*Saudação*
Graça e paz sejam com os cristãos que não julgam a ninguém, antes têm misericórdia dos que praticam o mal.
*Verso-chave: Romanos 2.1 (NVI)*
“Portanto, você, que julga os outros é indesculpável; pois está condenando você mesmo naquilo em que julga, visto que você, que julga, pratica as mesmas coisas.”
*Autocondenação*
Todos temos um senso de justiça próprio, e ao sermos convertidos, começando a entender um pouco sobre a justiça divina, e por sermos declarados justos, achamos que temos o direito de julgar as outras pessoas.
Mas, será que podemos?
Há um certo conceito de que, para tomarmos boas decisões a respeito de determinados assuntos e áreas da vida, devemos nos fazer três perguntas básicas: “eu posso? Eu devo? Eu quero?”
A respeito do julgamento ao próximo, sempre que o for fazer, o homem deve se questionar: “eu posso?” Poder, no sentido de ter a liberdade de escolha de o fazer, sim, pode. Mas, “eu quero”? Você também pode querer julgar. Porém, “eu devo?” Para saber se devemos julgar alguém, temos que conhecer as Escrituras.
O julgamento, biblicamente falando, é proibido, e eu posso provar.
Jesus disse, em Mateus 7.1: “Não julgueis, para que não sejais julgados”. Mesmo conceito do verso-chave desse devocional.
Em Romanos 14.4 e 14.13, Paulo nos questiona sobre quem somos para julgarmos o servo alheio e nos adverte a não mais julgarmos uns aos outros.
Já em 1Coríntios 4.5, Paulo deixa a entender que haverá um tempo em que julgaremos, mas que este não é o momento. Ele fala ainda, nesse capítulo, que nem ele julga a si mesmo, embora em nada a sua consciência o acusasse, nem por isso se justificava, porque é o Senhor quem o julga — quem nos julga.
E Tiago, irmão do nosso Senhor Jesus Cristo, escreveu: “Há um só legislador e juiz, aquele que pode salvar e destruir. Tu, porém, quem és, que julgas ao próximo?”
Portanto, não somos chamados para julgar ninguém, ao menos não nessa era, neste século.
Para que fomos chamados, então?
*Misericórdia*
Se fomos chamados para sermos como Jesus, devemos ser misericordiosos como Ele.
Em salmos 103.7, fala que a misericórdia do Senhor é eterna, que Seu amor é de eternidade a eternidade sobre aqueles que o temem.
É assim que devemos amar as pessoas, de eternidade a eternidade, sem deixar que o desejo de julgar seja maior que a misericórdia que temos que praticar.
A misericórdia do Senhor, ainda, prolonga a nossa vida; “as misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, pois as suas misericórdias não têm fim” (Lamentações 3.22).
Há muito a se falar das características e do poder que há na misericórdia do Senhor. No entanto, fica para outro momento.
Quero ressaltar, portanto, que o Senhor declarou ao homem o que é bom. E que o que o Senhor pede dele é que pratique a justiça e ame a misericórdia (Miquéias 6.8) — isso é andar com o Senhor e obedecer a Sua vontade; praticar o que fomos chamados a praticar.
E Jesus disse, em Mateus 5.7: “Bem-aventurados os misericordiosos, pois alcançarão misericórdia”.
Ele ainda nos deixou um imperativo, em Lucas 6.36: “Sede misericordiosos, assim como o vosso Pai é misericordioso”.
Isso é uma ordem! Seja misericordioso porque, se você é realmente filho de Deus (porque nem todos são), seu Pai é misericordioso.
Tiago, foi ainda mais incisivo e escreveu: “[…] será exercido juízo sem misericórdia sobre quem não for misericordioso…” (Tiago 2.13).
*Não julgue*
Precisamos temer o juízo do Senhor e amar a Sua misericórdia de igual modo, a ponto de que o que nos reste seja o sentimento e o desejo de praticar a misericórdia e odiar o julgamento ao nosso próximo; pois se o julgamos, nos autocondenamos, mas se temos misericórdia receberemos misericórdia. Oração e benção não couberam aqui, peço perdão.