O convite à leitura desta publicação, que trazemos aqui na forma de apresentação, se faz como uma convocação ao desprendimento e à coragem!
Despreendimento das representações acerca de jovens periféricos, sobretudo se advindas de um tipo de narrativa que etiqueta a juventude preta e pobre de tal modo que se instale, por conta dessa visão equivocada de parcela da sociedade de um lado e, do outro, do que resulta das atuais políticas de segurança pública, uma espécie de vale tudo — inclusive a morte desses jovens por meio de chacinas. Essa prática absurda, associada a muitas outras, tais como as dos programas policiais que elegem seus apresentadores à custa das vidas que violam e desqualificam, se configura, hoje, como forma (distorcida e perversa, é evidente) de lidar com essas juventudes.
Este é um dos episódios do audiolivro ONZE, organizado pelo Movimento Mães e Familiares do Curió na luta por memória e justiça, neste projeto será contado um pouco mais sobre a vida e os sonhos das vítimas da Chacina do Curió, através das memorias das mães e dos familiares.