Dom Sébastien, Roi de Portugal, a última grande ópera de Donizetti, conta a trágica história do jovem rei português perdido em Alcácer Quibir. Uma grand opéra francesa rara, de enorme força dramática, coroada pela célebre ária “Ô Lisbonne, ô ma patrie” — um hino de amor e despedida a Lisboa, símbolo da pátria e do destino.

Neste episódio da Semibreve, viajamos até Lisboa com Camille Saint-Saëns. Poderemos descobrir como uma curta estadia do compositor francês deu origem a uma obra particularmente delicada e inspirada — Une nuit à Lisbonne. Uma peça com encanto, história e uma sonoridade elegante e sofisticada, em mais uma incursão da Semibreve por peças de compositores internacionais que têm Portugal como inspiração.

As versões escutadas são: 1) piano solo: Antony Gray; 2) Orquestra Real Escocesa com direção de Neeme Järvi.

“La Portugaise”, de Forqueray, e “Les Portugais”, de Telemann, são exemplos barrocos de exotismo musical. Ambas evocam Portugal de forma estilizada, sem usar fontes musicais portuguesas concretas. Revelam uma visão imaginada de uma certa“portugalidade” através das lentes culturais francesa e alemã. As interpretações que se podem escutar são de Paolo pandolfo e Rolf Lieslevand, no caso de Forqueray, e da Academie fur Alte Musik Berlin, no caso da obra de Telemann.

No passado dia 29 de Abril foi lançado pela Artway um duplo CD monográfico dedicado à música do compositor Carlos Caires. Existiam registos dispersos de música do compositor em edições discográficas de vários solistas e ensembles, mas esta é a primeira vez que podemos ter uma panorâmica realmente extensiva e significativa da obra de Carlos Caires.

Acaba de ser lançada uma gravação excecional da música de um dos mais extraordinários compositores portugueses de todos os tempos, Vicente Lusitano, que foi realizada no verão de 2024 e está agora disponível em CD. Este trabalho, que se deve ao flautista e investigador Pedro Sousa Silva e ao ensemble Arte Mínima, destaca-se pela qualidade técnica exímia e pela interpretação sensível e rigorosa.

A gravação capta com rara clareza a complexidade contrapontística e a beleza das linhas melódicas que caracterizam os motetes deste compositor renascentista. Um marco discográfico que finalmente faz justiça à obra de Lusitano, até agora pouco divulgada, revelando toda a sua profundidade e originalidade numa interpretação de referência.

Jorge Peixinho e o 25 de Abril: um compositor entre os dilemas da modernidade e as aspirações políticas do seu povo.

A propósito da Rapsódia Portuguesa de Ernesto Halffter

A Instrumenteca de Castelo Branco reune várias centenas de instrumentos de música de César Viana na Casa do Arco do Bispo, situada no centro histórico da cidade albicastrense. Instrumentos de música renascentista, de música tradicional portuguesa e ainda do Magrebe, da Índia, da Indonésia, da China e do Sudeste Africano poderão ser apreciados, numa ilustração das múltiplas viagens de Luís de Camões, no ano em que se comemoram 500 anos sobre o seu nascimento - no que constitui o tema da exposição inaugural. As gravações de flauta de bisel, gaita de fole, oud oriental e shakuhachi que acompanham o podcast foram realizadas por César Viana.

Fernando Lopes-Graça e Joly Braga Santos são dois dos maiores expoentes da história da música portuguesa. Os seus estilos têm muito em comum, mas apresentam também particularidades muito importantes. Efectivamente eles são representantes de duas das correntes mais significativas da música do século XX.

Celebramos neste dia 1 de outubro a música como linguagem universal. A data foi instituída em 1975 pelo International Music Council, sob a égide da UNESCO, com o objetivo de promover a paz e a diversidade musical entre os povos de todo o mundo. Para saber mais sobre a história deste dia especial, ouve o mais recente episódio do podcast "Semibreve" de César Viana.