Todo dia eu acordo e faço (quase) tudo sempre igual. Eu, a mesma pessoa todos os dias. Mas o que significa dizer que eu sou a mesma pessoa que eu era ontem, que eu era no ano passado, ou ainda, que eu era quando criança?
Certamente as células que compõem o meu corpo já não são as mesmas. Também minhas ideias e pensamentos mudam com o tempo. Como podemos dizer, portanto, que eu sou a mesma pessoa que fui quando criança e que serei o mesmo quando estiver em minha velhice? Em outras palavras, como posso garantir que esses diferentes momentos são momentos de uma mesma pessoa, sempre idêntica ao longo do tempo?
Estas indagações filosóficas constituem o tema da identidade pessoal. Talvez eu seja a pessoa que sou por causa do meu organismo biológico, talvez por causa dos meus pensamentos e de minha sensação de ser sempre o mesmo, talvez ainda porque eu sou o autor da história da minha vida, ou quem sabe, por fim, porque eu possuo uma essência imutável (alguns dirão, uma alma) que assegura a minha identidade ao longo da vida.
Neste episódio, Adelino, Bruno, Eduardo e Vitor refletem sobre possíveis respostas a problemas aparentemente tão simples como o conceito de pessoa e as condições necessárias para a identidade pessoal ao longo do tempo. São discutidos também casos de ficção científica, mas sempre com um olho na importância prática de tudo isso.
Aproveitem!