Share Previdência e Finanças Pessoais com O Cara
Share to email
Share to Facebook
Share to X
By Renato Follador
The podcast currently has 13 episodes available.
Me perguntaram qual o melhor período da vida.
Que dúvida! Todos têm vantagens e desvantagens.
O vigor físico, a liberdade e a ausência de responsabilidades da juventude convivem com a falta de conhecimento, de dinheiro e de experiência.
Os estudos concluídos e a empregabilidade do homem maduro são acompanhados da competição no trabalho, da falta de tempo, das responsabilidades com a família e dos compromissos financeiros.
O tempo livre, a experiência e o dinheiro da terceira idade trazem junto a falta de vigor físico, a sensação de inutilidade e a suscetibilidade a doenças.
Mas, pensando bem, escolho a terceira idade como o melhor período da vida.
É que as desvantagens desta dependem só da mentalidade do idoso.
Se ele tiver boa cabeça, vai fazer exercícios, buscará novos desafios e objetivos, terá atividades prazerosas e tempo para realizá-las- ah, essa benção chamada tempo- e aí a chance de adoecer será muito menor.
Já o jovem, não adianta ter boa cabeça e tempo, se ainda não tem estudo e dinheiro. Nem o homem maduro adianta ter boa cabeça, educação e dinheiro, se não tem tempo de usufruir de tudo isso.
Olha, aposentar-se pode ser muito bom! Basta preparar-se e manter-se jovem, de cabeça.
Na semana passada, faleceu o meu tio, o Lolô Cornelsen, aos 97 anos.
Arquiteto renomado internacionalmente, seu maior talento era a juventude na forma de pensar, de projetar, de se relacionar com as pessoas e de viver sempre intensamente.
Sempre tinha uma razão para levantar de manhã.
Que exemplo!
O litoral do Paraná é um abandono só. Nunca, nenhum governante fez nada por ele.
Aquela maquiagem em dezembro, para os veranistas não reclamarem tanto, e o resto que se lasque. Sem saneamento, falta de água, ruas esburacadas e alagadas, praias tomadas pelo mar, engarrafamentos homéricos, enfim terra de ninguém. E, passada a temporada, fica pior: cidades fantasmas.
Uma lástima e uma perda de oportunidade. A Mata Atlântica, a Serra da Graciosa, traçado único no mundo, a bucólica Morretes, a Ilha do Mel, as baías de Guaraqueçaba, Antonina, Paranaguá e Guaratuba (as mais lindas do Brasil), as praias de Pontal a Matinhos, enfim, um potencial imenso para o ecoturismo, pelo qual os europeus e americanos pagam uma fortuna, não recebem nenhum investimento público.
Os portos de Paranaguá e Antonina mostram a pujança da região em importações e exportações, mas isso não se reflete em mais turistas para a região.
Pela primeira vez ouço que um Governador, o atual, Ratinho Junior, está pensando em construir infraestrutura na região para fomentar o turismo. Para você governador eu digo: assim como teve um tempo antes de Ney Braga e outro depois para o norte e o sul, poderá existir, para moradores, veranistas e turistas, um litoral antes e outro depois de você.
Torço para esse teu sonho de estadista se transforme em realidade, porque, até hoje, só a RPC faz algo pelo nosso litoral.
Segundo a Serasa, 23% dos casais brasileiros tem brigas rotineiras sobre finanças. E diferenças sobre dinheiro levam a divórcios no longo prazo.
O problema é que o mundo mudou, as relações na família mudaram, mas o tema dinheiro entre o casal ainda é tabu.
Até meados do século passado, os papéis estavam claros: a mulher da porta da casa para dentro, como cuidadora, o homem da porta da casa para fora, como provedor.
Com o feminismo e a ida das mulheres para o mercado de trabalho, os papéis se misturaram. Mas o casal não fala sobre isso.
Muitos me perguntam a fórmula ideal das finanças dos casais. Resposta: não há. Mas há a estratégia ideal, de nome diálogo; sempre. E planejamento financeiro familiar.
Se não conseguir ou souber, procure um consultor. É melhor gastar pouco com ele agora que muito com advogados depois.
Uma equação que pode dar certo é: da renda líquida de cada um, depositem 80% numa conta conjunta. Esse dinheiro é para pagar todas as despesas da família e para investir para o curto e médio prazo. Por exemplo, para uma viagem ao exterior, comprar um carro, pagar uma faculdade particular para um filho ou trocar de imóvel.
Dos 20% restantes, 10% é para cada um gastar como quiser. E os outros 10% é para o longo prazo, para a aposentadoria. Este é um projeto individual. Dinheiro de previdência não se mistura, pois casamentos podem ser desfeitos e não haverá mais como recuperar o tempo perdido.
Numa cidade do interior, o Prefeito, no intuito de promover a diversão na festa da colheita anual, mandou colocar um pau de sebo altíssimo.
Durante o dia, mais de 100 jovens se inscreveram e, inutilmente, tentavam subir e atingir o topo.
A escalada era tão difícil, que a regra permitia repetir a tentativa.
A cada um que tentava, a multidão começava estimulando e depois gritava: desista, você não vai conseguir. E esgotados, um a um, foram sucumbindo.
Já final de tarde, um miudinho tentava escalar pela 5ª. vez e a multidão a gritar: é impossível, pare, desista, você não consegue, está cansado.
Já noite, ninguém mais prestava atenção, quando alguém se vira, olha e vê, com espanto, o miudinho no topo.
Ovacionado, desce do pau de sebo e abraçado por todos não entendia o que falavam. Era surdo.
Essa história mostra como agirmos na vida quando encontramos pessimistas, derrotados, desanimados, invejosos que tentam nos desestimular de buscar atingir nossos sonhos.
Faça-se de surdo diante desses covardes que nunca tentam, dos perdedores que nunca persistem e torne-se um vencedor que nunca desiste diante dos atropelos e desafios da vida.
Não é por outra razão que só os otimistas e lutadores atingem o topo: são minoria.
Sempre me perguntam quanto poupar numa previdência privada para manter o padrão de vida na aposentadoria.
Bem, são muitas variáveis: o período de contribuição, a idade de aposentadoria, a taxa de juros reais da aplicação das contribuições, a taxa de administração financeira dos investimentos e a expectativa de sobrevida, sendo estas as principais.
Como parece- e é- complexo, vamos dar uma dica depois de feitas todas essas contas.
Imaginem alguém se aposentando aos 65 anos- é, menos que isso, com a longevidade atual, é dar espaço para as doenças degenerativas chegarem. Nessa idade, segundo as mais modernas tábuas demográficas, a expectativa é de viver, em média, 21 anos recebendo aposentadoria, o que, convenhamos, é um bom tempo sem fazer nada.
Pois bem, fiz os cálculos para quem começa a contribuir com 25 anos e fui aumentando de 5 em 5 anos até para quem começa bem mais tarde, aos 50 anos, e que teria somente 15 anos de contribuições até os 65 anos.
Quem começa aos 25 anos deve separar 11% do salário líquido para receber exatamente o último salário como aposentadoria inicial.
Quem começa aos 30 anos, 15%. Quem começa aos 35 anos, 20%. Quem começa aos 40 anos, 29%.
Já para quem começa aos 45 anos, 41,5%.
E, finalmente, para quem começa aos 50 anos, sem nunca ter contribuído antes, 63%.
Perceberam, quanto antes começar, mais barato, pois, além do número maior de contribuições, tem mais juros incorporados à poupança previdenciária.
Há anos, digo que não há aposentadoria digna fora da previdência privada.
A previdência social é importante em qualquer nação, mas nunca passará de uma previdência básica, para evitar a miséria do idoso e do incapaz.
Aqui mesmo, nesta reforma, o ministro Paulo Guedes, tentou implantar a capitalização, de forma errada na minha opinião, pois tem que haver contribuição patronal. Não passou agora, mas podem estar certos que virá em seguida como obrigação e não como opção.
Àqueles que ainda torcem o nariz, pergunto: por que as maiores multinacionais e estatais no mundo todo oferecem previdência privada para seus colaboradores? Afinal, teoricamente, não é lá que estão as melhores cabeças?
Mas vamos aos fatos: o Fundo Paraná, que eu presido, completa agora 15 anos. É um ótimo espaço de tempo para fazer uma análise.
Quando fazemos uma previdência privada, é estabelecida uma meta atuarial, ou seja, quanto vai render o investimento de nossa poupança previdenciária anualmente.
A meta do Fundo Paraná é de 4,5% acima do INPC. Ou seja, 4,5% real todo ano.
Vamos aos resultados. Temos 3 tipos de planos: agressivo, que investe 40% em fundo de ações, moderado, 20% e conservador 5%.
A rentabilidade foi, respectivamente, de 361%, 328% e 329% ou agressivo 11,19% ao ano, moderado 10, 61% e conservador 10,64%. Lembram, a meta é 4,5%.
Os que investiram nesse fundo vão receber uma aposentadoria melhor até do que a que projetaram. E tivemos 3 crises brutais nesse período.
A propósito, estou me aposentando por ele agora
Sexta feira, reforma da previdência aprovada, país entrando nos trilhos, dia de comemorar e começar a relaxar para o fim de semana.
Vão aqui, então, algumas leis naturais:
E, agora, algumas leis que muitos chamam de Murphy:
Por fim, uma pessoa saudável é aquela que não foi suficientemente examinada.
Ótima sexta-feira a todos.
Muitas palavras nunca indicaram muita sabedoria, basta prestar atenção no discurso da maioria dos políticos.
Um professor espanhol certa vez me disse: “só fale quando tiver certeza que tuas palavras signifiquem mais que teu silêncio, porque este deixara, ao menos, dúvida na cabeça das pessoas quanto à tua verdadeira capacidade e inteligência”.
Nunca vi tanta besteira escrita nas redes sociais, desde o momento que a tecnologia deu a oportunidade de todos opinarem sobre tudo.
Muitos se expõem ao ridículo e eternizam isso nas palavras proferidas ou escritas.
Por isso, resolvi colocar aqui, minha opinião sobre a arte de calar.
Calar sobre sua própria pessoa, é humildade.
Calar sobre os defeitos dos outros, é ética.
Calar, quando a gente está sofrendo, é coragem.
Calar diante do sofrimento alheio, é covardia.
Calar diante da injustiça, é fraqueza.
Calar, quando o outro está falando, é delicadeza.
Calar, quando o outro espera uma palavra, é omissão.
Calar, quando não há necessidade de falar, é prudência.
Calar diante do mistério que não entendemos, é sabedoria.
Por fim, quando encontrar um chato que não sabe calar, dando opinião sobre tudo, lembre: os que mais falam geralmente são os que menos dizem, pois são eles os que menos ouvem.
Praticar o silêncio faz bem para a saúde.
As palavras escritas, até mais que as proferidas, são a expressão de nossos pensamentos e da verdadeira natureza de nossa índole.
Fiquei estarrecido com a declaração do Ministro Weintraub sobre o episódio da cocaína no avião da FAB.
Apesar de atuar há 32 anos na área de previdência e finanças pessoais, nunca cruzei, nunca palestrei junto, nunca ouvi falar, nunca li nada dos irmãos Weintraub, apesar de serem os formuladores da reforma da previdência que saiu da equipe do Paulo Guedes.
Proposta rasa, pobre tecnicamente, injusta socialmente e inconstitucional.
Mas, enfim, se convenceram o Ministro, palmas para eles.
Mais tarde fui surpreendido com a nomeação do Abraham Weintraub para Ministério da Educação. Pensei: tá explicado, está aí realmente alguém com prestígio no governo.
Poderia tê-lo conhecido antes e ter discutido com ele alternativas para a previdência, fazendo-o ver que existem caminhos melhores.
Pois, ontem, ao ler o comentário dele no twitter, sobre o Lula e a Dilma- a quem abomino como agentes públicos- comparando-os a drogas, fazendo analogia barata ao episódio do transporte de cocaína em avião governamental, cheguei à conclusão que Deus me preservou de conhecer alguém tão baixo, tão vil, tão hipócrita e tão maldoso.
Além disso, ressaltou sua pequenez diante da grandeza do cargo que ocupa. Não tem nível para ser diretor de escola fundamental, apesar de ocupar o mais alto cargo da educação no Brasil.
Que irônico, um mal-educado cuidando da educação.
Caráter não é de esquerda ou de direita, mas de índole, de personalidade, de consciência, e não tem lado.
Prazer
The podcast currently has 13 episodes available.