Em 50 anos de carreira, ela foi Loma, Loma Pereira, e recentemente assumiu o sonoro Loma Solaris. Mas segue a mesma cantora, uma das maiores da história da música do Rio Grande do Sul. A artista é conhecida por sua fusão de ritmos e gêneros musicais. Loma Berenice Gomes Pereira, ou simplesmente Loma, mistura canções consagradas do cancioneiro regional, latino-americano e brasileiro em seu repertório.
Tribo Maçambiqueira é um grupo que canta o seu lugar. Nativos do RS, moradores da cidade de Osório e arredores, levando a música popular de raiz a muitos palcos pelo Brasil. A Tribo Maçambiqueira é um dos grupos musicais remanescentes mais importantes da cultura da música de raiz afro do estado do Rio Grande do Sul. Os integrantes são: Mário DuLeodato, Cau Silva, Paulinho DiCasa e Geferson Lima.
Dona Conceição vem da cidade de Alvorada/ RS para reafirmar a resistência e denunciar o racismo e o genocídio do povo negro, e também para trazer a cultura negra através da arte. Com apenas 15 anos, idealizou e coordenou o projeto de inclusão social Nação Periférica, que ensinava percussão aos jovens da periferia de Alvorada. “Entendi o quanto esses projetos sociais são importantes para que outros meninos e meninas de periferia, como eu, consigam um pleno exercício de cidadania, acreditem nos seus sonhos e tenham condições de realizá-los”, defende o músico e educador.
Pâmela Amaro é atriz, cantora, musicista, arte-educadora e compositora porto-alegrense. Nos últimos anos, tem se destacado como uma das vozes do samba no estado do RS, principalmente, a partir das composições que abordam temas variados, sempre positivando narrativas acerca das mulheres negras.
Ialodê é a celebração em vida das principais vozes da música negra do estado do RS: Loma Solaris, Marietti Fialho, Nina Fola e Glau Barros. O Ialodê parte da trajetória de vida e de arte de quatro artistas mulheres negras que, em diferentes contextos e perspectivas, compõem e propõem performances que carregam as experiências plurais dos saberes artísticos na música. Diferentes gerações, processos e caminhos que se cruzam neste espaço tempo chamado Ialodê: uma homenagem e reverência às Iabás, às mães, as detentoras dos saberes da continuidade.
Nessa edição, vamos conhecer um pouco do trabalho importante desses representantes da cultura negra do sul do Brasil. Ter um mês da Consciência Negra é necessário para marcar a importância das discussões e ações de combate ao racismo e a desigualdade social, além claro, de promover e celebrar a cultura afro-brasileira.