Recentemente, realizou-se mais uma edição do “Digital Business Congress” da APDC – associação que reúne as maiores empresas presentes em Portugal de Telecomunicações, TIC e Media – e a RHmagazine assistiu a uma das mesas redondas do evento, na qual se refletiu sobre a atração, retenção e requalificação de talentos na área das TI: “Talent Management in the digital age: coupling education, training and foreign labour”. No painel de oradores esteve Hugo Bernardes, Managing Partner da The Key Talent Portugal – consultora em recursos humanos, employer branding e marketing digital.

O 31.º Congresso da APDC teve lugar no Auditório da Faculdade de Medicina Dentária de Lisboa, na Cidade Universitária, e contou com a apresentação e condução do jornalista João Adelino Faria. Foram dois dias de muitos debates e reflexões assentes na Tecnologia e seus impactos nos negócios e nas pessoas, bem como no futuro da economia portuguesa, além dos já tradicionais Estados da Nação dos Media e das Comunicações. A RHmagazine marcou presença na mesa redonda “Talent Management in the digital age: coupling education, training and foreign labour”, que tomou lugar no segundo dia do evento. O painel de oradores foi composto por: Charles Huguet, Managing Director da Airbus GBS; Francisco Cabral Matos, Partner of the Tax practice da VdA; Hugo Bernardes, Managing Partner da The Key Talent Portugal; Manuel Garcia, National Coordinator do Programa UPskill – Digital Skills & Jobs, e Pedro Marcelino, Co-Founder e Chief Executive Officer da TreeTree2.

Como atrair e reter jovens para a área das TI? É com esta questão que João Adelino Faria inicia o debate.

Para Pedro Marcelino, muita coisa já está a ser feita nesse sentido, contudo ainda não é o suficiente. De acordo com o Co-Founder e Chief Executive Officer da TreeTree2 – organização educacional sem fins lucrativos com a missão de despertar e desenvolver talentos nas áreas da Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática –, existem muitas atividades de divulgação da área, como os dias abertos nas universidades, as Olimpíadas da Informática ou a Semana Europeia da Programação, porém trata-se de ações pontuais, finitas no tempo. “Depois dessas atividades de divulgação, normalmente, não se faz mais nada. Temos de começar a apostar em atividades de desenvolvimento, contínuas, que permitam expandir e explorar estas áreas”, diz. “Posso dar o exemplo do programa ‘AfterSchool’ da TreeTree2, que oferece cursos nas mais diversas áreas ligadas à tecnologia, permitindo aprofundá-las e explorá-las”, acrescenta Pedro Marcelino.

Ao longo do debate, foram vários os testemunhos partilhados de jovens que participaram em cursos da TreeTree2 e o feedback não poderia ser mais positivo. A opinião foi unânime: graças aos cursos da TreeTree2, com uma forte componente prática, os jovens perceberam qual o caminho académico – e, posteriormente, profissional – a seguir. Engenharia Informática, Matemática Aplicada… São estas as áreas em que, hoje, estes jovens se especializam no ensino superior.

“A mentalidade está a mudar e nesse aspeto o nosso trabalho é muito importante. Muitas vezes, não se pode experimentar uma área de interesse antes de ingressar no ensino superior e nós oferecemos aos jovens uma ferramenta que lhes facilita a escolha”, diz Pedro Marcelino.

Hugo Bernardes, por sua vez, ressalva que, com a concorrência global a aumentar, mais do que atrair e reter há que cuidar das pessoas e, “acima de tudo, ser muito ágil naquilo que é o desenvolvimento da proposta de valor das nossas pessoas”. “Temos visto várias empresas nacionais a reagir muito rapidamente, nomeadamente na relação com o cliente, mas não necessariamente na gestão das pessoas e aqui a liderança vai ter um papel fundamental”, defende. O “lago aumentou” e as empresas deverão adaptar-se de forma ágil para dar resposta a este desafio.

E como se seduz talentos para a área tecnológica? O Managing Partner da The Key Talent Portugal, consultora em recursos humanos, employer branding e marketing digital, destaca as temáticas ligadas ao work-life balance, à sustentabilidade e ao propósito. “Na The Key Talent ajudamos as empresas a desenvolverem estratégias para reposicionarem a sua marca empregadora e a repensarem os seus processos e a sua cultura interna. Os jovens, hoje em dia, procuram autonomia e flexibilidade e a verdade é que a grande maioria das empresas não está preparada para isso. Temos de as ajudar a pensar de forma diferente”, refere. Por seu turno, Charles Huguet, Managing Director da Airbus GBS, centro de serviços global da Airbus instalado em Lisboa há um ano (que conta com 80% de mão de obra portuguesa), destaca as perspetivas de progressão de carreira e a flexibilidade associada ao espaço e horário de trabalho, bem como aos benefícios, como fatores-chave para reter.

“Na The Key Talent ajudamos as empresas a desenvolverem estratégias para reposicionarem a sua marca empregadora e a repensarem os seus processos e a sua cultura interna. Os jovens, hoje em dia, procuram autonomia e flexibilidade e a verdade é que a grande maioria das empresas não está preparada para isso. Temos de as ajudar a pensar de forma diferente” (Hugo Bernardes, The Key Talent Portugal)

Indo além da atração e retenção de talentos para a área das TI, cada vez mais também a requalificação assume grande importância. E é sobre isto que nos fala Manuel Garcia, National Coordinator do Programa UPskill – Digital Skills & Jobs. Este programa surge com o propósito de dar resposta à falta de recursos humanos qualificados nas áreas das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), perfis especialmente difíceis de recrutar, face à grande competitividade, impulsionada pelo “boom” da transformação digital. “Temos alguns exemplos de pessoas que estavam ligadas a outras áreas, como a música ou a restauração, por exemplo, e que hoje estão a trabalhar numa tecnológica”, revela Manuel Garcia.

Para Francisco Cabral Matos, João Adelino Faria direciona a seguinte questão: “Até que ponto a carga fiscal é um desincentivo para a mão de obra ser retida em Portugal?” Como refere o Partner da empresa de advocacia VdA – Vieira de Almeida, já existem alguns mecanismos para mitigar a tributação, mas que nem sempre são divulgados da melhor forma. “A carga fiscal é um problema, mas já temos um conjunto de iniciativas que foram postas à disposição das pessoas, sobretudo neste setor; porém não têm sido divulgadas para atrair e reter talento”, aponta. Dessas iniciativas são exemplo o StartUP VISA, para jovens empreendedores que querem iniciar as suas incubadoras), e o regime de residentes não habituais, que, tal como refere Francisco Cabral Matos, “desde o primeiro momento valorizou o setor tecnológico, mas infelizmente sempre foi divulgado como um regime para pensionistas, detentores de grande capital…”. Ainda assim, para além dos benefícios que acompanham este tipo de incentivos fiscais, deverá ser considerada a outra face da moeda: o impacto na fiscalidade e Segurança Social. Para o orador, há que tornar estes benefícios mais genéricos, uma vez que ainda favorecem determinados grupos.

João Adelino Faria encerra o debate reforçando que Portugal é um país com muito talento e, também, muitas oportunidades.

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Sete meses depois da última edição do Fórum RH estamos de volta ao Estádio do Sport Lisboa e Benfica! Se não conseguiu marcar presença naquele que é o evento de referência para os decisores do setor dos Recursos Humanos em Portugal, ative as notificações do nosso portal e acompanhe, em direto, a cobertura da 27.ª edição do Fórum RH.

Passaram-se sete meses desde que estivemos pela última vez no Estádio do Sport Lisboa e Benfica, a assinalar mais uma edição de sucesso do Fórum RH. Hoje, regressamos e prometemos muitas surpresas. O dia será marcado por 14 conferências, conduzidas por mais de 60 oradores e divididas por duas salas de conferência, várias atividades organizadas pelos patrocinadores e expositores do evento, três workshops e uma palestra de encerramento com a keynote speaker Susana Torres, coach especializada em treino mental, que desenvolve programas de coaching desportivo e coaching direcionado para empresas.

A 27.ª edição do Fórum RH conta com o patrocínio de: Edenred, ISQe, Cornerstone (Patrocinadores Premium), AMT Consulting, ARAGO Consulting, BusUp, Capgemini, Cegid Meta4, Centralmed, EY, GROW-ING, Inetum, ISEG Executive Education, ISQ Academy, Learninghubz, PRIMAVERA, SAP SuccessFactors e The Key Talent.

O Fórum RH 2022, contará ainda, como expositores, com: Actuasys, ATEC – Academia de Formação, CoachHub, Futuro SA, Multitempo, Olisipo, PwC, Urban Sports Club; e com o apoio de: APG, Didaskalia, Multipessoal, OLX, PULSO Europe Portugal e Grupo Seines.

O comunicador e apresentador de TV Fernando Alvim dá as boas-vindas – juntamente com Cristina Martins de Barros, Managing Director do IIRH, aos cerca de 600 convidados do Fórum RH 2022.

Mariana Carreira, CEO da Make-A-Wish apresenta a missão da associação, acompanhada por Inês de Castro, Head of People da Worten – empresa que foi desafiada para um team building de realização de sonhos.

Na sala 1, tem início a mesa redonda “#CorporateCulture4.0 – O mundo dos negócios não voltará ao que considerávamos “normal” e a liderança está a ser desafiada ao mais alto nível para ser eficaz e completa”, com a moderação de Inês Vaz Pereira, Associate Partner – People Advisory Services da EY, e os oradores Eduardo Caria, Diretor de RH do Grupo Ageas; Nuno Tavares Prata, Diretor de RH da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa; Isabel Borgas, Diretora de RH da NOS, e Carla Marques, Country Manager da INTELCIA PORTUGAL. Na era da digitalização, há que criar culturas transformacionais. Enfrentamos, hoje, um ponto de viragem e as empresas têm de conseguir adaptar-se da forma ágil, para que não fiquem para trás na corrida pelo talento. Os líderes têm um papel fundamental nesta transformação que o universo laboral enfrenta e os oradores ressalvam a importância de uma liderança empática e da formação dos líderes do futuro. À liderança empática e à necessidade de formar os líderes com competências do futuro, o painel enfatiza a relevância de temáticas a como sustentabilidade e a diversidade e inclusão, deixando uma importante mensagem: “Não façam destes temas projetos como data de fim. Estes têm de ser estruturais e fazer parte dos planos estratégicos das empresas”.

Ser líder é impactar os outros e a nós próprios, diz Inês Vaz Pereira (EY)

Na sala 2, começa a conferência “#Technology&HR – A tecnologia tem impulsionado novos modelos de negócios e novas formas de trabalho”, com a moderação de Sónia Calvo Santos, HCM Consulting Director da Inetum, e os oradores Luís David, Diretor Corporativo de Recursos Humanos da Mystic Invest Holding; Pedro Henriques, HR Head Portugal da Siemens, e Graça Rebocho, Diretora de Recursos Humanos da Altice Portugal.

Prosseguem as conferências! Na sala 1, é a vez de se refletir sobre o futuro da compensação. Começa a mesa redonda “#RemunerationPractices – Quais as tendências de compensação para 2022?”, moderada por Cláudia Fernandes, Coordenadora Comercial da Edenred, e composta pelos oradores: Carla Pombeiro, Diretora de Pessoas e Comunicação da SUMOL+COMPAL; Bernardo Martinho, HR Director da Plateform, e Ana Loução, HR and Organization Director da Tranquilidade.

Na sala 2, reflete-se sobre a importante temática da saúde e bem-estar dos colaboradores. “#EmployeeWellbeing&MentalHealth – O bem-estar dos colaboradores deve ser uma responsabilidade compartilhada” conta com a moderação de Filipa Almeida Santos, Diretora de Serviços Clínicos da Centralmed, e as oradoras Carla Barros, Global Well-being Strategy da EDP; Ana Rita Lopes, Diretora de Recursos Humanos da Delta Cafés, e Alexandra Pinote, Head of Health da GALP.

Enquanto a sala 2 entra em coffee break, na sala 1 tem início a conferência “#PeopleLeader2022 – Head, Heart and Hands: O papel da empatia e da trindade da ativação para a liderança de pessoas”, moderada por Joana Santos Silva, Strategy Advisor to the Board do ISEG e com um painel de oradores composto por Pedro Morais Barbosa, Diretor de Comunicação Interna e Cultura do BPI; Rita Alemão, Coordenadora da Área de Leadership & Personal Development do ISEG MBA, e Miguel Capelão, Chief Culture Office da PHC Software.

Liderar empaticamente é colocarmo-nos no lugar dos outro e “flexibilidade” é o termo – é esta a ideia que os oradores começam por defender. Nesta linha de pensamento, Pedro Morais Barbosa defende: “Que os líderes se capacitem a serem mais coaches e menos chefes”.

O maior desafio RH da atualidade, apontado por Miguel Capelão, é a agilidade. Apesar de a PHC Software ser uma empresa tecnológica, que sempre trabalhou com modelos agile, estas modalidades são muito complexas e estão a estender-se aos RH.

“Que os líderes se capacitem a serem mais coaches e menos chefes” (Pedro Morais Barbosa, BPI)

Desta mesa redonda, a ideia que sobressai é a importância de abarcar as emoções na liderança – não considerar apenas a agilidade de processos, mas também – e não menos importante – a agilidade emocional.

Debate-se, agora, na sala 2, sobre estratégias a adotar na atual competição por talentos. A mesa redonda “#TalentMarketplace – Estamos na era da employee experience em que as empresas procuram atrair e reter os melhores talentos” é moderada por Rita Alvito, SAP SuccessFactors Project Manager da ARAGO CONSULTING, e é composta pela oradoras Mara Ângelo, Diretora de Desenvolvimento Organizacional e de Comunicação do Grupo Manuel Champalimaud; Inês Castro, Diretora de Recursos Humanos da Worten, e Ana Maria Lopes – Diretora de Recursos Humanos da CARRIS. Os oradores sublinham a importância de uma experiência de colaborador assente numa lógica de transparência, dando o exemplo da mobilidade interna e da comunicação constante aos colaboradores das oportunidades disponíveis dentro da empresa.

Tempo para coffee break e networking (audiência da sala 1).

Antes da pausa para almoço, na sala 1 é a vez de se refletir sobre “#SuccessfulHRInnovation – Um novo RH surgiu com os desafios impostos pela pandemia”. A conferência conta com a moderação de Rute Ferreira, Head of Digital Learning Experience do ISQe, e com a participação dos oradores Susana Rosa Sabino, Diretora de Recursos Humanos da ACCIONA Services; Sofia Miranda, Diretora Corporativa de Recursos Humanos da CASAIS, e Mauricio Marques, Head of HR da Natixis Portugal. Os oradores dão vários exemplos de tecnologias utilizadas nas suas empresas que promovem o engagement e a produtividade nas empresas, tornando o seu trabalho diário mais dinâmico. Caixa de sugestões virtual foi um dos exemplos dados.

Antes de a audiência poder relaxar com a sessão de mindfulness organizada pelo Urban Sports Club, é tempo de falar, na sala 2, sobre tecnologia na mesa redonda “#Human-CenteredTechnology – O que é tecnologia centrada no ser humano?”, que é moderada por Hernani Andrés, Corporate Business Director, Vogal APBI, Mentor e coach; e composta pelos oradores Leandra Dias, Jurista e Product Owner de RH da PRIMAVERA; Francisco Fernandes, Partner de RH da Moneris, e Beatriz Freire, Responsável pela área de HR Compliance, Payroll & Employee Relations da Hikma Farmacêutica Portugal.

Momento de a nossa audiência relaxar numa sessão de mindfulness promovido pelo Urban Sports Club.

Pausa para o almoço dos participantes no Fórum RH 2022. Regresse connosco às 14h15! Até já, Humanos!

Ainda durante o almoço, tem início uma atividade dinamizada pela Didaskalia – “RH Talkshow” -, conduzido pelo host Nuno Pinheiro.

Terminado o almoço dos nossos convidados, retomamos, na sala 2, as mesas redondas. Agora é tempo de refletir sobre “#AttractingTalentIn2022 – A forma como as pessoas veem o trabalho e o significado que este, atualmente, tem nas nossas vidas desencadeou a maior crise de Talentos da história recente”. O painel de oradores composto por Teresa Barreiros, Head of Resources da REN, Sara Silva, Human Relations Director da L’Oréal e Conceição Martins, Diretora de RH da Euronext Portugal, será moderado por Hugo Bernardes, Managing Partner da The Key Talent Portugal. Flexibilidade é a chave para enfrentar a nova era do trabalho, segundo o painel de oradores. Na transformação que as empresas atravessam, o papel da liderança é fundamental – o ritmo de mudança vai ser cada vez mais acelerado e deverá ser acompanhado pelas chefias, de acordo com Teresa Barreiros. Hugo Bernardes salienta o facto de o caminho daqui em diante não se perspetivar mais fácil. Teresa Barreiros enfatiza a necessidade de relações assentes na empatia para que se enfrentem estes tempos conturbados com sucesso.

Começa agora, na sala 1, a conferência “#HRPriorities2022 – O mundo atual tem se caracterizado por uma constante transformação e o gestor de Pessoas também”. O debate conta com a moderação de Sara Dória, Managing Director da GROW-ING, e com os oradores Alexandra Sequeira de Carvalho, Diretora de Recursos Humanos da NetJets Europe; Ricardo Peres, Diretor de Recursos Humanos da The Navigator Company, e Carla Caracol, Diretora de RH do Grupo Renascença Multimédia. Tem sido unânime, ao longo do dia de conferências, a necessidade de uma liderança assente na empatia. Carla Caracol diz mesmo: “Liderança é servir e cuidar”.

“Liderança é servir e cuidar”, Carla Caracol, Grupo Renascença Multimédia

Quais são as competências, hoje, necessárias aos líderes? Carla Caracol começa, desde logo, por referir o “querer” e a vontade em de facto concretizar esse “querer”. Nesse caminho, a oradora refere a importância de os líderes ajudarem as suas equipas a entregar o seu máximo. Acrescenta ainda a necessidade de se saber muito bem qual o caminho a seguir; orientar as equipas por um propósito estratégico.

Na sala 2, tem início a mesa redonda “#EmployeeValuePropositionJourney – O novo papel da EVP como aliado estratégico das empresas.” A moderação está a cargo de Paulo Manique, General Manager Portugal da Busup, e o painel de oradores é composto por: Bruno Santos, Director de RH da Cognizant; Ricardo Fortes da Costa, Diretor da RHmagazine; Nair Barbosa, Head of People da FARFETCH, e Paula Alves, Human Resources Partners & Compensation Compensation (ASE) da Volkswagen Autoeuropa.

Ricardo Fortes da Costa defende: “A EVP deve ser centrada naquilo que é verdadeiramente distintivo e que faz parte do ADN das organizações”. “Se for ao encontro daquilo que os colaboradores valorizam, temos uma EVP equilibrada”, acrescenta. O orador defende que a EVP nunca pode descurar o ADN da empresa para que não se passe uma imagem de “publicidade enganosa”.

“A EVP deve ser centrada naquilo que é verdadeiramente distintivo e que faz parte do ADN das organizações” (Ricardo Fortes da Costa, RHmagazine)

As conferências não param e é impossível escolher qual o tema mais interessante. Na sala 1 começa a mesa redonda “#LearningJourney – O mundo virtual está a tornar-se benéfico para a aprendizagem”, moderada por Margarida Segard, Diretora da ISQ Academy, e dinamizada pelas oradoras Ana Gomes, Head of Training & Development da CGD; Cláudia Ribeiro, HR Training & Development Manager da DIA, e Sónia Silva, Head Of Unit, Digital Qualification do Turismo de Portugal.

Cláudia Ribeiro ressalva que os RH, na sua área de L&D, devem ser os facilitadores de troca de conhecimentos. Para a HR Training & Development Manager da DIA, “as competências não se ensinam, treinam-se”.

“As competências não se ensinam, treinam-se”, Cláudia Ribeiro (DIA)

Sónia Silva aponta a flexibilidade e personalização necessárias a uma “learning journey”. É importante perceber o que as pessoas precisam e as empresas devem dar-lhes as ferramentas para responder a essas necessidades, tendo em mente a máxima de que “one size does not fit all”.

O painel defende que não se pode considerar apenas o número de horas necessárias de formação previstas na lei, mas olhar para a aprendizagem como algo que realmente enriquece o negócio.

Estamos prestes a dar por encerrada a 27.ª edição do Fórum RH 2022, mas antes da sessão de encerramento com a nossa keynote speaker ainda há tempo para mais debates. Na sala 2 tem início a conferência “#Talent&Tech – A Transformação digital está ao serviço do Colaborador para vencer os novos desafios das organizações”, com moderação de Hélder Garcês, Country Sales Manager da CegidMeta4. O painel de oradores conta com Susana Costa Silva, Corporate Director of Human Resources da CIN Group; Teresa Pereira, Diretora de Recursos Humanos da KIABI, e Ana Sousa, HR Management | Business Development do Grupo Alves.

Sobretudo com a pandemia, a transformação digital das empresas foi impulsionada. Se antes era raro ouvir falar de trabalho remoto ou híbrido – modelos de trabalho ainda olhados com alguma desconfiança -, hoje são a norma. A grande maioria das pessoas valoriza o modelo de trabalho híbrido e, de acordo com os oradores, veio para ficar. No caso das empresas presentes no painel, a todas aquelas funções com possibilidade de flexibilizar, foi-lhes dadas essa possibilidade. De acordo com Hélder Garcês, lado a lado com o teletrabalho está a responsabilização. O teletrabalho não pode levar a desconfianças por parte das chefias, mas deve, sim, ser sinónimo de autonomia e responsabilidade.

Antes da sessão de encerramento, as conferências na sala 1 encerram com uma reflexão sobre “#HRteamsCanDriveInnovation – Temos de mudar a forma de atuar e de investir das organizações para lidar com uma força de trabalho cada vez mais ágil e exigente” – mesa redonda moderada por Tiago Pires, Business Unit Manager da área de Talento da AMT Consulting, composta pelos oradores Eduardo Mendes, Head of People & Leadership da SONAE;  João Chainho, HR Manager da Mercedes-Benz.io, e Tânia Ribeiro, Diretora de Transformação e Desenvolvimento de Pessoas da Impresa.

Com toda a transformação digital não tendemos a ficar demasiado digitais e pouco humanos? É com esta questão que o moderador resume a conferência. Eduardo Mendes não hesita em responder negativamente. Para que isso não aconteça, Tânia Ribeiro defende a importância de humanizar tudo aquilo que não pode ser digitalizado, nomeadamente os espaços de trabalho, para que sejam espaços de interação e partilha entre todos.

E a fechar com chave d’ouro chega o momento tão aguardado por todos – a palestra de Susana Torres a respeito de como “Desenvolver equipas de Alta Performance”.

A forma como trabalhamos mudou e acabou por representar um grande desafio para os líderes e gestores. As empresas adotaram várias estratégias para conseguir lidar com o fator pandemia. 50% das empresas optou por formações e treinos online.

Para Susana Torres o trabalho dos RH é hoje muito mais desafiante do que era antes da pandemia.

A coach relata os primeiros tempos de trabalho com Éder, num relato que prende a atenção da assistência, que vai soltando risadas ao longo da intervenção.

Susana Torres defende que não devemos querer ser os melhores, mas sim os primeiros – os primeiros a ter iniciativa, os primeiros a agir e a liderança faz-se, precisamente, pelo exemplo. Susana Torres expõe à audiência o que se deve ter em consideração para construir uma equipa de alta performance.

A primeira ação que se toma quando se chega a uma equipa é criar um propósito comum – equipas com um propósito são equipas mais coesas, unidas e esse propósito define-se a partir de três pontos: quem somos, o que fazemos e qual o propósito disso.  A segunda é criar a identidade da equipa – um líder precisa de construir uma equipa com base numa identidade – a equipa deve saber quem é, o que procura.  Uma identidade que assenta num código de honra (definir quais as regras, as normas, a conduta que deve ser seguida para se chegar à identidade). A terceira é construir as crenças – aquilo que as equipas acreditam que podem ser, o quanto podem evoluir dentro da empresa. A quarta é trabalhar a intenção – aqui entram os objetivos das empresas. “Treinar as pessoas para pensar em grande torna-as equipas de alta performance”. A quinta é trabalhar a estratégia.

“Treinar as pessoas para pensar em grande torna-as equipas de alta performance”, Susana Torres

As pessoas têm muito potencial dentro delas e muitas vezes não o sabem desbloquear. É nesse sentido que os gestores devem atuar.

A oradora sublinha a importância do feedback entre gestores e colaboradores: “É a única forma que temos de melhorar comportamento e aumentar performance”.

“Quando não trabalhamos para ter colaboradores fora de série, significa que só ficamos com os maus. Os bons saem, porque precisam de crescer, precisam de ser estimulados”, afirma Susana Torres. “Vocês vão perder as pessoas se não as souberem reter”, remata.

“Quando não trabalhamos para ter colaboradores fora de série, significa que só ficamos com os maus”, Susana Torres

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Na passada sexta-feira (dia 29), as portas do Estádio do Sport Lisboa e Benfica voltaram a abrir-se para receber a equipa do IIRH e os principais intervenientes do evento de referência do setor – o Fórum RH. Quem melhor do que os nossos patrocinadores, expositores e oradores para lhe apresentar os motivos pelos quais não pode perder este grande evento? Oiça e leia os testemunhos!

Vivian Toller, Vice President Global Customer Success da BusUp: “Estaremos este ano, pela primeira vez, como patrocinadores do Fórum RH. Conhecemos o evento no ano passado, no qual estivemos como visitantes e pudemos assistir à reunião de Diretores de Recursos Humanos de grandes empresas. E este contacto, para nós, é muito importante, porque os nossos maiores interlocutores são, sem dúvida, os DRH. Dar a conhecer um benefício como o transporte de colaboradores – que é o que nós oferecemos –, é fundamental, sobretudo, nesta fase pós-pandémica, em que as empresas necessitam tanto de conforto e segurança. A BusUp está a crescer muito a nível mundial e, por isso, faz sentido que comecemos a estar presentes em eventos, para que as pessoas saibam, cada vez mais, quem somos.”

Paulo Manique, General Manager da BusUp Portugal: “Decidimos estar presentes no Fórum RH, porque acreditamos que é um dos eventos mais distintos da área de RH em Portugal e, porque queremos dar a conhecer a nossa marca e a nossa proposta de valor no mercado a todos os presentes.”

Sara Dória, Managing Director da GROW-ING: “A GROW-ING quer associar-se àqueles que são os eventos core de Recursos Humanos em Portugal e o Fórum RH é, sem dúvida, o principal evento, que reúne os melhores speakers e os melhores conteúdos. Voltamos este ano e esperamos cá estar no próximo ano, novamente.”

Ana Morais, Marketing Manager do Urban Sports Club: “Nós queremos estabelecer-nos, cada vez mais, como um benefício corporativo de excelência, portanto, um dos nossos grandes objetivos é precisamente garantir que todas as empresas sabem que têm este tipo de benefício à disposição. A ideia é estabelecer uma posição no mercado e sermos o principal stakeholder na indústria, enquanto fornecedores de desporto e bem-estar.”

Hugo Bernardes, Managing Partner da The Key Talent Portugal: “Já há vários anos que participamos no Fórum RH e continua a ser importante para a The Key Talent Portugal participar, porque consideramos que o Fórum RH é, efetivamente, um dos locais por excelência para a transmissão e partilha das melhores práticas de RH nacionais e internacionais.”

A patrocinar o evento estão: Edenred, ISQe, Cornerstone (Patrocinadores Premium), AMT Consulting, ARAGO Consulting, BusUp, Capgemini, Cegid Meta4, Centralmed, EY, GROW-ING, Inetum, ISEG Executive Education, ISQ Academy, Learninghubz, PRIMAVERA, SAP SuccessFactors e The Key Talent.

O Fórum RH 2022, contará ainda, como expositores, com: Actuasys, ATEC – Academia de Formação, CoachHub, Futuro SA, Multitempo, Olisipo, PwC, Urban Sports Club; e com o apoio de: APG, Multipessoal, PULSO Europe Portugal e Grupo Seines.

Vai querer perder o maior evento de RH do ano?! Solicite já o seu convite!

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Realizou-se hoje, dia 06, no Salão Nobre do ISEG, o evento de lançamento da 3.ª edição do Rock in Rio Academy em Portugal, projeto de formação para executivos, que tem como inspiração o modelo de negócio do maior festival de música e entretenimento do mundo. A RHmagazine marcou presença e traz-lhe as principais novidades!

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úsica ao vivo, petiscos, café, sumo de laranja natural…É desta forma que o Salão Nobre do ISEG – Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa recebe os convidados para o lançamento da 3.ª edição da “sala de aula”, a céu aberto, da Cidade do Rock – o Rock in Rio Academy -, que acontece no próximo dia 22 de junho. O evento de formação para executivos conta com a parceria da SFORI, consultora de formação e desenvolvimento, e com o patrocínio do ISEG.

É justamente a Presidente da instituição de ensino da Universidade de Lisboa, Clara Raposo, que dá as boas-vindas aos assistentes, ressalvando que o lançamento da 3.ª edição do Rock in Rio Academy coincide com o ano em que se celebra o 111.º aniversário da primeira escola de Economia e Gestão fundada em Portugal. Para a Presidente do ISEG, a associação da Faculdade ao Rock in Rio serve para “para aproximar diferentes gerações”, contribuindo para o “desenvolvimento pessoal, a vários níveis”, naquele que será um ambiente de “co-criação, partilha de experiências, olhar para casos reais”.

Do lado de lá do oceano está Roberta Medina que, a partir da sua terra natal, o Brasil, expõe à audiência os pormenores por detrás do maior festival de música e entretenimento do mundo. Sabia que só em Portugal os quatro dias do evento envolvem mais de 370 empresas e 8.000 pessoas? É precisamente esta grandeza que faz do Rock in Rio um ótimo exemplo de inspiração para outros modelos de negócio.

“O Rock in Rio Academy representa a vontade de usar a nossa melhor ferramenta que é inspirar”, diz a VP Executiva do festival.

Os quatro dias do Rock in Rio Lisboa envolvem mais de 370 empresas e 8.000 pessoas

Segue-se a intervenção de Agatha Arêas, Vice-Presidente de Learning Experience do Rock in Rio, que aborda algum do contexto por detrás do nascimento desta Academia. O Rock in Rio Academy foi criado em 2015, no Brasil, assente na vontade de partilhar conhecimento, e chegou pela primeira vez a Portugal em 2018. Depois de dois anos de adiamento, devido à pandemia, foi necessário reinventar a iniciativa. E é por isso que, hoje, a 3.ª edição é mais imersiva do que nunca. Serão 11 horas de formação ao vivo, real e interativa, com uma proposta de multiexperiência, isto é, os conteúdos estarão distribuídos por diferentes espaços da Cidade do Rock, permitindo aos participantes maior interação e contacto no terreno com os temas que vão sendo abordados.

“Tenho muito orgulho da nossa organização, por ter aberto este espaço para a educação. Nós acreditamos verdadeiramente que a partilha do conhecimento acelera a evolução das pessoas e dos negócios”, refere Agatha Arêas. ” A junção do conhecimento com entretenimento é a nossa pegada, a nossa marca”, acrescenta.

Concretamente, em que irá consistir o Rock in Rio Academy? É isto que Filipe Ferreira e Alexandre Real, Co-Founders da SFORI, explicam aos participantes de seguida.

Os temas principais a explorar serão:

A iniciativa consistirá em vários casos de estudo para resolver e pautar-se-á por uma aprendizagem multiestímulos – se em 2018 o conteúdo esteve concentrado num único espaço (área VIP), em 2022 vai tratar-se de uma multiexperiência com conteúdos nos diferentes espaços da Cidade do Rock: palestras, rodas de conversa, desafios de equipa que fomentam a criatividade na resolução de problemas e atividades de networking.

Para Alexandre Real, Co-founder da SFORI, “esta edição do Rock Rio Academy será a edição mais experiencial de todas as edições”. “Teremos uma completa imersão na Cidade do Rock e acesso a conteúdos exclusivos partilhados pelos executivos do Rock in Rio. Como é hábito, existirão vários momentos práticos e que promovem de uma forma natural o networking nos mais de 250 participantes”, diz ainda.

Ainda a respeito das novidades para esta nova edição do Rock in Rio Academy, o projeto conta com a marca InfiniteBook como parceira, que proporcionará aos participantes um welcome kit que inclui este “caderno reutilizável”, uma ferramenta sustentável que pode ser usada durante as atividades e na qual os participantes poderão registar insights durante o dia.

Os bilhetes para o evento que abre a porta da Cidade do Rock a executivos e scholars encontram-se disponíveis aqui.

Além de todas as experiências incluídas nas 11 horas de formação, o bilhete para o Rock in Rio Academy dá, ainda, acesso a um dia de festival no segundo fim de semana (25 ou 26 de junho), para que o participante possa ver em funcionamento os conceitos aprendidos.

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Na passada terça-feira (dia 29) teve lugar, nas instalações da SAP Portugal no Lagoas Park (Porto Salvo), um evento dedicado ás novas formas de trabalho nos setores da banca e dos seguros. Um ambiente intimista, acompanhado por um aconchegante pequeno-almoço. Duas palavras ecoaram pela ampla sala de debate: flexibilidade e responsabilização.

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á não é novidade ouvir-se falar que os novos modelos de organização de trabalho, impulsionados pela pandemia, trazem com eles oportunidades, mas acarretam também grandes desafios. Oportunidades para flexibilizar, para conciliar vida-trabalho, mas também desafios, sobretudo, ao nível da cultura organizacional, do engagement, do propósito. Mas como estarão, concretamente, os setores da banca e dos seguros a viver este “novo normal”?

Foi isso que se pretendeu saber no evento “As Novas Formas de Trabalho: Banca e Seguros” promovido pela SAP, em parceria com o IIRH – Instituto de Informação em Recursos Humanos. O debate contou com a moderação de Cristina Martins de Barros, Managing Director do IIRH e teve como oradores Isabel Eliseu, DRH do Banco CTT, Marlene Franco, DRH do Oney Bank Portugal, Paulo Barreto, DRH do Crédito Agrícola, e Sandra Barranquinho, DRH do BNP Paribas Personal Finance. Houve, contudo, espaço para que os assistentes pudessem partilhar com os pares as suas próprias experiências.

Como se adaptaram estas empresas à pandemia e como estão a trabalhar nos dias de hoje? O mote para a discussão foi lançado.

Marlene Franco, DRH do Oney Bank Portugal, faz as honras do debate e começa, desde logo, por destacar a flexibilidade trazida pela pandemia ao universo organizacional, numa lógica de work-life balance. Na sua empresa, no período pré-pandémico, já estavam a trabalhar o digital, sendo já possível o trabalho a partir de casa. Posto isto, a transição foi, nas palavras da oradora, “rápida e nada dolorosa”. Agora, há, no entanto, algumas dúvidas que pairam no ar. Como se vai trabalhar o modelo de trabalho híbrido doravante? E como se trabalha o propósito de ir à empresa? “Trabalhar a cultura é o foco atual e os managers são fundamentais na sua dinamização”, diz.

No Banco CTT, uma instituição recente, com apenas seis anos, foi igualmente fácil o processo de colocar os colaboradores em teletrabalho, segundo a DRH Isabel Eliseu. Com exceção dos comerciais (cerca de 15 pessoas), de um dia para o outro, o grosso dos trabalhadores estava a trabalhar a partir de casa. Neste momento, e até ao final da Páscoa, só vai para as instalações do banco quem assim o pretende. Impõe-se agora uma fase de reflexão quanto às decisões a tomar no futuro a este nível, mas uma coisa é certa:

“Não queremos o teletrabalho imposto, no futuro, como acontece agora; pretendemos dar flexibilidade aos colaboradores e contribuir para o balanço entre a sua vida pessoal e profissional de forma inteligente”, garante Isabel Eliseu. “Há que incutir, para isso, uma cultura de responsabilização nos managers e nos colaboradores”, acrescenta ainda.

Para a oradora, caso essa flexibilidade e responsabilização não sejam bem entendidas, a solução é clara: dar um passo atrás.

É a vez de Sandra Barranquinho relatar a realidade vivida no BNP Paribas Personal Finance. Durante a pandemia, foram feitas obras nas instalações da organização e o espaço foi reduzido, desde logo a antever a flexibilidade que pretender ser instaurada. Cada pessoa teve de decidir se queria ou não conciliar trabalho em casa com o trabalho no escritório, mas os números deixam poucas dúvidas quanto às preferências: enquanto 20% dos colaboradores preferem estar a 100% no escritório, as restantes preferem o modelo flexível. A partir de abril, a política será de dois dias por semana (programados com o manager) em homeoffice, ao quais acrescem dois dias ao longo de cada mês.

Por seu turno, Paulo Barreto começa por referir que, quando chegou ao Crédito Agrícola, em 2020 (plena pandemia), a instituição não estava preparada para assumir o teletrabalho, uma vez que não existiam computadores portáteis para todos os recursos humanos. Hoje, desde há cerca de dois meses, o problema está resolvido e já há equipamento para todos. “Já tivemos a possibilidade de toda a gente estar em teletrabalho, com exceção das funções que não o permitem (ex: operações bancárias), por isso, nunca fechamos o escritório, mesmo quando era obrigatório o teletrabalho”, revela Paulo Barreto. “Agora, aconselhamos que 50% das pessoas de cada uma das equipas esteja a 100% no escritório.”

O DRH do Crédito Agrícola defende que ainda há muito trabalho a fazer no que respeita à organização do trabalho – não no sentido tecnológico, mas no sentido de se criar a tal responsabilização, amplamente abordada ao longo do debate.

A respeito das lideranças e do papel que estas desempenharam na adoção dos novos modelos de trabalho, a opinião é unânime. “Heróis” foi o adjetivo mais do que uma vez usado para caracterizar os líderes no contexto pandémico. “Os líderes foram uns grandes heróis, porque foram eles que ajustaram os seus horários, foram flexíveis e acomodaram qualquer problema”, defende Marlene Franco.

Agora, é altura dos managers planearam o regresso aos escritórios, para que haja, de facto, um propósito em regressar. “Se for para estar de fones no escritório, a fazer reuniões por Teams, não vale a pena”, refere ainda a DRH do Oney Bank Portugal.

“Os líderes foram uns grandes heróis, porque foram eles que ajustaram os seus horários, foram flexíveis e acomodaram qualquer problema”, Marlene Franco (Oney Bank Portugal)

As pessoas sentem falta dos momentos de convívio, de colaboração, e são essas vertentes que deverão ser trabalhadas.

Na segunda parte do evento, José Luís Nunes, Business Solution Advisor, Human Capital Management, da SAP Portugal, conduz os participantes para um outro espaço, onde a tecnologia reina: plasmas ao longo das paredes e luzes LED amarelas a adornar o teto. Aqui, é apresentado o mercado de oportunidades SAP, sob o olhar atento de quem assiste.

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Na passada sexta-feira (dia 4), a equipa da RHmagazine foi conhecer o espaço de co-work A Ponte, em Loures. Pensamento imediato: “Queremos vir trabalhar para este espaço!”. Foi dia de mais uma “talk”, especialmente focada no programa de aceleração de impacto sh|ft, cujas candidaturas estão prestes a terminar. Tem um projeto que traga uma mudança de valor acrescentado à sociedade “fechado na gaveta”? Inscreva-se e receba o apoio de que precisa!

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ram 16h30 quando a equipa da RHmagazine chegou ao espaço de co-work A Ponte, em Loures, gentilmente recebida por Hendrik von Niessen, diretor do espaço, e Ana Monteiro, coordenadora do programa sh|ft. Seguiu-se a visita guiada pelas instalações e não poderíamos ter ficado mais surpreendidos (pela positiva, claro). Um espaço acolhedor, moderno, onde saltam à vista os apontamentos em tons de amarelo vivo, que enchem de alegria e vivacidade todas as salas pelas quais passámos. Trata-se de um espaço de co-work, com salas de reunião, escritórios e, ainda, um café – gerido por Marcos Soares e a mulher Márcia, que do Brasil vieram instalar o seu negócio em Portugal, n’A Ponte.

Uma hora depois, e feitas as apresentações, tem início “A Ponte Talk”, iniciativa com enfoque no programa de aceleração sh|ft, de cariz social, que pretende apoiar empreendedores na transformação das suas ideias em negócios sustentáveis.

Após a introdução de Hendrik von Niessen, o evento inicia com três pitchs de startups do co-work. A primeira interveniente é Loide Luis, founder da Recrutys, uma agência de recrutamento e seleção, que trabalha no sentido de encontrar pessoas que correspondam ao perfil pretendido pelas empresas; do lado dos candidatos, o objetivo é ajudá-los na entrada no mercado de trabalho, apoiando na criação de CV’s, preparação de entrevistas, gestão de LinkedIn, etc.). Loide juntou-se à família A Ponte no início do ano e, em conversa com a RHmagazine, deixa escapar várias vezes as palavras “pertença”, “comunidade”, “interação”. Na verdade, é mesmo esse o objetivo da organização: criar sinergias, unir pessoas que, de antemão, não estariam ligadas.

Segue-se a intervenção de Feliciano Roldão, advisor e mentor, que apresenta à audiência a 40 PÉS – software de gestão integrada, colaborativo e inovador, vocacionado exclusivamente para o setor do transporte de mercadorias, com o intuito de ajudar estes trabalhadores a rentabilizar o seu trabalho. Sobre A Ponte, Feliciano diz: “A Ponte tem um papel muito importante no empreendedorismo; tem a missão social, por um lado, mas também presta apoio aos empreendedores”.

A encerrar o lote de pitchs esteve Marcos Soares, que trabalha no mundo do café há mais de 10 anos. Formou-se como barista e, hoje, gere o café no espaço de co-work, com a sua mulher Márcia. Um café oriundo do Brasil, com uma torra controlada, “diferente de tudo o resto que existe no mercado”. Seguindo o propósito d’ A Ponte, este espaço pretende criar uma sinergia entre as empresas, em que os trabalhadores podem agora parar para conversar, enquanto apreciam um bom café.

Ana Monteiro apresenta a 2.ª edição do sh|ft, que, em 2021, apoiou mais de 25 empreendedores, dos 19 aos 58 anos, de projetos com e sem fins lucrativos, que desenvolveram soluções inovadoras para desafios diversos, com produtos e serviços desde a área da decoração e moda sustentável, à saúde, isolamento sénior e cuidadores informais.

O propósito do programa é criar uma nova geração de empreendedores empenhados em ferramentas que tragam, de facto, uma melhoria na sociedade – empreendedores esses que se pautam pela sua criatividade.

O programa, que se pretende que tenha uma oferta anual, é composto por cinco módulos de capacitação em período pós-laboral (sessões síncronas, em grupo) – entre abril e julho -, tarefas práticas de aplicação e acesso a conteúdos digitais e recursos especializados, mentoria regular (há uma rede de mais de 30 mentores que apoiam o sh|ft) e um evento final com pitch diante de júri com prémios para os projetos que se destaquem.

“Queremos apoiar projetos que tragam de facto uma mais-valia à sociedade; caso contrário, convidamo-los a juntarem-se a quem já o faz”, afirma Ana Monteiro.

A encerrar “A Ponte Talk” esteve o divertido e dinâmico André Rabanea, co-fundador da agência criativa TorkeCC, com o tema “Criatividade bem longe da caixa”. O orador falou do seu percurso e encheu A Ponte de audíveis gargalhadas.

As candidaturas ao programa sh|ft terminam já no próximo dia 27 de março, por isso, apresse-se a concorrer! Inscreva-se aqui e faça parte desta família que abraça uma missão tão louvável.