Há exatamente uma semana, a guerra entre facções em Fortaleza provocou ataques nos bairros Carlito Pamplona e Pirambu. Carros foram incendiados, comércio e escolas da região foram fechados.

O episódio é só mais um no desenrolar dos fatos que vem consolidando a dinâmica do crime organizado ligado ao tráfico de drogas na capital cearense.

Nesta edição do Rádio Debate, a gente discute os fatores que permitiram o fortalecimento das organizações em Fortaleza, o cenário atual da disputa entre facções, e seus efeitos sobre a cidade.

Participam do programa:

> Ricardo Moura, doutor em Sociologia e pesquisador do Laboratório de Estudos da Violência, da Universidade Federal do Ceará (UFC). É também jornalista, colunista de segurança pública no jornal O Povo, e editor do Escrivaninha, blog de análises e notícias sobre violência, poder e segurança pública;

> Jamieson Simões, mestrando em Sociologia na UFC, pesquisador de temas ligados à infância e às dinâmicas criminais nas periferias de Fortaleza. Foi assessor do Comitê Cearense pela Prevenção de Homicídios na Adolescência e diretor do Centro Socioeducativo São Francisco, recebendo a indicação de "Promotor da Paz" pela Global Unites pela mediação de conflitos em territórios vulneráveis da capital cearense.
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Data de veiculação: 17 de agosto de 2023
Foto: Reprodução/Internet
Roteiro e Produção: Raquel Dantas
Apresentação: Carolina Areal
Operação de Áudio: Leandro Stigliano

Pela primeira vez em 150 anos de realização do Censo Demográfico, o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística fez o levantamento da população remanescente de quilombos no país.

Dados do Censo 2022 divulgados no final de julho deste ano, revelaram a existência de mais de 1 milhão e 300 mil quilombolas. No Ceará, são 181 agrupamentos quilombolas em 68 cidades, reunindo uma população de quase 24 mil pessoas.

Desde 2018, a CONAQ - Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas vinha dialogando com o IBGE para que o recenseamento incluísse a população remanescente de quilombos nos dados estatísticos oficiais do Brasil.

O Censo contribui para tirar da invisibilidade uma população que ainda sofre as consequências de um longo processo de esquecimento e apagamento histórico.

Nesta edição do Rádio Debate, o programa discute o que veio à tona sobre os quilombolas a partir do Censo 2022 - dando destaque para a realidade desta população no Ceará -, e que impactos essas informações podem gerar.

Participam do programa:

> Aurila Maria de Sousa Sales, quilombola da Comunidade Nazaré, em Itapipoca; pedagoga, atuando como técnica pedagógica pela Secretaria de Educação do município; e membro da CONAQ - Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas;

> João Joventino do Nascimento (João do Cumbe), militante do Movimento Quilombola do Ceará, liderança quilombola da comunidade do Cumbe, em Aracati, além de historiador e doutorando em História pela Universidade Federal do Ceará;

> Carlos Dias Oliveira, historiador, educador e comunicador popular, e integrante da direção do GRUNEC - Grupo de Valorização Negra do Cariri.
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Data de veiculação: 16 de agosto de 2023
Foto: Jessica Cândido/Agência IBGE Notícias
Roteiro e Produção: Raquel Dantas
Apresentação: Carolina Areal
Operação de Áudio: Leandro Stigliano

Pandemia, violência e desestruturação de políticas e de orçamento afetaram profundamente a educação no Brasil nos últimos anos. Já não estamos mais em emergência sanitária, e o Governo Federal atual se posiciona a favor do fortalecimento do sistema educacional público.

No entanto, apesar da mudança de contexto, alguns desafios permanecem e uma demanda central se impõe: a reconstrução da educação. Para isso, um grupo social fundamental se mantém em luta constante: os estudantes.

Nesta edição do Rádio Debate, veiculada em 11 de agosto de 2023, Dia do Estudante, a gente discute com representantes de entidades estudantis do Ceará como reconstruir a educação do país.

Participam do programa:

> Gabriel Rodrigues, diretor da União Estadual dos Estudantes (UEE) do Ceará;

> Amanda Bernardo, vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) no Ceará.
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Data de veiculação: 11 de agosto de 2023
Foto: Reprodução/ADUFC
Roteiro e Produção: Raquel Dantas
Apresentação: Carolina Areal
Operação de Áudio: Leandro Stigliano

Imagine que o som tem um apelo estético único. Então, ele é um meio de inúmeras possibilidades para fazer arte. A radioarte explora justamente o potencial do rádio para produções artísticas.

Nesta edição do Rádio Debate, a gente vai entender melhor esse universo da radioarte pegando carona na 1ª edição do Festival Irradia, um festival de obras de radioarte que será transmitido aqui na Universitária FM 107,9 e na Rádio Universitária FM 104,7 de Vitória (ES). A iniciativa é resultado de parceria entre projetos de extensão desenvolvidos nas duas emissoras.

Pra essa conversa, a gente recebe representantes da curadoria do Festival Irradia:

> Marina Mapurunga, artista sonora, sonidista e pesquisadora no campo do audiovisual e da arte sonora. É professora de som do Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo Baiano, onde atua nos cursos de graduação em Cinema e Artes Visuais, e na pós-graduação em Comunicação. É fundadora e coordenadora do projeto de extensão SONatório e da OLapSo (Orquestra de Laptops SONatório), da UFRB; e integrante da rede Sonora - Músicas e Feminismos;

> Marco Scarassatti, artista sonoro, improvisador, educador e compositor. Desenvolve pesquisa e construção de esculturas e instalações sonoras, além de gravações de campo. Atua como professor e pesquisador na área de Composição Musical da Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais, e é autor do livro Walter Smetak, o alquimista dos sons;

> Thaís Aragão, pesquisa som, espaço e mídia, com ênfase em som urbano e gravação de campo. É produtora cultural da Universidade Federal do Ceará, onde desenvolve produções radiofônicas para a Universitária FM 107,9 e faz parte da equipe editorial da Revista Mauc (Museu de Arte da UFC). E integra o Grupo de Pesquisa de Imagem, Consumo e Experiências Urbanas, da UFC, e o Grupo de Pesquisa Identidade e Território, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
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Data de veiculação: 10 de agosto de 2023
Foto: Reprodução/Internet
Roteiro e Produção: Raquel Dantas
Apresentação: Carolina Areal
Operação de Áudio: Leandro Stigliano

Muito além da noção de patrimônio cultural como obras ou edificações tombadas, ou mesmo de bens que boa parte da população pode não ter identificação direta, o patrimônio é aquilo que diz respeito a nossa história e identidade.

Nesse sentido, existem inúmeros patrimônios visíveis aos olhos de um determinado grupo social, mas invisíveis aos olhos do Estado no reconhecimento do que é ou não oficializado como patrimônio.

Numa cidade como Fortaleza, por exemplo, e nas várias cidades que existem dentro deste grande território, quantos patrimônios estão escondidos, e o que eles dizem sobre nós?

Nesta edição do Rádio Debate, a gente discute a noção de patrimônios invisíveis. Participam do programa:

> Hanna Mariah Carvalho Coutinho, historiadora, mestranda em História Social pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Foi jovem facilitadora do projeto Patrimônio Para Todos, da Escola de Artes e Ofícios Thomaz Pompeu Sobrinho, e hoje é a coordenadora do projeto;

> Jean dos Anjos, antropólogo e artista visual. Coordenou a pesquisa e o inventário da Festa de Iemanjá de Fortaleza, que a tornou Patrimônio Cultural Imaterial da cidade. É pesquisador do Laboratório de Antropologia e Imagem, da UFC, e é consultor da Escola de Artes e Ofícios na área de patrimônio;

> Roberto Moreira Chaves, historiador, mestrando em Arqueologia e Patrimônio Cultural na Universidade Federal do Recôncavo Baiano. É técnico de conservação e restauro de bens culturais móveis do Memorial da UFC. Foi aluno da Escola de Artes e Ofícios na área de conservação e restauro.
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Data de veiculação: 9 de agosto de 2023
Foto: Francisco Flor
Roteiro e Produção: Raquel Dantas
Apresentação: Carolina Areal
Operação de Áudio: Leandro Stigliano

Muita gente talvez não saiba, mas o Conselho Federal de Medicina e os Conselhos Regionais têm sob sua responsabilidade um papel muito importante para a sociedade: supervisionar a ética de médicos e médicas no exercício da profissão, além de julgar e regular a atividade médica.

Neste momento, Conselhos de todo o país estão em processo eleitoral para definir a gestão que comandará cada órgão regional nos próximos cinco anos. As eleições acontecem nos dias 14 e 15 de agosto.

No Ceará, são cerca de 19 mil profissionais de medicina vinculados ao CREMEC. A eleição para o Conselho Regional de Medicina do Estado tem duas chapas concorrentes: Chapa 1 - Experiência e Novos Rumos e Chapa 2 - Ética, Ciência e Cidadania.

Nesta edição do Rádio Debate, a gente discute o papel do CREMEC e o processo eleitoral para a escolha da gestão 2023-2028. O convite para o programa foi feito às duas chapas. No entanto, apenas a Chapa 2 aceitou participar. A Chapa 1 alegou que a resolução do Conselho Federal de Medicina que regulamenta as eleições não prevê debate entre chapas e que, portanto, não participaria do Rádio Debate.

Participam do programa os representantes da Chapa 2:

> Magda Almeida, médica de Família e Comunidade, professora do Departamento de Saúde Comunitária da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC), ex-Coordenadora de Políticas e Atenção à Saúde e ex-Secretária Executiva de Vigilância e Regulação da Secretaria Estadual de Saúde do Ceará;

> Ricardo Sidou, médico intensivista pediátrico, e professor do Departamento de Saúde Materno-Infantil da UFC.
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Data de veiculação: 8 de agosto de 2023
Foto: Divulgação
Roteiro e Produção: Raquel Dantas
Apresentação: Carolina Areal
Operação de Áudio: Leandro Stigliano

restes a completar 20 anos de idade, o pintor autodidata Descartes Gadelha exibia pela primeira vez suas obras em uma exposição coletiva no MAUC, o Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará. Era, então, o mais jovem entre os artistas expositores, estreando ao lado de mestres como Antônio Bandeira e Raimundo Cela.

60 anos depois, os salões do MAUC exibem uma seleção da vasta produção multilinguagem daquele que se tornou uma das principais referências culturais de Fortaleza. A exposição “Descartes Griô Profeta” celebra os 80 anos do operário da arte (como o artista se reconhece), que registrou as belezas e as dores dos marginalizados à sua volta.

Nesta edição do Rádio Debate, a gente conversa sobre a obra do Griô Profeta Descartes Gadelha e a exposição do MAUC em sua homenagem. Participam do programa:

> Wellington Júnior, pesquisador, artista visual e professor do Programa de Pós-Graduação em Artes da Universidade Federal do Ceará, idealizador e curador da exposição "Descartes Griô Profeta";

> Graciele Siqueira, diretora do MAUC - Museu de Arte da UFC.
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Data de veiculação: 4 de agosto de 2023
Foto: Divulgação/Mauc
Roteiro e Produção: Raquel Dantas
Apresentação: Carolina Areal
Operação de Áudio: Leandro Stigliano

A Caatinga, bioma exclusivamente brasileiro, é o terceiro bioma do território nacional com maior proporção de espécies de animais e plantas ameaçadas de extinção. A informação é de uma pesquisa divulgada em maio deste ano pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que identificou 481 espécies em risco.

Esse processo está diretamente ligado às transformações que a Caatinga enfrentou nas últimas décadas, e que estão registradas pelo monitoramento anual do MapBiomas. Entre 1985 e 2021, a Caatinga teve mais de 15% de seu território queimado, além de uma redução de 6 milhões de hectares em áreas naturais e mais de 160 mil hectares de superfície de água.

Nesta edição do Rádio Debate, a gente discute as causas e os efeitos da perda de biodiversidade da Caatinga, e o que fazer para reverter esse processo.

Participam do programa:

> Francisca Soares de Araújo, professora titular da Universidade Federal do Ceará, foi coordenadora e mentora da criação do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Recursos Naturais. É pesquisadora bolsista do CNPq. Sua especialidade é em Ecologia Vegetal, com ênfase no semiárido brasileiro, com publicações em revistas internacionais, além de ser parecerista de várias revistas científicas da área;

> Giovanna Rodrigues, bióloga, doutoranda em Sistemática, Uso e Conservação da Biodiversidade pela UFC, e Coordenadora de Biodiversidade da Secretaria do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Governo do Estado do Ceará.
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Foto: Getty Images
Roteiro e Produção: Raquel Dantas
Apresentação: Carolina Areal
Operação de Áudio: Leandro Stigliano

Universidades brasileiras têm se deparado com o aumento de casos de adoecimento mental na comunidade acadêmica, especialmente entre os estudantes.

Na Universidade Federal do Ceará (UFC), o cenário não é diferente; e a instituição acaba de criar um órgão com foco estratégico neste cenário, o Comitê Especial da Política de Valorização da Vida.

O Rádio Debate está de volta na programação da Rádio Universitária e discute os fatores que têm gerado adoecimento psíquico de estudantes do ensino superior. Discutimos também o que fazer para que o ambiente acadêmico seja capaz de promover saúde mental.

Participam do programa:

> Ana Paula de Medeiros, Pró-Reitora de Graduação da Universidade Federal do Ceará e integrante do Comitê Especial da Política de Valorização da Vida (Pró-Vida UFC), órgão que tem como objetivo desenvolver ações que tratem de cuidados para a saúde mental da comunidade universitária;

> Emanuel Meireles, professor do Departamento de Psicologia e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFC, membro do Grupo de Pesquisas e Intervenções sobre Violência, Exclusão Social e Subjetivação - VIESES, e coordenador do Projeto “Escuta Ativa - Diálogo e Cuidado no Cotidiano Universitário”, voltado para os discentes da UFC;

> Maria Clara Albuquerque, estudante de Psicologia da UFC e bolsista do projeto “Escuta Ativa”. Na Universidade, também integra o Grupo VIESES e o Laboratório de Psicologia Ambiental.
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Foto: TIKO/ADOBE STOCK
Roteiro e Produção: Raquel Dantas
Apresentação: Carolina Areal
Operação de Áudio: Leandro Stigliano

Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transsexuais, Queer, Intersexo, Assexuais, Arromânticas/Agênero, Pansexual/Polisexual, Não-binárias e mais.

Há um universo para a diversidade sexual e de gênero ainda em descoberta. É por isso que a sigla LGBT se expandiu e está aberta para as novas demandas de representatividade.

No entanto, ao mesmo tempo em que se avança na luta pelo direito de ser quem se é, a incompreensão sobre a diversidade sexual e de gênero abre caminho para múltiplas formas de violência.

Como expandir a compreensão sobre o tema e garantir a vida e a cidadania da população LGBTQIAPN+ é o que a gente discute nesta edição do Rádio Debate de hoje, dia 16 de junho de 2023. Participam do programa:

> Manu Rocha, Psicóloga e Militante da ABL - Articulação Brasileira de Lésbicas e Mulheres Bissexuais;

> Lukresya Nascimento, vice-presidenta do Conselho Municipal de Promoção de Políticas Públicas para a População LGBTQIAPN+; e colaboradora do coletivo Transpassando, coletivo de combate à transfobia que promove espaços de formação humana, educacional e profissional.
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Foto: Mídia Ninja
Roteiro e Produção: Raquel Dantas
Apresentação e Edição: Carolina Areal
Operação de Áudio: Leandro Stigliano