Nesta mensagem, o Pr. Glauter Ataide, com o texto em Lucas, capítulo15, versículo 1, nos traz uma reflexão sobre a parábola da ovelha perdida.
Esse versículo introduz uma das passagens mais conhecidas do Novo Testamento, que são as parábolas da ovelha perdida, da moeda perdida e do filho pródigo. Essas parábolas ilustram, entre outras coisas, a imensa graça de Deus, uma graça que, para muitos, pode parecer injusta.
A ideia de uma "graça injusta" está relacionada à maneira como Deus oferece perdão e salvação a quem, aos olhos humanos, não merece. Ao observarmos os publicanos (coletadores de impostos, considerados traidores e corruptos) e os pecadores (aqueles que violavam as leis religiosas) se aproximando de Jesus, podemos ver o princípio da graça em ação: Deus oferece o perdão e a salvação para aqueles que mais necessitam dele, independentemente de sua moralidade ou status social.
Para muitas pessoas, essa abordagem parece injusta. Como pode alguém que vive de maneira imoral ou contrária à lei ser aceito por Deus simplesmente por se aproximar de Jesus? Essa é uma das críticas que os fariseus e escribas fazem em Lucas 15:2: "Este homem recebe pecadores e come com eles."
A graça de Deus, em sua essência, não é sobre justiça humana, mas sobre misericórdia e compaixão divinas. O Evangelho revela que ninguém pode conquistar o favor de Deus por suas próprias obras ou mérito. E, quando observamos a aceitação de Jesus aos publicanos e pecadores, vemos a graça se manifestando de forma surpreendente e, para muitos, "injusta". Em vez de rejeitar os marginalizados e pecadores, Jesus os acolhe e oferece uma oportunidade de transformação. Ele oferece perdão, sem exigir que o pecador pague um preço ou prove seu arrependimento de maneira perfeita.
A graça de Deus, então, pode parecer injusta aos olhos humanos, porque desafia o senso comum da retribuição e do merecimento. Ela não é dada com base nos atos de uma pessoa, mas como um presente, uma dádiva imerecida. Essa é a "injustiça" da graça: Deus não age de acordo com os nossos critérios humanos de merecimento, mas de acordo com a Sua vontade soberana de oferecer salvação a todos, incluindo aqueles que a sociedade considera indignos.
O convite de Jesus aos pecadores e publicanos é um convite à transformação. O pecado não é ignorado, mas Jesus oferece a oportunidade de perdão e mudança, algo que se reflete nas parábolas que seguem Lucas 15:1. A ovelha perdida, a moeda perdida e o filho pródigo simbolizam pessoas que, mesmo se afastando de Deus, são procuradas e encontradas, e quando retornam, há grande alegria no céu.
Esse conceito de "graça injusta" é, na verdade, um reflexo do amor incondicional de Deus. Não se trata de justiça humana, mas de misericórdia divina. Aqueles que eram rejeitados pela sociedade encontram acolhimento em Jesus. O reino de Deus, portanto, não segue as normas de meritocracia ou de justiça retributiva, mas oferece perdão e graça a todos, independentemente de seu passado.
Para nós, como cristãos, Lucas 15:1 e as parábolas subsequentes nos lembram de que a graça de Deus é oferecida a todos, especialmente aos marginalizados e aos que erraram. Muitas vezes, em nossa vida cotidiana, somos tentados a medir os outros pelo seu comportamento e ações, julgando quem "merece" nossa ajuda ou compaixão. No entanto, o convite de Jesus é um convite a expandir nossa visão de graça, reconhecendo que Deus trabalha de maneiras diferentes das nossas, e Ele está mais interessado em restaurar do que em condenar.
Em última análise, a graça "injusta" nos desafia a abraçar uma visão mais ampla do amor de Deus — um amor que não faz distinções, que perdoa até o último momento e que sempre está disposto a restaurar o que estava perdido.
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Deus te abençoe!