No próximo dia 15 de maio a Revista Diakonia estará lançando sua quinta edição. A edição do mês de maio tem como tema o ministério da Palavra.
Um dos artigos desta edição é o artigo do Dr. James Visscher (um ministro emeritus, das Igrejas Reformadas Canadenses). Ele também foi um dos professores do seminário desta mesma confederação.
----more----No artigo "Como os pastores podem lidar com a crítica", o dr. Visscher após uma introdução na qual compartilha algumas experiências, trara do contexto, a fonte, os tipos de crítica. Além de abordar as áreas que o pastor costuma ser criticado e o que produz um ambiente propício para as críticas ao pastor. Por fim, ele conclui dizendo como os pastores podem lidar com as críticas.
Neste episódio eu quero compartilhar com vocês um trecho do artigo do dr. James Visscher, para ser mais específico, o tópico que trata sobre: Olhando para a fonte da crítica.
Temos de avançar, no entanto, das preliminares e pressupostos para o cerne da questão. Neste contexto, para começar, vamos dar atenção à fonte da crítica. Qual a sua origem?
À luz do que acabamos de observar, seria correto dizer que, em última análise, todas as críticas destrutivas e injustificadas provêm do diabo. Ele é “um mentiroso e o pai da mentira” (Jo 8.44), o que significa que toda falsidade, distorção, fofoca e calúnia provêm dele.
No entanto, o diabo não é o único que está no ataque. Ele engendra as coisas de tal maneira que a crítica vem de muitas fontes.
Na maioria das vezes, a crítica vem de membros da igreja que não estão felizes com o pastor por uma série de razões. Talvez eles se sintam ignorados, desprezados, incompreendidos ou injustamente atingidos pela pregação. Eles também podem sentir que os sermões de seu pastor não têm profundidade, substância ou aplicação. Eles podem ser da opinião de que os dons pastorais dele são deficientes em várias áreas. Eles podem discordar das posições dele em uma série de questões teológicas ou éticas. Eles podem não gostar dele como pessoa. Em suma, grande parte das coisas ruins que ocorrem no ministério vem do banco da igreja.
Além disso, a crítica também pode vir dos presbíteros. Há uma certa regra geral que diz o seguinte: se a congregação está infeliz, os presbíteros também estão. E o que os presbíteros infelizes fazem? Eles implicam com a pregação e procuram falhas nela - reais ou imaginárias. Eles discordam sobre a maneira como o pastor faz ou não faz seu trabalho pastoral. Eles podem até começar a questionar sua personalidade, sinceridade e integridade.
Membros infelizes e presbíteros infelizes podem arruinar a vida de um ministro. E, se vocês os adicionarem à mistura, colegas de ofício infelizes podem arruinar suas vidas igualmente. Os conflitos locais na igreja nunca permanecem locais. Invariavelmente, o círculo se expande e ultrapassa os limites da igreja local. Os círculos familiares mais amplos são afetados. Igrejas vizinhas e pastores também são afetados. O Classis1 se envolve, bem como os visitadores eclesiásticos.2
Também deve ser dito que, no fim, até mesmo o apoio dos colegas de ofício frequentemente não são suficientes para resgatar um pastor angustiado. Ao longo dos anos, estive envolvido em inúmeras missões de resgate, mas, em geral, não conseguimos resolver os problemas e restaurar a relação do pastor com a congregação. De fato, houve vezes em que a crítica dos colegas só adicionou mais carga.
Finalmente, mais uma fonte de críticas que um pastor pode ter que lidar tem a ver com sua esposa e família. Evidentemente, essa crítica pode ser de um tipo diferente. Na maioria das vezes, ela tem relação com a negligência. Uma esposa pode se queixar: “Por que meu marido está sempre longe, e por que, quando ele está em casa, sua mente está em outro lugar?” As crianças também podem se queixar e dizer: “Por que os pais dos meus amigos aparecem nos jogos de hóquei e basquete, e o meu nunca aparece? Por que eu sempre tenho que ficar em segundo plano na congregação?”
O que isso mostra é que a crítica no ministério pode vir de muitos lugares diferentes e ser sobre muitas coisas diferentes. Ela percorre desde o seu trabalho oficial na igreja até a sua vida pessoal em casa.
Espero que este trecho provoque em você o interesse em ler o artigo do Dr. Visscher.
Recomendo a leitura deste artigo não só aos ministros da Palavra mas a todos os oficiais da igreja e a todos membros.
Esta é uma questão muito comum. E todos nós precisamos ter uma perspectiva bíblica e mais sábia sobre o assunto.
A revista estará disponível no site da Revista Diakonia: revistadiakonia.org.
Agradeço a sua atenção.
Até o próximo episódio.
Que o Senhor te conceda graça e paz!
Apoie o + Que 5 Pontos!
Visite nossa página no Facebook.