Depois de comerem, Jesus perguntou a Simão Pedro: "Simão, filho de João, você me ama realmente mais do que estes? " Disse ele: "Sim, Senhor, tu sabes que te amo". Disse Jesus: "Cuide dos meus cordeiros". Novamente Jesus disse: "Simão, filho de João, você realmente me ama? " Ele respondeu: "Sim, Senhor tu sabes que te amo". Disse Jesus: "Pastoreie as minhas ovelhas".

(Jo.21:15-16)

Verdadeiramente o amor ocupa um papel especial dentro das Sagradas Escrituras: para o apóstolo Paulo na carta de Coríntios, o amor é o dom supremo que dá sentido e significado a todas as outras ações humanas; em apocalipse o amor é a características imprescindível para a igreja de Cristo. Da mesma forma todas as ações e atitudes da igreja sem amor não tem serventia alguma para Deus.

Nas páginas do evangelho de João, o amor é revelado em toda sua essência e explendor na pessoa de Jesus Cristo, não apenas no seu sacrifício vicário na cruz do calvário, mas em cada ato de nosso Senhor e Salvador durante seu ministério terreno, seja antes ou depois de sua ressurreição. A narrativa descrita acima, destaca um desses momentos onde toda excelência do amor é revelada nas palavras e ações de Jesus pelos seus discípulos, em especial a pessoa de Pedro, que carregava consigo a culpa por negar a Jesus e fracassar na sua promessa de jamais abandonar ao Senhor e de dar sua própria vida por Cristo (Jo.13:36-37).

O amor de Jesus pela humanidade, e em especial pelos seus discípulos, fazia com que Ele concedesse gratuitamente o seu amor a tantos quantos cressem no seu nome, oferecendo salvação, perdão e reconciliação a esses, sem esperar o mesmo tipo de amor deles, porque em Cristo aprendemos que o amor de Deus, não se baseia numa troca ou em qualquer coisa que os homens possam fazer.

Assim mesmo com o fracasso e abandono de Pedro e de seus discípulos na crucificação, ele não desistiu deles e continuou mantendo a aliança de Mestre e discípulo que tinha com Pedro, apagando a culpa por meio do perdão e curando do fracasso do abandono por meio da confiança, evidenciado na pergunta de Jesus repetida por três vezes a Pedro: "Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?" Que respondia, "sim Senhor, tudo sabes". Como Cristo sabe de todas as coisas, sabia que o amor de Pedro, como de qualquer outro ser humano, não é igual ao amor de Jesus.

Mas mesmo com um amor inconstante e às vezes, infiel, Jesus confia nas mãos de Pedro as suas ovelhas, mostrando claramente que seu amor era incondicional pelos seus, diferente do amor dos homens que é baseado naquilo que Jesus fez e naquilo reconhecidamente Ele é, pela manisfestação da força do seu poder.

Portanto, nossa fé, esperança e toda vida cristã é proveniente do amor de Deus, revelado em Cristo Jesus, e como membros do corpo de Cristo e povo escolhido de Deus, devemos viver a cada dia por meio do exercício persistente do amor, o qual recebemos por meio da graça que há em Cristo Jesus, que perdoa nossos pecados e promove comunhão com Deus.

Assim, se fomos alcançados por meio do amor, vivamos por meio do amor, que não busca seus próprios interesses e muito menos espera algo em troca. Como disse o próprio Senhor Jesus aos seus discípulos: "De graça recebestes, de graça dai" (Mt.10:8).

Dessa maneira, minha oração é que possamos a cada dia sentir que somos amados de Deus e ver os efeitos desse amor na nossa vida e nas vidas de todos que estiverem ao nosso redor. Oro, também, para que o amor de Deus frutifique em nossas vidas.

Agora, que o amor perfeito e infinita de Deus Pai revelado na pessoa de Cristo Jesus pelo sacrifício na cruz do calvário e o consolo e poder do Espírito Santo que nos convence do amor de Deus, sejam com todos aqueles que amam a Deus em Cristo Jesus. Amém.

Pr. Antônio Marcos Silva

Primeira Igreja Batista em Pinheiral

"...Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta será chamada mulher, porquanto do homem foi tomada.

Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.

E ambos estavam nus, o homem e a sua mulher..." (Gn.2:23-25)

É lindo ler as palavras de Gêneses e enxergar a tamanha perfeição com que Deus constituiu o casamento, a instituição mais importante do mundo, porque no casamento a vida humana, no seu nascimento, encontra o ambiente perfeito para desenvolver de forma saudável e harmoniosa.

Mas o casamento não é maravilhoso apenas porque nele se gera vida saudável, ele é maravilhoso porque é onde Deus opera o milagre, no qual, inicialmente, um se transformou em dois, e hoje dois se transformam em um, pelos laços do amor e do santo matrimônio, formando uma família.

A idéia do casamento é que pela força do amor, um homem e uma mulher se tornem um, em um mundo cada vez mais individualista e egoísta. E isto, pesa cada vez mais para que casais, embora estejam juntos, nunca de fato sejam um como Deus planejou, porque o verdadeiro casamento implica em algumas ações que muitos cônjuges se recusam terminantemente a fazer, e por isso assinam documentos e fazem votos que nunca, jamais serão capazes de cumprir, e não experimentarão toda beleza e alegria do casamento que Deus criou.

Pois o casamento aos olhos de Deus envolve abrir mão do passado e seus antigos costumes e manias para formar uma nova história, essa ideia está destacada nos verbos "Deixará" e "unir-se-a", ou seja, o verdadeiro casamento envolve deixar o conforto da casa dos pais que fomos criados e formar com seu cônjuge uma nova família. Assim o amor entre marido e mulher deve se tornar maior e mais forte do que o amor que temos pelos nossos pais.

O casamento também envolve intimidade, que é muito mais que relação sexual, intimidade implica no difícil e árduo exercício de ter tudo em comum, não apenas se unir para enfrentar os desafios e dificuldades. Muitos casais são unidos apenas para criar os filhos ou enfrentar uma grave doença, mas não conseguem permanecer unidos nos momentos de paz e tranquilidade, esquecendo que Deus criou o casamento porque não é bom estar só, mas fomos criados para viver como casal. Como disse o sábio rei Salomão: "Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Porque se um cair, o outro levanta o seu companheiro; mas ai do que estiver só; pois, caindo, não haverá outro que o levante" (Ec.4:9-10).

Assim, minha oração não é que Deus preserve seu casamento, porque Deus já teve o trabalho de criá-lo e de ensinar nas páginas de sua Palavra como ele deveria ser, então, oro para que possamos lutar contra tudo e até contra nós mesmo para manter nossos casamentos saudáveis, pelo vínculo do amor, como Deus quer e como nos comprometemos em nossos votos matrimoniais. Não perca a oportunidade dizer o quanto você ama seu cônjuge, por meio de palavras e ações.

Agora, "O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e te conceda graça; o Senhor volte para ti o seu rosto e te dê paz."

Pr. Antônio Marcos Silva

Primeira Igreja Batista em Pinheiral

"Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei a vós, que também vós vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros."

(Jo.13:34-35)

A palavra amor e suas derivações têm grande destaque em toda Biblia, seja no Antigo Testamento como Novo Testamento.

O amor se faz presente, talvez porque seja a mola que move toda narrativa bíblica, onde Deus busca resgatar a humanidade, a feitura(obra prima) da criação. Primeiro por meio dos seus servos, os profetas, que foram rejeitados e mortos, cujas profecias apontavam para o amor do Criador que convida sua criaturas a se arrependerem de seus maus caminhos e, abandonando o pecado, voltarem-se para Deus e seu amor.

Depois, mesmo com a rejeição e rebeldia da humanidade e até mesmo de seu povo Israel, Deus não desistiu de seu amor por estes e, então, afim de expressar toda grandeza de seu amor, enviou por último, não mais um profeta, mas seu próprio Filho Unigênito, como prova cabal de seus amor pelos homens, dando àqueles que ao Filho receberem e crerem no seu nome não apenas salvação e vida eterna como também a prerrogativa de se tornarem filhos adotivos de Deus e, portanto, alvos eternos desse imenso amor.

E quando falamos de amor nas páginas da Bíblia Sagrada, o evangelho de João merece um destaque especial, não somente porque o João é o discípulo amado, mas também porque João apresenta Jesus Cristo e sua obra redentora da perspectiva mais sublime do amor: Jesus é o verdadeiro justo que jamais cometeu pecado algum, mas, mesmo assim, tomou sobre si as iniquidades e pecados de todos da humanidade, morrendo morte de cruz em nosso lugar, para que por meio do seu sangue derramado na cruz, tivéssemos vida em abundância, reconciliação com Deus por meio dos perdão dos pecados e assim pudéssemos não apenas saber que Deus nos ama, mas também sentir os efeitos do amor real de Deus.

João, além de revelar o amor de Deus através de Jesus, também destacou que na cruz, Jesus se tornou Senhor e Salvador de todos os que creem, e os que creram se tornaram discípulos do Senhor Jesus, aprendendo suas lições sobre a forma de agir e aplicando cada palavra de nosso Salvador as suas vidas. Pois como discípulos lavados e remidos pelo sangue somos chamados a viver como Jesus viveu.

Você, então pode dizer: "Nossa, mais isto é muito difícil, durante sua vida Jesus Cristo cumpriu todas as exigências da Lei, sem falhar em nenhuma delas. E a conclusão mais óbvia é que isto é impossível viver como Jesus".

De fato, chegar a perfeição de Jesus é realmente impossível, mas é isto mesmo que a Bíblia ordena que busquemos alcançar todos dias, como disse o apóstolo Paulo: "Porquanto, Deus nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença"(Ef1:4).

Esta ordem divina é confirmada em diversos outras passagens bíblicas como nas palavras do apóstolo Pedro, que dizem: "Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver; Porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo" (1Pe1:15,16).

No entanto, diante da limitação humana em cumprir a vontade de Deus, Jesus resumiu o cumprimento de todos mandamentos a apenas uma única ação, que é "amar", primeiro a Deus com toda força e de toda intensidade da alma e amar ao próximo como devemos amar a nós mesmo. Dessa forma Cristo revelou a importância do amor e ao mesmo tempo a simplicidade da lei, que consiste em apenas um ato e um único verbo, amar.

Ao amarmos, não apenas faremos a vontade de Deus, mas também daremos um testemunho eficaz ao mundo, mostrando que somos de Cristo e por Cristo.

Então, sejamos obedientes ao mandamento divino, e vamos amar! Começando por Deus, passando pela nossa família, depois à igreja até chegar finalmente aos nossos inimigos, como o Senhor Jesus fez e exige de cada um de nós. Pr Antonio Marcos Primeira Igreja Batista em Pinheiral

E ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência.

A vós também, que noutro tempo éreis estranhos, e inimigos no entendimento pelas vossas obras más, agora contudo vos reconciliou No corpo da sua carne, pela morte, para perante ele vos apresentar santos, e irrepreensíveis, e inculpáveis, Se, na verdade, permanecerdes fundados e firmes na fé, e não vos moverdes da esperança do evangelho que tendes ouvido, o qual foi pregado a toda criatura que há debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, estou feito ministro." (Cl.1:18, 21-23)

Ao ler as palavras do apóstolo Paulo, aos crentes de Colossos, aprendemos a essência do verdadeiro louvor que deve impulsionar todos os crentes em Cristo Jesus, cujo coração recebeu com alegria a mensagem do evangelho de Cristo, e assim gozam tanto da redenção em Cristo conquistado pelo seu sacrifício na cruz do calvário como da vida eterna.

O apóstolo também apresenta Cristo como sendo a cabeça do corpo, que representa a igreja que Jesus edificou sendo ele a pedra angular (At.4:11).A igreja do Senhor é composta por todos aqueles que por meio da fé confessam Jesus Cristo como Senhor e Salvador. Esses, no passado, não eram povo, e sim inimigos de Deus praticantes de todo tipo de más obras, mas agora, são povo de Deus, lavado e remido, reconciliado no corpo e carne de Jesus, mediante a sua morte, para que nos apresentasse diante Dele santos, inculpáveis e irrepreensíveis, permanecendo firmes e inabaláveis na fé, não se deixando afastar da esperança do evangelho que eles receberam.

Para esses, a essência do verdadeiro louvor não está apenas no fato de racionalmente confessar Jesus como Senhor e Salvador, mas também em ser persistente no duro e difícil exercício de ser igreja, ou seja, membro do corpo de Cristo, que diz não a tentação de olhar para os pecados daqueles que estão peregrinando ao nosso lado. Por julgar ser melhor que esses, alguns resolvem ser cristão fora do corpo. Ao cair nesta armadilha de achar melhor ser apenas um, do que muitos, negamos a obra de Cristo e tornamos ineficaz todo seu sofrimento na cruz e, o seu sangue ainda não nos lavou de nossos pecados.

Assim, a essência do louvor está em pessoas diferentes, com pensamentos e histórias diferentes se ajuntarem para servir a Deus e anunciar o evangelho de Cristo. Juntos, nós devemos louvar a Deus pela obra que Cristo operou em nossas vidas e louvar a Jesus Cristo por enxergar de fato, quem Jesus realmente é.

Como disse Jesus a mulher samaritana:

"Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem.

Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade"(Jo.4:23,24).

Portanto, o verdadeiro louvor nasce da ação do Espírito Santo que habita em nós e parte do indivíduo para o coletivo, formando, assim, um povo que louva a Deus com sinceridade e integridade de coração.

Assim, somos chamados primeiramente a ser parte do povo, que faz parte do corpo de Cristo (igreja) e como tal, unidos num único propósito, louvar e glorificar a Deus, na pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo.

Portanto, o verdadeiro louvor vem da igreja que é o corpo de Cristo, motivado principalmente pela gratidão da obra que Cristo operou em nosso favor, como do conhecimento de quem Jesus é, ou seja, sua verdadeira identidade.

Logo, minha oração é que possamos fazer parte do corpo de Cristo, sua igreja e que movidos pela mais pura e sincera gratidão, possamos louvar a Deus de coração. Oro, para que não sejamos seduzidos pela tentação de ser um, quando somos chamados para sermos muitos, um povo.

Agora, que o amor de Deus Pai e a graça salvadora do Deus Filho e o consolo e o discernimento do Deus Espírito sejam com todos os crentes em Cristo Jesus que são parte do corpo de Cristo. Amém.

Pr. Antônio Marcos Silva

Primeira Igreja Batista em Pinheiral

"Pois foi do agrado de Deus que nele habitasse toda a plenitude, e por meio dele reconciliasse consigo todas as coisas, tanto as que estão na terra quanto as que estão no céu, estabelecendo a paz pelo seu sangue derramado na cruz." (Cl.1:19-20)

Depois de mostrar toda excelência e grandiosidade da dimensão da obra de Cristo aos crentes de Colossos, para que eles fossem fiéis a mensagem do evangelho de Cristo Jesus que eles haviam recebido, Paulo passa a apresentar com riqueza de detalhes e com profundidade a teologia de quem realmente é Jesus, por meio de um antigo hino cristão, ensinando assim não apenas sobre quem é Jesus que operou tão grande salvação em nós, como também, em que consiste a essência do verdadeiro louvor.

O louvor verdadeiro não é uma melodia que visa servir de entretenimento para os crentes e não crentes, muito menos um momento secundário do culto em que a igreja canta belas canções que consolam e edificam a alma humana, (embora eu confesse que o verdadeiro louvor sempre faz bem para o coração do crente em Cristo Jesus). A função prioritária do louvor é estar diante de Deus, declarando nosso reconhecimento de tudo aquilo que Ele é, ou seja, o verdadeiro louvor é direcionado à Deus e para sua glória, destacando os seus atributos visíveis e invisíveis. Dessa forma, mostra que como igreja temos conhecimento espiritual tanto daquilo que o Senhor fez em nosso favor, como também demonstramos saber exatamente quem Ele é.

Assim, o verdadeiro louvor é um ato de confiança, de fé e reverência.

O velho hino cristão apresentado pelo o apóstolo lembra a igreja de Colossos que pela vontade de Deus (Pai) em Cristo (Filho) habitasse toda Plenitude, ou seja, no Filho residia a divindade de Deus, contrariando os hereges que ensinavam que Cristo estava "a meio caminho" entre Deus e o homem, sendo apenas um elo na cadeia e que haviam outros mais importantes que ele. No entanto, por meio do louvor, Paulo nega tal afirmação dizendo que Cristo, em si mesmo, é a plenitude completa, ou seja, completamente Deus. Toda a Plenitude reside em Cristo, isto significa habitação permanente e não uma visita temporária apenas.

Em Cristo, foi da vontade de Deus, reconciliar todas as coisas consigo mesmo, trazendo a paz pelo seu sangue na cruz. Assim, Paulo diz que em Cristo não apenas reside a plenitude de Deus, mas também em Cristo houve a reconciliação com todas as coisas.

Logo podemos aprender, por meio das palavras de louvor do Apostolo Paulo, dois fortes motivos para louvar verdadeiramente a Cristo na mais profunda gratidão a Deus:

Primeiro, em Cristo nos é revelado todo explendor e grandiosidade divina. Assim aquilo que era um desejo ardente dos crentes do passado, como Moisés (Êx.33:18-20), se tornou uma realidade para os crentes do presente que podem ver toda glória e explendor do Deus Pai por meio de Cristo (Filho), e isto, por si só já consiste num motivo para louvarmos a Deus continuamente.

Segundo, em Cristo temos reconciliação com Deus. Reconciliar quer dizer restaurar um relacionamento reto, fazer as pazes onde antes havia inimizade. Porém, em lugar nenhum diz que Deus tinha necessidade de ser reconciliado com a humanidade. A mente humana carnal, naturalmente, está em inimizade com Deus (Rm.8:7). Por isso, são os homens que carecem urgentemente da reconciliação com Deus. Então, podemos louvar a Deus movidos pela gratidão, porque em Cristo o terrível efeito do pecado, separação de Deus, é destruído e podemos estar novamente diante de Deus.

Da mesma forma que Paulo convida os crentes de Colossos a louvar a Cristo por saberem o que Ele fez e quem Ele é, nós também somos convidados hoje a apresentar a Deus nosso sincero e profundo louvor cuja essência está na obra redentora de Cristo e naquilo que Ele é. Minha oração é que não apenas tenhamos salvação, mas que adoremos e exaltemos o Senhor por ver toda sua glória e usufruir da sua obra operada pelo sangue vertido na cruz do calvário.

"O qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele." (Cl.1:15-17)

Depois de apresentar aos colossenses cada efeito que a obra redentora de Cristo deve produzir na vida daqueles que foram alcançados pela poderosa mensagem do evangelho que lhes pregara, que não é fruto de elucubrações humanas, mas poder e graça de Deus para salvação de todos aqueles que pela fé confessam Jesus Cristo como Senhor e Salvador de suas vidas, Paulo demonstra que tão importante quanto saber os efeitos da obra de Cristo é saber verdadeiramente quem Jesus realmente é.

Para fazer tão nobre apresentação acerca da identidade real daquele que graciosamente nos salvou, dando-nos redenção, vida eterna e uma herança incorruptível no Reino dos Céus, o apóstolo deseja também combater os falsos ensinos em Colossos que eram desacreditados pela supremacia de Cristo sobre todas as coisas, incluindo todo poder tanto na antiga quanto na nova criação.

Paulo, então, apresentou a verdadeira natureza de Cristo por meio de uma doxologia em louvor à majestade e glória de Jesus. Mostrando pelo menos duas coisas sobre adoração:

Primeira, o verdadeiro louvor nasce apenas dos lábios e mentes daqueles que enxergaram tanto a grande dimensão da obra de Jesus, como também daqueles que veem toda majestade, explendor e grandiosidade da pessoa do Deus Filho, Cristo Jesus.

Segunda, o louvor verdadeiro consiste em destacar e exaltar tudo aquilo que Cristo é e, também, ressaltar aquilo que Ele fez pela incrível força do seu poder.

Ao apontar, por meio do louvor, para supremacia de Cristo tanto na criação onde Cristo não é uma criatura, mas criador, pois Ele estava com Deus na criação, existindo assim antes de tudo, sendo Ele Deus e sem Ele nada do que foi feito existiria (Jo1:3), quanto para a redenção, pois por meio do seu sangue na cruz, trouxe reconciliação não apenas para humanidade, mas para toda a criação; Paulo indicou o elemento que faltava no falso ensino em Colossos - uma visão apropriada da pessoa de Cristo.

Com uma visão correta de Cristo, os colossenses seriam capazes de resistir aos falsos ensinos que os estavam perturbando, e nós, hoje, podemos também resistir e rejeitar as diversas heresias acerca de Jesus Cristo no nosso tempo.

Além do mais, ao apresentar sua apologética (defesa de Cristo) na forma de um hino, Paulo não apenas os exorta a rejeitar toda e qualquer heresia acerca de Cristo, mantendo-se assim firmes ao evangelho que dele receberam e que produziu salvação e reconciliação com Deus por meio do sangue de Jesus, mas também os convida a adorar o Filho de Deus e não, simplesmente, a uma obediência doutrinária a ele.

É maravilhoso saber que este explêndido convite não é apenas para os crentes de Colossos, mas para todos os crentes de todos tempos, que conhecem tanto a dimensão da obra de Cristo como também sabem quem realmente é Jesus e veem toda sua gloria, grandeza e majestade e, por isso, são movidos a, com toda sinceridade de seus corações, louvar a Deus.

Eu aceito o convite do apóstolo Paulo. E você, aceita o convite para louvar a majestade e explendor de Cristo, não apenas por aquilo que ele fez, mas por saber e ver quem ele é?

Minha oração é que realmente possamos louvar a Deus com sinceridade de coração, por enxergarmos e reconhecermos tanto aquilo que Ele fez em nosso favor, como quem ele realmente é.

Agora, que o amor infinito e perfeito de Deus Pai e a graça maravilhosa e redentora do Deus Filho e o consolo santificador do Deus Espírito sejam com todos os crentes verdadeiros em Cristo Jesus. Amém.

Pr. Antônio Marcos Silva

Primeira Igreja Batista em Pinheiral