Este episódio do Terra&Alimento aborda trabalhos conduzidos pela Embrapa com os povos indígenas, focados em etnobotânica, conservação ambiental, segurança alimentar e valorização etnocultural. O pesquisador da Embrapa Alimentos e Territórios (Maceió, AL) Moacir Haverroth fala sobre atividades realizadas em territórios indígenas do Norte, Nordeste, Sul e Centro-Oeste do País, mostrando os impactos desses trabalhos para as comunidades.
Desde o início da década de 1990, a Embrapa desenvolve projetos de sustentabilidade, conservação e segurança alimentar, em parceria com etnias indígenas, envolvendo, ainda, colaboração com universidades públicas e instituições de pesquisa. Haverroth integra o Comitê de Governança de Iniciativas com Povos Indígenas da Empresa, órgão responsável por organizar ações de pesquisa, desenvolvimento e inovação para essas populações, em cooperação com a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).
O pesquisador conta um pouco da experiência com as comunidades ao longo de três décadas, pautada pelo diálogo intercultural e alinhada à legislação brasileira. Atualmente, ele lidera um projeto de pesquisa voltado ao aproveitamento integral de frutos e tubérculos da região da Amazônia Legal, para fomentar a bioeconomia e reduzir a insegurança alimentar dos povos originários do estado de Mato Grosso, em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e a Universidade Federal de Goiás (UFG).
Também coordena atividades em duas Terras Indígenas (TI) localizadas em Sergipe e em Alagoas. Uma é na TI Fulkaxó (SE), numa parceria com a Associação dos Pequenos Agricultores do Estado de Sergipe (Apaese). A outra é na TI Tingui-Botó, em Feira Grande (AL), no escopo do projeto de conservação de recursos genéticos vegetais da Embrapa (ConservaIn), liderado pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília).