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No correr da história ocidental o cristianismo, seguindo algo que já faziam os romanos, apoderou-se de locais sagrados, de festividades e datas importantes. Definiu sua posição de poder e dominância, por dar novos significados, nomes e sentidos a algo que já era pertencente à vida de outros grupos humanos que foram postos, ou adentraram a cultura cristã. Hoje sabemos que esse processo não foi de recebimento puro e simples e sem resistência.
Midsommar (2019) de Ari Aster, talvez dialogue com essa problemática. Não é tema do filme, mas está submerso em um monte de camadas. Talvez esteja plasmado entre o grande borrão que ignora as barreiras de gênero cinematográfico. O longa em si é uma fábula sobre o trauma, sobre as relações apodrecidas e sobre o reencontro. E é também sobre o efeito poderoso da cultura em nosso comportamento. Permita-se e se pergunte: O que faz uma sociedade branca, em local isolado, louvando sua existência e costumes, ao receber visitantes estrangeiros trazidos por emigrados de seu grupo? E antes de responder, lembre-se: os cruzados que invadiam, guerreavam e pilhavam se viam como o "corpo civilizatório'' do mundo.
Para escarafunchar os simbolismos e significados desse horror à luz do dia, temos o retorno de Michelle Henriques, coordenadora do Leia Mulheres, integrante do Podcast Witching Hour e Cine Varda e agora redatora no Querido Clássico.
Espero que gostem.
Caso queira conhecer os projetos da convidada acesse:
Querido Clássico
Podcast Witching Hour
Cine Varda
Leia Mulheres
Boa audição.
30/julho/2021
#filme #movie #ariaster #midsommar #podcast #obrafechada #terror #horror
No correr da história ocidental o cristianismo, seguindo algo que já faziam os romanos, apoderou-se de locais sagrados, de festividades e datas importantes. Definiu sua posição de poder e dominância, por dar novos significados, nomes e sentidos a algo que já era pertencente à vida de outros grupos humanos que foram postos, ou adentraram a cultura cristã. Hoje sabemos que esse processo não foi de recebimento puro e simples e sem resistência.
Midsommar (2019) de Ari Aster, talvez dialogue com essa problemática. Não é tema do filme, mas está submerso em um monte de camadas. Talvez esteja plasmado entre o grande borrão que ignora as barreiras de gênero cinematográfico. O longa em si é uma fábula sobre o trauma, sobre as relações apodrecidas e sobre o reencontro. E é também sobre o efeito poderoso da cultura em nosso comportamento. Permita-se e se pergunte: O que faz uma sociedade branca, em local isolado, louvando sua existência e costumes, ao receber visitantes estrangeiros trazidos por emigrados de seu grupo? E antes de responder, lembre-se: os cruzados que invadiam, guerreavam e pilhavam se viam como o "corpo civilizatório'' do mundo.
Para escarafunchar os simbolismos e significados desse horror à luz do dia, temos o retorno de Michelle Henriques, coordenadora do Leia Mulheres, integrante do Podcast Witching Hour e Cine Varda e agora redatora no Querido Clássico.
Espero que gostem.
Caso queira conhecer os projetos da convidada acesse:
Querido Clássico
Podcast Witching Hour
Cine Varda
Leia Mulheres
Boa audição.
30/julho/2021
#filme #movie #ariaster #midsommar #podcast #obrafechada #terror #horror