Nascida em Cruz das Almas, Bahia, em 1914, foi autora de quatro livros de poemas. Seu livro mais importante, Canção da partida, foi ilustrado pelo artista Lasar Segall. Tornou-se uma das mais ativas jornalistas da Bahia na década de 40, escrevendo sobre os assuntos que mais a interessavam, pelos quais lutava: política, transformações sociais e posição da mulher na sociedade. Militante do Partido Comunista Brasileiro de 1945 até a morte, em 1973 na cidade de Aracaju-SE, dedicou grande parte da vida ao trabalho penoso, clandestino e cotidiano de luta por um Brasil menos injusto. A partir de 1951, sofreu crises nervosas periódicas, com delírios persecutórios, tendo recebido o diagnóstico de esquizofrenia paranóide, doença considerada progressiva e incurável. Recolhida ao sanatório público Adauto Botelho, em Aracaju, até ser transferida, graças à interferência da família Passos, para a Casa de Saúde Santa Maria, sanatório particular da cidade. Aí permanece até morrer. Escreve regularmente, compondo à mão poemas, peças para teatro e radioteatro, aforismos, textos sobre teoria da arte, poesias e reflexões políticas.