Malhete Podcast

SE ENCONTRAR NO NÍVEL.


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Por Adriano Medeiros

1. INTRODUÇÃO

O ritual de encerramento, rito York, no grau de aprendiz (GOSC) apresenta uma passagem interessante, o VM pergunta como os maçons devem se encontrar e agir? Os irmãos 1º e 2º V ao redarguir falam, no Nível, e pelo Prumo, o VM responde e partir no Esquadro, complementando: Assim devemos nós, meus irmãos, sempre nos encontrarmos, agirmos e partimos.

São estas afirmações, na verdade, uma introdução filosófica ao final dos trabalhos para que tenhamos sempre uma baliza para seguir nossas vidas dentro e fora da maçonaria, mas devemos nos perguntar, afinal, quais elementos devem ser identificados como fatores que vão nos manter no nível?

Sabemos que a maçonaria é uma instituição que busca manter nossas virtudes e também é uma escola de evolução, por este motivo devemos sempre estudar e entender quais os padrões ou níveis de ética e moral que devem ser aplicados para nossa vida como maçom e cidadão no mundo, refletindo assim nossas atitudes para o bem de todos.

Obviamente que os padrões de ética e moralidade podem mudar em diferentes períodos da história, mas vamos, neste trabalho evidenciar o que é enumerado dentro da maçonaria especulativa e como estes elementos acabam unindo os irmãos dentro desta fraternidade para que possamos continuar na evolução humana.

É evidente que tal estudo desenvolve uma condição filosófica onde cada maçom deve saber como aplicar em sua vida, este texto não é um manual que deve ser identificado como uma condição de força para que imediatamente ocorram mudanças na vida de cada um, mas partindo sempre do desejo de mudança para a aplicabilidade em diferentes momentos.

Desde o período clássico (grego) até a atualidade temos evidentes noções sobre o que é ética, virtude, moral e evolução, por isso vamos ao longo deste trabalho transcorrer em uma jornada de informações que nos tragam uma base filosófica que, muitas vezes, já é aplicada na prática, mas que na maçonaria podemos estudar e aprofundar suas teorizações.

Quando somos convidados a entrar nos augustos mistérios da maçonaria é porque foi visto no iniciado um valor ético e moral que pode e deve ser trabalhado, o padrinho sabe que seu afilhado na ordem deve mostrar antes da iniciação tais atitudes que vão servir de orientação para sua vida como maçom.

Não por acaso o iniciado sempre é alguém que representa, de forma geral, um potencial a ser trabalhado, por isto falamos que o aprendiz deve trabalhar sua pedra bruta, ou seja, desbastar suas arestas, combater suas imperfeições e encontrar no cerne a pedra polida que é importante para a elevação do seu templo interior.

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Malhete PodcastBy Luiz Sérgio F. Castro