Amores de Verão

Dia do pelado?

Que ódio

Amizades coloridas, Tão belas e quentes, De uma sinceridade, Que fazem a gente rir.

São tão sinceras, Que chegam a doer, Mas no fundo sabemos, Que tudo pode acontecer.

Amizades coloridas, Tão intensas e vivas, Que nos deixam sem ar, E a vida fica mais divertida.

Mas cuidado, amigo, Não se deixe enganar, Pois amizades coloridas, Podem nos fazer chorar.

Quem não ama esse desacato?!

As preliminares, oh, que arte, De criar um clima quente, De aquecer a alma e o coração, Antes do momento envolvente.

Mas eis que surge a desilusão, Quando o beijo é desajeitado, As mãos sem ritmo, sem paixão, E o corpo fica desanimado.

O cheiro a álcool corta o ar, E o interesse parece inexistir, Não há vontade de se entregar, O corpo não consegue se abrir.

As preliminares, tão essenciais, Que deveriam ser intensas e sedutoras, Tornam-se meros rituais banais, E o prazer escapa, sem demoras. Anjo, porque choras?

Expectativas, oh expectativas, Que nos fazem sonhar tão alto, Com coisas que nunca virão, Com sonhos que ficam no asfalto.

Expectativas, oh expectativas, Que nos fazem esperar tanto, Por coisas que nunca chegarão, Por promessas de um futuro encanto.

Expectativas, oh expectativas, Que nos fazem acreditar demais, Que tudo será sempre perfeito, Que nunca haverá nenhum revés.

Mas na realidade, oh expectativas, Tudo pode acabar em frustração, Pois nem sempre o que esperamos, Será aquilo que nos trará satisfação.

Então, oh expectativas, Não se iluda com sonhos vãos, Pois só assim poderá viver, Sem se decepcionar em vão.