O Psicoputo e o gajo que subiu ao Marquês. Agora é o Tiago do Vertigo, impulsionador da Atlântida. Sempre destemido e de ideias fixas. Vai que dá!

Judoca desde que é gente, o Renato aprendeu que os principais objetivos do judo são fortalecer o físico, a mente e o espírito de forma integrada e assim leva a sua vida. Aplica esses ensinamentos em tudo o que faz, na escalada, no surf, nas viagens incríveis, a beber uma cerveja com os amigos, nas longas conversas que podemos ter com ele desde temas complexos aos mais banais. Teriamos sempre muito mais para falar sobre ele e com ele, para já deixamo-vos este episódio para o conhecerem melhor.

"Gostava muito de voltar a escalar uma via que escalei há muito tempo atrás, queres alinhar nisso?"

Foi assim que tudo começou. O Carlos perguntou-me se queria acompanhá-lo e, sem perceber muito bem do que se tratava, disse que sim. "Que bela aventura que isto pode ser", foi o que eu pensei.

Era fim de tarde naquela bela varanda da estrela na sempre bonita Serra da Estrela.

Os dois encostados e, nem sei se de cerveja na mão mas quase de certeza que sim, o Carlos olhou para o Hugo e voltou a olhar para mim, “achas que o Hugo alinha nisto também?”.

Os meus olhos devem ter brilhando, o sim era mais que óbvio.

Uns fins-de-semana depois estávamos a sair de Lisboa em direção à Serra da Estrela e foi assim que tudo começou.

Começou a escalar na década de noventa quando ainda era raro ver mulheres na falésia. Fez competição por cá e lá fora, com a seleção nacional de escalada. Mas sempre foi na natureza que encontrou o seu habitat natural, apaixonada pela escalada em rocha procurou sempre superar-se em termos de dificuldade. As maiores aventuras viveu-as na escalada clássica e nas viagens que a levaram a escalar aos 4 cantos do mundo.

Na incessante vontade em escalar e conhecer o nosso mundo pegou nas cordas, pés de gato e escalou em sítios como :

o Taghia em Marrocos, o Totem Pole na Tâsmania, Patagónia, fez o coast-to-coast nos EUA com a corda às costas, escalou nas tufas de Kalymnos, as agulhas dos Alpes, down under na Austrália e tantos outros sítios.

Abriu a via “Into the Wild Grass” com o Nico Favresse no Douro Internacional em livre.

Escreveu vários nos artigos sobre escalada em revistas como a Climbing, Campo Base, entre outras. Organizou o maior encontro de escalada, o “Girls Petzl Rock Trip”, totalmente dedicado à escalada feminina e a sua dinamização.

Hoje divide mais o seu tempo entre a bicicleta e a corrida de trail.

Podemos encontrá-lo de bicicleta, corda de escalada, prancha de snowboard, stand up paddle ou até na sua carrinha, na verdade o Tiago Rodrigues respira desporto e adora partilhar essas emoções com os amigos. Sem magnésio nas mãos é assim que gosta de levar as suas aventuras de escalada.

Escalador desde cedo, quando se deparou com os primeiros blocos na cidade de Macau. Já em Portugal, foi num instante que começou a explorar todos os bocados de rocha escaláveis.

Podemos encontrá-lo a deambular pela Serra de Sintra de crash-pad às costas e sorrisão na cara, movido pelo ventinho do encadene. É assim que vai conquistando mais blocos que adora partilhar através do Boulder Sintra. A fotografia é outra grande paixao; aos 15 anos agarrou na máquina fotográfica e nunca mais a largou, e ainda bem. A engenharia civil veio depois.

Este é o episódio 0, onde damos a conhecer o nosso podcast. Não percam os próximos episódios onde recebemos os nossos convidados para divagar sobre a vida e a escalada. E não se esqueçam, os copos bem cheios de medronho!