, não dizia respeito ao corpo, mas à alma. Ele veio para abrir os olhos de homens e mulheres que estavam cegos para a verdade de Deus.
O Servo também veio para libertar os cativos da prisão. Muitos de nós sentimos o cativeiro de nossa culpa, tentando inúmeras soluções esperadas para lavar tudo. Mas nada funciona, exceto Jesus. Ele quebra nossas correntes e nos liberta. Outrora escravos do pecado, agora fomos resgatados. Nosso Salvador liberta da masmorra aqueles que estão nas trevas, contanto que vejam a luz dele.
A história do Servo não é sobre o que devemos fazer, mas sobre o que Jesus fez. Ele desceu à masmorra, à nossa escravidão, à nossa cegueira, e disse: Você falhou, quebrou a Lei e é totalmente incapaz de corrigir sua condição. Mas eu salvo pecadores. Abro olhos cegos. Liberto cativos. Trago luz. Eu fiz tudo o que era necessário para você. Volte-se para mim com fé simples e confiança semelhante à de uma criança, e você verá. Você será livre, e sua escuridão dará lugar à luz do sol.
Aquele que fez tudo isso é aquele que você está olhando enquanto considera o presépio familiar. Nunca impeça que isso comova você e o inspire a louvar e adorar o divino Filho, que veio como nosso Servo.