Durante muitos anos fiz reportagem pelo Porto e sempre que lá estava, acabava a jantar ou a almoçar em Matosinhos. Fiz amigos na Tasca do Polónia e no Tito (tanto o I como o II). Toda aquela rua dos restaurantes tem grelhas fantásticas e o peixe está sempre no ponto perfeito.
É naquela rua estreita que me sinto feliz, olhando para o peixe que ali está exposto e prestes a ser grelhado.
Num dos anos em que estive lá a fazer reportagem, bastava ter o microfone da Rádio na mão e aquilo era mel. Convidaram-me a comer o prego no Venham Mais Cinco, ofereceram-me duas sandes na Casa Guedes, uma sandes de presunto n'A Badalhoca e ainda as fantásticas bifanas do Conga. No meio disto, ainda me ofereceram uma francesinha no Santiago. Tudo no mesmo dia. Creio que foi por isso que, após descobrir aquela rua de Matosinhos, nunca mais quis outra coisa.
E enquanto exploramos o Norte de Portugal, não podemos esquecer as outras localidades que contribuem para a diversidade desta região. De Guimarães, a cidade berço, a Braga, conhecida como a Roma portuguesa, cada lugar tem sua própria história para contar, a sua própria identidade para revelar.
De Viana do Castelo a Vila Real, de Bragança a Viseu, cada cidade e vila tem sua própria voz, seu próprio sabor, sua própria história para contar. E é essa diversidade que torna esta região tão especial.