Share Pão Diário de Natal - Alegre-se o mundo
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Nessa nova vida, não importa se você é judeu ou gentio, […] Cristo é tudo que importa, e ele vive em todos. v.11
Cresci na década de 1950, sem questionar o racismo e a segregação na cidade onde vivíamos. Nas escolas, restaurantes, transportes públicos e bairros, as pessoas eram separadas pela cor da pele.
Mudei de atitude em 1968 ao entrar no Exército. Servi com jovens de grupos multiculturais. Aprendemos rápido a entender e aceitar uns aos outros, trabalhar juntos e cumprir nossa missão.
Paulo escreveu à igreja, em Colossos, reconhecendo a diversidade de seus membros, e lhes lembrou: “não importa se você é judeu ou gentio, se é circuncidado ou incircuncidado, se é inculto ou incivilizado, se é escravo ou livre. Cristo é tudo que importa, e ele vive em todos” (v.11). Em um grupo onde as diferenças superficiais e as mais profundas poderiam facilmente dividir as pessoas, Paulo as exortou a revestirem-se de: “compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência” (v.12). E, além dessas virtudes, disse-lhes que se revestissem do amor “que une todos nós em perfeita harmonia” (v.14).
Colocar esses princípios em prática muitas vezes pode ser uma obra em andamento, mas é a isso que Jesus nos chama. O que nós, como cristãos, temos em comum é o nosso amor por Ele. Firmados nisso, buscamos a compreensão, a paz e a unidade como membros do Corpo de Cristo.
Em meio a toda a nossa maravilhosa diversidade, buscamos uma unidade ainda maior em Cristo.
Senhor, une-nos para que nos encorajemos uns aos outros.
O amor de Cristo traz unidade em meio à diversidade.
… Javé! O Senhor! O Deus de compaixão e misericórdia! v.6
Ao estudar mitologia, impressionei-me com o quanto os deuses se irritavam e se iravam facilmente. As pessoas que eram objetos dessa ira tinham suas vidas destruídas por mero capricho.
Eu zombava delas, questionando-me como alguém poderia acreditar neles. Mas me perguntei: Será que a minha visão do verdadeiro Deus é muito diferente? Não acredito que Ele se irrita fácil sempre que duvido dele? Infelizmente, sim.
Por isso, aprecio o pedido de Moisés a Deus para mostrar a Sua glória (33:18). Tendo sido escolhido para liderar um grande grupo de pessoas que resmungou contra ele, Moisés queria certificar-se de que Deus o ajudaria com esta enorme tarefa. Seu pedido foi recompensado pela demonstração da glória de Deus. O Senhor anunciou a Moisés o Seu nome e Suas características. Ele diz que é o Deus de compaixão e misericórdia! Lento para irar-se e cheio de amor e fidelidade (v.6).
Este versículo lembrou-me de que Deus não é impulsivo, alguém que repentinamente golpeia com ira. Isso é reconfortante, especialmente quando lembro das vezes que me referi a Ele com impaciência ou críticas. Além disso, o Senhor age continuamente para me tornar mais semelhante a Ele mesmo.
Podemos ver Deus e Sua glória em Sua paciência conosco, na palavra encorajadora de um amigo, num belo pôr do sol ou, melhor de tudo, no sussurro do Espírito Santo em nosso interior.
Deus Pai, estou grato por seres sempre compassivo, perdoador e fiel.
Embora nós, muitas vezes, mudemos, Deus jamais muda.
Então aqueles que temiam o Senhor falaram uns aos outros; e o Senhor ouviu o que disseram. v.16
Luís é um bancário diligente e confiável e demonstra de maneira muito clara como testemunha a sua fé. Ele a revela de maneira prática, retirando-se de ambientes durante conversas impróprias. Em um estudo bíblico, ele compartilhou: “Temo que esteja perdendo oportunidades de promoção por não me encaixar”.
Os cristãos da época do profeta Malaquias enfrentaram desafio semelhante. Eles tinham retornado do exílio e o Templo tinha sido reconstruído, mas havia ceticismo sobre o plano de Deus para o futuro deles. Alguns israelitas estavam dizendo: “‘De que adianta servir a Deus? Que vantagem temos em obedecer a suas ordens ou chorar por nossos pecados diante do Senhor dos Exércitos? De agora em diante, chamaremos de abençoados os arrogantes. Pois os que praticam maldades enriquecem, e os que provocam a ira de Deus nenhum mal sofrem’” (vv.14,15).
Como podemos permanecer firmes em Deus numa cultura que nos diz que perderemos se não nos misturarmos? Os fiéis na época de Malaquias responderam a esse desafio, reunindo-se com aqueles que criam no mesmo que eles para encorajar uns aos outros. Malaquias partilha conosco este detalhe importante: “o Senhor ouviu o que disseram” (v.16).
Deus percebe e cuida de todos os que o temem e honram. Ele não nos chama para nos “encaixar”, mas para nos aproximarmos cada dia do Senhor ao nos encorajarmos mutuamente. Vamos permanecer fiéis!
Nossa fé pode ser testada para que possamos confiar na fidelidade de Deus.
Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós. v.7
Minha amiga perguntou-me: “Você quer ver o que tem dentro?”. Eu a tinha elogiado pela boneca de pano à moda antiga que sua filha segurava em seus pequenos braços. Curiosa, instantaneamente, respondi que sim, pois queria muito ver o que continha dentro. Ela virou o rosto da boneca para baixo e abriu um discreto zíper costurado nas costas. De dentro do corpo de tecido, Emília suavemente removeu um tesouro: a boneca de pano que ela tinha segurado e amado ao longo dos anos de sua própria infância mais de duas décadas antes. A boneca “exterior” era meramente uma “casca” sem este “forro” interior para lhe dar força e forma.
Paulo descreve a verdade da vida, morte e ressurreição de Jesus como um tesouro, que se tornou evidente na frágil humanidade do povo de Deus. Esse tesouro capacita aqueles que confiam no Senhor a suportar adversidades impensáveis e a continuar servindo-o. Quando o fazem, Sua luz — Sua vida — brilha intensamente através das “rachaduras” de sua humanidade. Paulo nos encoraja a não desanimarmos (v.16) porque Deus nos fortalece para fazer a Sua obra.
Como a boneca “interior”, o tesouro do evangelho em nosso interior concede propósito e força à nossa vida. Quando a força de Deus brilha através de nós, ela convida os outros a perguntar: “O que há em seu interior?”. Podemos então abrir o nosso coração e revelar a promessa de salvação em Cristo.
Obrigado, Senhor, por Tua salvação.
O evangelho da verdade brilha através do quebrantamento do povo de Deus.
Pois eu estou entre vocês como quem serve. v.27
Foi um longo dia de trabalho. Mas, quando cheguei à casa, era hora de começar o meu “outro” trabalho: ser um bom pai. Os cumprimentos da minha esposa e filhos logo se tornavam: “Pai, o que vamos jantar?” “Pai, você pode me dar um pouco de água?” “Pai, vamos jogar futebol?”.
Eu só queria sentar. E, apesar de parte de mim realmente querer ser um bom pai, eu não sentia vontade de atender às necessidades da minha família. Foi quando vi o enorme cartão de agradecimento que minha esposa recebera de alguém na igreja. Estampava uma tigela de água, uma toalha e sandálias sujas. Abaixo, estavam as palavras de Lucas 22:27: “Pois eu estou entre vocês como quem serve”.
Essa declaração da missão de Jesus, para servir aqueles a quem Ele veio buscar e salvar (LUCAS 19:10), era exatamente o que eu precisava. Se Jesus se dispôs a fazer o mais sujo dos trabalhos para Seus seguidores — como esfregar os pés imundos dos Seus seguidores, sem dúvida (JOÃO 13:1-17), eu poderia entregar ao meu filho um copo de água sem resmungar sobre isso. Nesse momento, lembrei-me de que os pedidos de minha família para servi-los não eram simplesmente uma obrigação, mas uma oportunidade para refletir o coração de servo de Jesus e Seu amor por eles. Quando nos pedem alguma coisa, são oportunidades de nos tornarmos mais semelhantes Àquele que serviu Seus seguidores, entregando a Sua vida por nós.
Senhor, às vezes é difícil servir aos outros. Ajuda-nos a nos tornarmos mais semelhantes a ti, dispostos a expressar Teu amor nas muitas oportunidades que temos de servir aqueles que nos rodeiam a cada dia.
O amor de Deus por nós nos capacita a servir aos outros.
Lembrem-se das maravilhas que ele fez, dos milagres que realizou e dos juízos que pronunciou. Salmo 105:5
Algumas manhãs, quando entro no Facebook, ele me mostra “memórias” — coisas que postei naquele dia em anos anteriores. Essas memórias, como fotos de casamento do meu irmão ou um vídeo de minha filha brincando com a minha avó, geralmente me fazem sorrir. Mas, às vezes, elas têm um efeito emocional mais profundo. Quando vejo uma nota sobre uma visita ao meu cunhado durante sua quimioterapia ou uma foto da minha mãe, com grampos no couro cabeludo após sua cirurgia no cérebro há três anos, lembro-me da presença fiel de Deus em circunstâncias difíceis. Essas memórias me compelem a orar e a agradecer.
Todos somos propensos a esquecer as coisas que Deus tem feito por nós. Precisamos de lembretes. Quando Josué conduziu o povo de Deus para o seu novo lar, eles tiveram que atravessar o rio Jordão (JOSUÉ 3:15,16). Deus separou as águas, e Seu povo andou em terra seca (v.17). Para criar um memorial deste milagre, eles tomaram doze pedras do meio do leito do rio e as empilharam do outro lado (4:3,6,7). Quando os outros lhes perguntassem sobre o significado das pedras, o povo de Deus contaria a história do que Ele havia feito naquele dia.
Os lembretes palpáveis da fidelidade de Deus no passado podem nos recordar de confiar nele no presente — e no futuro.
Deus, obrigado por Tua fidelidade a mim durante muitos anos!
Ajuda-me a confiar em ti no presente e no futuro. Lembrar-se das provisões divinas recebidas no passado traz esperança e fortalecimento para o hoje.
De nós ele afastou nossos pecados, tanto como o Oriente está longe do Ocidente. v.12
Segurei as lágrimas ao revisar minhas despesas médicas. Com o severo corte no salário do meu marido após o desemprego prolongado, pagar metade do saldo exigiria anos de parcelas mensais. Orei antes de ligar para o consultório do médico para explicar-lhe nossa situação e solicitar um plano de pagamento. Porém, o recepcionista me informou que o médico tinha perdoado a nossa dívida.
Soluçando, agradeci. A generosidade me encheu de gratidão. Desliguei o telefone e louvei a Deus. Pensei em guardar a conta do médico como uma lembrança do que Deus tinha feito.
A decisão do médico em perdoar minha dívida me trouxe à mente a escolha de Deus em perdoar a dívida insuperável dos meus pecados. As Escrituras nos asseguram que Deus é “compassivo e misericordioso” e “lento para se irar e cheio de amor” (v.8). Ele “nem nos trata como merecemos” (v.10).
Ele remove nossos pecados, “tanto como o Oriente está longe do Ocidente” (v.12), quando nos arrependemos e aceitamos Cristo como nosso Salvador. Seu sacrifício apaga completamente a nossa dívida passada.
Uma vez perdoados, não somos definidos nem limitados por nossa dívida antiga. Em resposta à graciosa dádiva do Senhor, podemos reconhecer tudo o que Ele fez. Oferecendo a nossa dedicada adoração e grato afeto, podemos viver para Ele e compartilhá-lo com os outros.
Pai, obrigado por apagares completamente a nossa dívida quando colocamos nossa confiança em ti.
A dívida impagável que contraímos pelo pecado é apagada pelo nosso Deus misericordioso.
…para que, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre, nos céus, na terra e debaixo da terra. v.10
Cleópatra, Galileu, Shakespeare, Elvis, Pelé. Todos eles são tão conhecidos que só precisam de um nome para serem reconhecidos. Eles permaneceram proeminentes na história por causa de quem eram e o que fizeram. Mas há um outro nome que está acima desses ou de qualquer outro nome!
Antes de o Filho de Deus nascer neste mundo, o anjo disse a Maria e José que o chamassem Jesus, pois Ele salvaria “…o seu povo dos seus pecados” (MATEUS 1:21) e seria “chamado Filho do Altíssimo” (LUCAS 1:32). Jesus não veio como uma celebridade, mas como um servo que se humilhou e morreu na cruz para que quem o recebe possa ser perdoado e liberto do poder do pecado. “Por isso Deus o elevou ao lugar de mais alta honra e lhe deu o nome que está acima de todos os nomes, para que, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua declare que Jesus Cristo é Senhor, para a glória de Deus, o Pai” (FILIPENSES 2:9-11).
Em nossos tempos de maior alegria e de nossa mais profunda necessidade, o nome ao qual nos apegamos é Jesus. Ele nunca nos deixará e o Seu amor não falhará.
Jesus, tu és o nome acima de todos os nomes, nosso Salvador e Senhor. Elevamos nosso louvor a ti ao celebrarmos a Tua presença e poder em nossa vida hoje.
Jesus Cristo não será valorizado o suficiente até que Ele seja valorizado acima de tudo. AGOSTINHO
…Vimos sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo. v.2
Um jovem casal tinha mais amor do que dinheiro. Certo Natal, eles se esforçaram para encontrar um presente que mostraria o quanto eles se amavam. Finalmente, na véspera do Natal, Della vendeu seu longo cabelo para comprar uma corrente de platina para o relógio que Jim herdara de seu pai e seu avô. Jim, no entanto, vendeu o relógio para comprar pentes caros para o cabelo de sua esposa.
O autor O. Henry chamou a história desse casal O presente dos Magos (Cosac Naify, 2003). Ele sugere que, mesmo que os presentes tenham se tornado inúteis e possam tê-los feito parecer tolos, naquela manhã de Natal, o amor deles os colocou entre os mais sábios entre aqueles que presenteiam.
Os sábios da primeira história de Natal também poderiam ter parecido insensatos para alguns quando chegaram a Belém com presentes de ouro, incenso e mirra (MATEUS 2:11). Eles não eram judeus, mas estrangeiros, gentios, que não perceberam o quanto perturbariam a paz de Jerusalém perguntando sobre um rei dos judeus, recém-nascido (v.2).
Como aconteceu com Jim e Della, os planos dos sábios não acabaram da maneira que esperavam. Mas eles deram aquilo que o dinheiro não pode comprar. Trouxeram presentes, mas depois curvaram-se para adorar Aquele que faria o maior de todos os sacrifícios de amor por eles — e por nós.
Pai, ajuda-nos a aprender o que significa presentear com o que o dinheiro não pode comprar.
A graça de Deus é uma dádiva que não tem preço.
Pois as Escrituras dizem: “Sejam santos, porque eu sou santo”. 1:16
As botas de caubói do meu pai, empoeiradas, de salto alto, repousam no chão do meu escritório e são lembretes diários do tipo de homem que ele era.
Entre outras coisas, ele criou e treinou cavalos de corte — atletas equinos que se movem com vivacidade. Eu gostava de vê-lo no trabalho, maravilhado com o fato de ele poder cavalgá-los.
Como um menino, crescendo, eu queria ser como ele. Estou com meus 80 anos, e suas botas ainda são muito grandes para mim.
Meu pai está no Céu agora, mas tenho outro Pai para imitar. Quero ser como Ele, cheio da Sua bondade, perfumado com Seu amor. Não estou lá com Ele e nunca poderei estar nesta vida.
Mas o apóstolo Pedro disse: “Deus, em toda a sua graça, os chamou para participarem de sua glória eterna por meio de Cristo Jesus. […] ele os restaurará, os sustentará e os fortalecerá, e os colocará sobre um firme alicerce” (v.10). Você sabe que o Senhor tem a sabedoria e o poder para fazer isso (v.11).
Nossa falta de semelhança com nosso Pai celestial não durará para sempre. Deus nos chamou para compartilhar a beleza do Seu caráter. Nesta vida, nós o refletimos mal, mas no Céu não haverá mais pecado e tristeza e nós refletiremos o Senhor mais plenamente! Esta é “verdadeiramente, parte da graça de Deus” (v.12).
Deus Pai, queremos ser como tu és. Ajuda-nos a crescer mais e mais, sendo semelhantes a ti a cada dia!
Pela cruz, os cristãos são aperfeiçoados aos olhos de Deus
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