Os mercados globais iniciam a semana com uma onda forte de aversão ao risco e receio dos investidores quanto à recessão econômica nos Estados Unidos. 

No Japão, por exemplo, o índice Nikkei, referência para medir o desempenho da bolsa do país, caiu mais de 12% nesta sessão de negócios.

Os futuros de Nova York seguem a mesma dinâmica, com Nasdaq futuro caindo mais de 5%. Os crescentes riscos geopolíticos também adicionam mais volatilidade nesse cenário. 

Nesse contexto, crescem as expectativas de que o Fed, Banco Central norte-americano, possa cortar mais os juros do que o inicialmente esperado já na reunião de setembro. 

No Brasil, o dólar futuro abriu em alta de mais de 2%, enquanto o índice futuro apresentou retração de igual magnitude.

Para esta semana, os investidores acompanharão a ata do Copom com os detalhes da última reunião do comitê, assim como os números da balança comercial da China e o IPCA, que será divulgado na próxima sexta.

Ouça agora no detalhe o comentário de Lucas Carvalho, Head de Research da Toro, sobre as perspectivas para o mercado nesta semana.

Os especialistas da Toro comentam as principais notícias que podem movimentar o mercado hoje e impactar seus investimentos. 

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Hoje (31/07), o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu pela manutenção da taxa Selic, mantendo-a em 10,50% ao ano.

Confira o comentário completo do Lucas Carvalho, Head de Research na Toro:

Em comunicado após decisão, o Comitê destacou que o ambiente externo ainda se mantém adverso diante das incertezas quanto à condução e à extensão da flexibilização da política monetária nos EUA. 

Por lá, o Fed, Banco Central do país, manteve a taxa de juros inalterada no intervalo entre 5,25% e 5,5% ao ano e deixou em aberto a possibilidade de corte de juros na próxima reunião em setembro.

No Brasil, os dados da atividade econômica e do mercado de trabalho também seguem fortes, o que pode gerar impactos na dinâmica de preços futura. Além disso, o Copom segue muito atento à desancoragem das expectativas de inflação, assim como ao desenvolvimento da política fiscal. 

O Comitê sinalizou que eventuais ajustes futuros nas taxas de juros serão ditados pelo compromisso com a convergência da inflação à meta.

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Começamos uma semana cheia de eventos importantes.

A eleição presidencial na Venezuela apontou Nicolás Maduro como vencedor por uma pequena margem. Vale acompanhar como a comunidade internacional vai se pronunciar sobre esse evento.

Preocupações em relação a uma eventual escalada do conflito entre o Hezbollah e Israel também pode trazer volatilidade para os mercados, mas as decisões sobre juros devem dominar as discussões sobre investimentos.

Essa semana temos Super Quarta (31/07), ou seja, decisões de juros nos Estados Unidos e no Brasil no mesmo dia. Embora as expectativas sejam de manutenção, tanto lá quanto aqui, o mercado vai acompanhar bem de perto as sinalizações sobre os próximos movimentos.

Também temos decisão de juros no Japão (31/07) e no Reino Unido (01/08), sendo que por lá o mercado trabalha com corte de 0,25 pontos percentuais.

Ouça agora no detalhe o comentário de André Barbosa, sócio-diretor da Toro, sobre as perspectivas para o mercado nesta semana.

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