Já havia algum tempo que queriamos conversar sobre isto... Hoje falamos dos problemas derivados do turismo de massas, aquele que produz grandes lucros económicos, mas também causa inúmeros problemas: poluição, gentrificação, falta de habitação para os moradores, perda do genuíno, trânsito condicionado, turistificação das pequenas coisas.... Todo o mundo quer viajar, mas o turista volta à sua casa e o autóctone fica. Assim sendo, quais as perspetivas, a norte e sul do Minho? Ligamos ao Dani Blanco, em Cangas, aderido à "Plataforma de afectados polo turismo do Morrazo" (essa península a olhar para Vigo, lotada até o desespero cada verão) Além disto, criou-se há pouco tempo a "Plataforma fronte á Masificación Turística Vigo-Morrazo", e houve mesmo umas manifestações em Vigo, das quais nos fala o Juan Medela. De Santiago, habituados ao peregrino "invasor", atene-nos a Mon Vilar, moradora do Bairro de S. Pedro e presidenta da Associação Vizinhal "A Xuntanza". Por último, viajamos até o Porto, para falarmos com a Raquel Ferreira, porta-voz do núcleo do Porto do movimento "Porta a Porta". Quatro visões complementares e uma vontade única: gerir o turismo para continuar a ter cidades, bairros, praias ou destinações com vida própria, não simples parques "temáticos". E será que, perante a inação política, o modelo "depredador" será apenas combatido apartir das pessoas organizadas ? No final, a música dos Deolinda: "O teu bem fez-me tão mal".