Encontramos no início do evangelho de Mateus a genealogia de Jesus, ou seja, a linhagem da fé. Mateus 1:3 diz: “Judá gerou de Tamar a Perez e a Zera; Perez gerou a Esrom; Esrom, a Arão.” Diz aqui que Jacó gerou Judá e seus irmãos. Diz também que ele gerou Perez e Zerá de Tamar. Mas quem é Tamar? Ela era esposa do filho primogênito de Judá. Melhor dizendo, ela era nora de Judá. Mas o que foi que aconteceu? Depois de muitas reviravoltas, Judá se deitou com sua nora sem saber. Queridos irmãos, não é horrível ver algo assim na Bíblia? Mas eu creio que a intenção de Deus ao deixar registrado este texto é revelar nosso verdadeiro eu.
Para o povo de Israel, assim como para os coreanos, as mulheres têm que continuar na família de seus maridos. Quando uma mulher se casa, ele tem obrigação de gerar descendentes da linhagem do seu marido. Então, se o filho primogênito de um israelita se casasse mas morresse sem gerar um filho, cabia ao irmão abaixo dele gerar um filho na viúva. Por isso que alguns saduceus perguntaram a Jesus nos dias do Novo Testamento: “Mestre, Moisés nos deixou escrito que, se morrer o irmão de alguém, sendo aquele casado e não deixando filhos, seu irmão deve casar com a viúva e suscitar descendência ao falecido. Ora, havia sete irmãos: o primeiro casou e morreu sem filhos; o segundo e o terceiro também desposaram a viúva; igualmente os sete não tiveram filhos e morreram. Por fim, morreu também a mulher. Esta mulher, pois, no dia da ressurreição, de qual deles será esposa? Porque os sete a desposaram” (Lucas 20:28-33).